domingo, 22 de fevereiro de 2015

MHNJB – História e Acervo [Tipologia 2014]




Autores/alun@s: Silvia Maria Nascimento Amarante;Edison Augusto Andrade Lima
Disciplina: Tipologia de Museus
Prof.: Luiz H. Garcia
Curso: Museologia ECI/UFMG
 



MHNJB – História e Acervo


Terceira maior área verde em Belo Horizonte, exposições culturais e rica fauna e flora, este é o Museu de História Natural e Jardim Botânico (MHNJB). O Museu que atualmente é uma instituição vinculada a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) possui um vasto acervo (cerca de 70 mil peças) que retratam o homem e sua interação com a natureza, abrangendo assim uma grande área de interesses como arqueologia pré-histórica, etnologia indígena, arte popular, Iconografia e muitas outras áreas de interesse. Inclua-se o fato de se estar inserido em uma área verde de mais de 600.000 m² de área verde e já se têm muitos bons motivos para a visitação de tal espaço.
Imagem: Entrada do MHNJB/UFMG




HISTÓRIA
Antes Fazenda Boa Vista, propriedade da família Guimarães. Desapropriada no início do século XX pela Comissão Construtora de Belo Horizonte, que seria a nova capital do estado mineiro, foi adquirida pelo mesmo e denominada Horto Florestal. Em 1912, Estação Experimental da Agricultura objetivando o impulso agroindustrial; Em 1953, o reconhecido Instituto Agronômico que apesar de seus vários benefícios para a sociedade acabou sendo fechado devido a falta de recursos tento seu terreno dividido entre várias entidades entre elas a UFMG.
CRIAÇÃO
Em 28 de fevereiro de 1968, O ato conhecido como Reforma Universitária, gerou entre várias medidas, a criação de um Museu de História Natural vinculado ao Instituto de Ciências Biológicas (ICB) e ao Instituto de Geociências (IGC) da UFMG.
Através de dois termos de comodato entre o estado de Minas Gerais e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) assinados nos de 1969 e 1973 foi constituída a atual área do museu de 600.000 m²



Em 1994, o Museu perde sua ligação com o ICB e IGC transformando se em um Órgão Suplementar de responsabilidade direta da Reitoria da UFMG. Posteriormente a criação e aprovação de um Regimento Interno, um verdadeiro marco em sua história, facilitou os processos administrativos, bem como tornou possível um maior crescimento financeiro do atual Museu de História Natural e Jardim Botânico da Universidade Federal de Minas Gerais (MHNJB/UFMG).O acervo do Museu de História Natural e Jardim Botânico (MHNJB) contam com aproximadamente 70.000 peças da coleção de arqueologia, paleontologia, mineralogia, mudas e plantas, espécies de animais como os de morcegos e cágados que foram adquiridas e incorporadas através de coletas e doações ao longo da existência da instituição.

ESPAÇOS EXPOSITIVOS E ATRAÇÕES


O MHNJB conta com 7 espaços expositivos, além do espaço pra exposições temporárias. Um Espaço Natural que conta com jardim botânico, diversas trilhas, viveiros de mudas e estufas, lagos e nascentes. Soma-se a isso tudo a obra do artesão Raimundo Machado que ergueu os presépios do Pipiripau (atualmente em reforma, mas que podemos vê-lo em funcionamento neste link:https://www.youtube.com/watch?v=sKqoel1rY5I)

e  o Pipiripin que foi feito com o objetivo de ser a “sala de espera” para as pessoas que iam ver o Pipiripau. Segue uma pequena vídeo sobre:




O mais recente espaço implantado no museu é o Espaço Interativo Ciência da Vida que alcança uma mudança transformadora dos espaços tradicionais com tecnologia fazendo com que o visitante relaciona com a exposição, descobrindo e sentindo o funcionamento do corpo humano. Entretanto o museu não possui apenas um espaço tecnológico e de sentidos e sim abriga um novo espaço que faz uma comunicação com destino de trazer pessoas de qualquer idade.

Horários:
- de terça a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h às 16h;
- sábado e domingo, das 10h às 17h.
Obs.: O MHNJB está fechado para visitas às segundas-feiras.

Videos de interesse:
 

Ecomuseus: Patrimônio a serviço da sociedade [Tipologia 2014]


alun@s/autores: Hudson Dias, Isabela Caroline, Lucília Miranda, Luiz Otávio, Thaís Souza e Túlio Rosa
Disciplina: Tipologia de Museus
Prof.: Luiz H. Garcia
Curso: Museologia ECI/UFMG

