segunda-feira, 13 de março de 2017

O Museu Paraense Emílio Goeldi e seu principal personagem [Tipologia 2016]

disciplina: Tipologia de Museus (2º semestre 2016)
professor: Luiz H. Garcia
Alunas responsáveis Carlos Alexandre, Débora Tavares, Eliana Rodrigues, Liziane Silveira , Lucinéia Bicalho, Rháyza Lima e Vanessa Silva 


O Museu Paraense Emílio Goeldi e seu principal personagem 


(O pavilhão Domingos Soares Ferreira Penna, conhecido como "Rocinha", é o prédio mais antigo do Parque Zoobotânico do Museu Goeldi. http://www.mcti.gov.br/noticia/-/asset_publisher/epbV0pr6eIS0/content/com-150-anos-criacao-do-museu-goeldi-foi-um-divisor-de-aguas-na-historia-da-amazonia)




Conhecemos o Museu Paraense “Emílio Goeldi” por meio do livro “A coruja de Minerva”, de Nelson Sanjad, uma sugestão bibliográfica na disciplina Tipologia de Museus do Curso de Museologia da UFMG.
A partir de então, fizemos uma imersão na obra de Sanjad e em outras fontes referentes ao Museu Paraense, e estudamos a visionária trajetória de Emílio Goeldi, que tão logo assumiu a direção da instituição em 1894, e objetivou projetar ao mundo a potencialidade deste Museu.
A primeira proposta de criação do museu, em 1861, se deu em volta das expedições naturalistas que estavam sendo empreendidas na região da Amazônia e tinha como um dos principais objetivos formar cientistas e iniciar coleções de naturais que pudessem ser conservadas aqui, no Brasil.
A ascensão da borracha como maior produto de exportação do estado, e consequentemente, movimentando uma capital cada vez maior, operou significativas mudanças políticas e sociais que foram sendo experimentadas pela sociedade paraense do final dos oitocentos. Em meio a busca pela modernidade e progresso, foi inaugurado em 25 de março de 1871 o Museu Paraense.
O processo de criação do Museu, foi encabeçado por um grupo de intelectuais – Os Philomáticos[1] – que considerava necessária a criação de um museu em Belém, visando fins sociais, culturais, educativos e para dar conhecimento ao mundo sobre as riquezas daquela região. 
Com a instauração do museu, buscava-se ampliar as atividades econômicas para gerar a independência financeira dos seringais. Para além dos objetivos de progresso econômico, esperavam do museu uma fonte de “instrução pública popular” que promovesse exposições de acervos, ofertasse cursos e realizasse palestras.
(Capa do livro “A Coruja de Minerva”, de Nelson Sanjad. Ed.1 - 2010)

Em 1889, imerso em problemas, o museu fechou as portas. O Império caiu e, com a República, surgiu o desejo de tornar o museu uma referência internacional. Em 1891 ele foi reaberto e, em 9 de junho de 1894, Emilio Goeldi foi convidado a assumir a gestão da instituição.
O cientista suíço Emílio Goeldi (1859-1917) assumiu a direção do Museu Paraense entre 1894 e 1907, tendo conseguido mudar o panorama da Instituição; possuía formação acadêmica em Nápoles e em Leipzing, nas áreas de Zoologia, Ornitologia, estudos sobre evolução, interações, e pesquisas sobre vegetais. 



(Funcionários do Museu Paraense, com Emílio Goeldi ao centro, em 1907. Coleção Fotográfica / Arquivo Guilherme de La Penha / MPEG. http://www.museu-goeldi.br/portal/content/museu-goeldi-150-anos-nos-400-anos-de-bel-m-fotos-hist-ricas)

Além de um grande pesquisador atuante na ciência, Emílio Goeldi soube usar estratégias para valorizar os recursos e potenciais do museu e da região amazônica  para atrair o interesse da comunidade científica internacional, estabelecendo parcerias em pesquisas científicas com ênfase em  taxonomia, que resultaram em publicações inéditas sobre a “Fauna do Brasil”, com destaque a  aves e mamíferos, no “Boletim do Museu Paraense de História Natural e Etnografia”.



(Capa do primeiro fascículo do “Álbum de Aves Amazônicas”, de Emilio Goeldi, publicado em 1900.)

Emílio Goeldi parece ter encontrado a fórmula ideal para conseguir expandir e consolidar este Museu, pois a instituição continua hoje sendo importante no cenário nacional e mundial em pesquisas, não só de cunho Zoológico e botânico, mas também  nas Ciências Sociais, na Saúde e suas aplicações.[http://www.museu-goeldi.br/portal/content/peri-dico-do-museu-recebe-nota-m-xima-em-avalia-o-feita-pela-capes]
Atualmente as coleções científicas da Instituição somam cerca de 4,5 milhões de itens conservados e todo o acervo do museu, formado pelas coleções de botânica, zoologia e paleontologia, o coloca entre as três maiores instituições museológicas de caráter científico do país.


No ano de 2016, o Museu comemorou 150 anos [http://www.museu-goeldi.br/portal/content/museu-paraense-em-lio-goeldi-comemora-150-anos-nessa-quinta-feira-6], e não faltaram comemorações com a comunidade para celebrar o momento. Na mesma época, várias novas parcerias de estudos e pesquisas foram renovadas[2], conforme  inicialmente projetado.


(Nilson Gabas Junior, diretor do museu, discursa no evento de comemoração do aniversário da instituição. http://www.redenamor.org/noticia/545)


Referência
SANJAD, Nelson. A coruja de minerva: o Museu Paraense entre o império e a República,1866-1907. 1. ed. Brasília: Instituto Brasileiro de Museus; Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi; Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz, 2010. V.1. 492p.
 



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