segunda-feira, 13 de março de 2017

Museólogo, guerras simbólicas invisíveis [Tipologia 2016]



disciplina: Tipologia de Museus (2º semestre 2016)
professor: Luiz H. Garcia
Alunos responsáveis: Rosiane da Silva Nunes; Maria Celina Machado ; Ana Luiza Dias

Museólogo, guerras simbólicas invisíveis.

Qual a função do bem cultural e/ou obra de arte? São inúmeras as tentativas de respostas. No entanto, proponho realizarmos algumas reflexões. Será a arte tão dispensável? Napoleão em suas invasões saqueava testemunhos da história (objetos de obras de arte) levava para França com uma das finalidades, ‘educar’ a nobreza. Consideramos a empenho de Adolf Hitler em destruir obras de arte, durante o ‘Terceiro Reich’ na Segunda Guerra Mundial, como ato displicente e perca de tempo? Será que Hitler não sabia o que estava fazendo? E o governo Temer, primeiro Ministério a ser desconstituído, Ministério da Cultura, redução de custos?




(https://www.bing.com/images/search?view=detailV2&ccid=IH%2fL1kyK&id=61B2E8D6ECF9FACDE8234D3D861F8FFD90CCC030&q=europa+saqueada+a+influ%c3%aancia+nazista&simid=607996636929067093&selectedIndex=165&ajaxhist=0)


A institucionalização e democratização da Cultura no Brasil é um trabalho incansável. Desde o movimento modernista até os dias atuais passou por recorrentes tentativas de esfacelamento ou mesmo de apagamento. (https://pt.wikipedia.org/wiki/Modernismo_no_Brasil )

Observa-se que o Museu, consciente de sua função social, que possibilita informar, formar e influenciar pessoas e pode ser uma ferramenta para governos voltados para interesses difusos.

Pergunto, qual o papel do Museólogo, sendo ele ciente do seu compromisso social? Segundo Lourenço (1999:37) os Museus geralmente carecem de tudo (ou quase tudo) , principalmente de pesquisas e remuneração a altura dos profissionais, que geralmente são altamente qualificados. Os salários são simbólicos e o pessoal dedicado, os salários são equivalentes às dificuldades, trabalho “só pode ser entendido como extrema paixão, vontade de mudar, idealismo, sonhos e espírito público, pois, não há compensação material”.

(https://www.facebook.com/MuseologiadaZoeira/photos/a.870082809689479.1073741829.870030003028093/922952264402533/?type=3&theater)



Enfim, os Museus são espelho da sociedade, as instituições modernas/atuais refletem o legado herdado e a complexidade dos conflitos ideológicos e de interesse pessoais, de determinado grupo ou do Estado que está inserido. Ser museólogo de um museu ligado ao poder público, seja ele municipal, estadual ou federal, além das dificuldades diárias de escassez de tudo (especialmente desinteresse em resolver problemas estruturais) é estar à mercê de diversas negociações, onde muitas vezes, vêm de cima para baixo.

No Brasil, acreditar no poder transformador da Cultura democrática é trabalhar contra diversas forças e com isso, as vezes travar guerras simbólicas inimagináveis.



Bibliografia


LOURENÇO, Maria Cecilia França. Museus acolher moderno. São Paulo: EDUSP, 1999.293p.

NICHOLAS, Lynn H. , Europa Saqueada: o destino dos tesouros artísticos europeus no Terceiro Reich e na Segunda Guerra Mundial; São Paulo: Companhia das Letras.

BALDASSARRE, Maria Isabel. As origens do colecionismo de arte pública e privada e, Buenos Arires. In: Souza, Eneida Maria de; MIRANDA, Wander Melo (Orgs.). 2008, vol.16, n.2, pp.131-173.

COSTA, Helouise. Da fotografia como arte à arte como fotografia: a experiência do Museu de Arte Contemporânea da USP na década de 1970.An. mus. Paul [online] 2008, vol 16, n.2, pp. 131-173.

HERNÁNDEZ, Francisca. Manual de Museologia, Madrid.


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