 Ecomuseus: Patrimônio a serviço da sociedade
Ao decorrer dos anos a importância de se preservar o legado e as conquistas das sociedades humanas, foi posto em debate pelos diversos profissionais deste vasto campo. A evolução conceitual da palavra patrimônio e o aparecimento de diversas tipologias de instituições que trabalham com a salvaguarda do patrimônio foram determinantes para esse enfoque da comunidade científica na necessidade de se preservar o patrimônio natural e cultural.
            A palavra patrimônio ao longo dos anos teve o seu conceito ampliado, deixando de abarcar somente os bens materiais e passou a tratar o patrimônio em sua totalidade tanto material quanto imaterial (monumentos, tradições, ritos, práticas sociais, atividades, bens e serviços culturais). Ao expandir o alcance do que é considerado patrimônio é possível preservar a memória coletiva e reforçar o sentimento de identidade da sociedade que se apropria de seu patrimônio. O patrimônio cultural pode vir a ser preservado por um conjunto de ações que podem garantir a sua permanência com os diversos valores e significados artísticos, científicos, históricos ou simbólicos na vida de certa comunidade ou de determinado lugar.
O museu é um dos lugares onde esse patrimônio cultural pode ser guardado, conservado e comunicado.  Analisando-o seguindo o pensamento de Waldisia Rússio, em que ela define o museu como sendo o lugar onde ocorre:

“A relação profunda entre o homem, sujeito que conhece, e o objeto, testemunho da realidade. Uma realidade da qual o homem também participa e sobre a qual ele tem o poder de agir, de exercer a sua ação modificadora.” (RÚSSIO, 1984 p. 60).

Ou seja, o espaço físico onde o homem se aproxima e se relaciona com o seu patrimônio, com a sua cultura, e com a sua tradição.Observa-se o museu como o lugar onde essa relação do homem com o seu patrimônio cultural ocorre, isso fica mais claro com o surgimento dos novos tipos de museus como: os ecomuseus, museus de sociedade, centros de cultura científica e museus comunitários, em que o caráter social dos museus fica ainda mais evidente.
 Os ecomuseus têm em sua concepção o patrimônio como sendo o meio pelo qual se buscará preserva a memória de um determinado grupo ou região.Englobando tanto o seu patrimônio cultural como o seu patrimônio natural.

O conceito de ecomuseu foi colocado em prática na década de 1970 na França.  Nessa tipologia de museu os próprios membros de uma comunidade são os principais atores dos processos que irão formular a sua execução e manutenção. O termo “ecomuseu” foi cunhado em 1971, pelo então Diretor do ICOM, Hugues de Varine-Bohan, no contexto da IX Conferência Geral de Museus do ICOM – realizada em Grenoble (França) e dedicada à discussão das funções do museu ao serviço do ser humano.
 O ecomuseu é o modelo contemporâneo de museus, ele segue paradigmas atuais perpassando questões científicas e filosóficas que criam oposições diversas ao modelo tradicionalista. O termo tem seu prefixo “eco” que faz alusão ao entorno natural, a ecologia, e também do entorno social, a ecologia humana.
 Um dos exemplos é o Ecomuseu da Ilha da Pólvoraonde são desenvolvidos diversos trabalhos científicos de graduação e pós-graduação, dentre os quais, se destacam estudos sobre a vegetação, os crustáceos, as aves e os roedores. Além disso, o CEFAM (Centro de Educação e Formação Ambiental Marinha) utiliza a área da Ilha da Pólvora para realizar, periodicamente, atividades práticas de educação ambiental.O prédio da ilha representa parte da história do Exército na região. Na mostra permanente do museu, foram incluídos alguns itens, como antigos canhões, pertencentes ao hoje chamado 6° GAC.



A Ilha da Pólvora é um espaço natural preservado, de grande riqueza de espécies vegetais e animais. Durante muitos anos, esteve desabitada, mas, devido à presença militar, o patrimônio natural manteve-se intacto, permitindo a preservação. Zélia Souza, que estava presente na inauguração, foi a primeira pessoa que nasceu na Ilha da Pólvora e, talvez, a única nativa. Sua família morou na ilha, desde o ano de 1927 até 1934. Seu pai, Gil Sérgio de Souza, era marinheiro do escaler de guerra, subordinado ao comando local do Exército e tinha, como função, cuidar do paiol da ilha. Sendo assim os moradores do município de Rio Grande estão conhecendo a Ilha da Pólvora, de fato, nos últimos 15 anos, e o objetivo do Ecomuseu é criar uma relação de respeito e um senso preservação ambiental com os moradores de Rio Grande.

 



Referências Bibliográficas:
- SOARES, Bruno César Brulon. Entendendo o Ecomuseu: Uma nova forma de pensar a Museologia.Revista Eletrônica Jovem Museologia – Estudos sobre Museus, Museologia e Patrimônio. Ano 01, n°2, agosto de 2006.
- BARBUY, Heloísa. A conformação dos ecomuseus: elementos para compreensão e análise. Anais do Museu Paulista. São Paulo. N. Ser. v.3 p.209.236 jan./dez. 1995. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/anaismp/v3n1/a19v3n1.pdf
- GUARNIERI, WaldisaRússio. Texto III. In: ARANTES, A. A. (Org.). Produzindo o passado: estratégias de construção do patrimônio cultural. São Paulo: Brasiliense, 1984, p. 59-78.
- Museus e Centro da FURG.
- Ilha da Pólvora.
- Link do vídeo: