Disciplina: Função Social dos Museus
Prof.: Luiz Henrique Garcia
Integrantes: Bruna Ferreira, Erika Gonçalves, Maxwell Pêgo, Mayra Marques
Intervenção no Parque Lagoa do Nado e Centro de Referência da Cultura Popular e Tradicional - CRCP
A ideia de se fazer uma intervenção no Parque Lagoa do Nado se deu principalmente pelo fato de, anteriormente já termos realizado uma pesquisa de público no local. Na pesquisa analisamos que muitos frequentadores das quadras esportivas não frequentam as exposições do Centro de Referência, inserido no parque, sendo a falta de informação e sinalização sobre o CRCP um importante fator para tal. Assim, a intervenção teria o objetivo de comunicar com esse público sobre a existência do CRCP e suas exposições, atraindo principalmente os frequentadores das quadras.
A exposição atual “Quilombos Urbanos e a Resistência Negra em Belo Horizonte” apresenta um rico acervo das comunidades quilombolas Luízes, Mangueiras e Manzo Ngunzo Kaiango, situadas em Belo Horizonte. Em nossa intervenção houve a implementação de quatro placas indicativas no espaço, com setas e desenhos do baobá, importante símbolo da África e dos quilombos, para que seja seguida uma “trilha dos baobás”, com frases de resistência: “Quilombo é resistência”, “Quilombo é liberdade”, “Quilombo é negritude”, “Quilombo é ancestralidade”. As placas se iniciavam na entrada do parque mais próxima às quadras e iam passando por elas.



Outro fator é o tombamento do casarão onde fica o CRCP, que não permite a inserção de placas de identificação, dificultando a visibilidade e conhecimento das funções do espaço, o que deixa-o com uma aparência menos acessível e faz com que muitos não se sintam convidados a entrar.
Foi realizada essa intervenção, pois vemos nos visitantes a potencialidade de serem atores do espaço, instigando suas percepções acerca do contexto social dos quilombos e convidando-os a se apropriarem do próprio CRCP, conhecendo-o e frequentando-o. Além de que pensamos no local como um transformador social, onde o objetivo da exposição e da nossa intervenção é o diálogo com a comunidade a sua volta, sendo uma referência de espaço cultural que abraça a comunidade.
Referências Bibliográficas:
CHAGAS, Mário de Souza; BEZERRA, Rafael Zamorano.; BENCHETRIT, Sarah Fassa. A democratização da memória: a função social dos Museus Ibero-Americanos . Rio de Janeiro: Museu Histórico Nacional, 2008. 278 p.
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