"A exposição “Zeitgeist – Arte da nova Berlim” reúne, pela
primeira vez no Brasil, um panorama consistente da respeitada comunidade
artística de Berlim, traduzindo o espírito de uma época marcada por
contradições e reinvenções. A mostra reúne pintura, fotografia,
videoarte, performance, instalação e a cultura dos clubs berlinenses, na
visão de 29 renomados artistas.
Marcada por duas guerras mundiais e dividida pelo Muro durante quase
três décadas, a capital da Alemanha se reergueu das cinzas. Da vida
improvisada dos anos 1990, as contradições que caracterizaram a cidade,
reinventada a partir de dois mundos, acabaram por formar, pouco a pouco,
o Zeitgeist – espírito de uma época, a partir do qual a arte, a
cultura e as relações humanas evoluem – que hoje projeta sua influência
muito além da Europa Central e atrai artistas do mundo todo com seu
magnetismo.
O percurso concebido para a mostra Zeitgeist é uma
oportunidade de vivenciar alguns dos aspectos que fazem de Berlim um
lugar encantado entre extremos, e que são recorrentes no modo de existir
da metrópole. Como observadores atentos da vida da cidade, do mesmo
modo que o pintor Adolph von Menzel (1815-1905), um dos maiores
representantes do realismo alemão, os artistas da mostra exibem aspectos
marcantes da capital da Alemanha."
Eu particularmente confesso que esperava mais. Em alguns módulos fiquei com a sensação de que a exposição não conseguiu traduzir tão bem a diversidade e a dinâmica que se atribui ao cenário artísticos berlinense contemporâneo, e até evidencia como o "alternativo" pode ser monótono e homogêneo. A única seção que me cativou especialmente foi a que expunha os panfletos com as programações das casas noturnas - emblematicamente em contraste com os fragmentos alusivos às trilhas sonoras e espaços, que em geral me pareceram indecisos entre a reconstituição e a insinuação, sem definitivamente estabelecer uma ponte sensível com os lugares, pois faltou história, contada com palavras ou com imagens. Claro, são as opiniões de um historiador de cidade e de música popular, não de um estudioso das artes, por exemplo. Estou mais que curioso para saber o que vocês acharam...
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