ECI-UFMG
CURSO: Museologia
DISCIPLINA: Tipologia de museus
PROFESSOR: Luiz Henrique Assis Garcia
ALUNOS: Henrique dos Santos Vasconcelos, Vitor Gomes dos Santos, Jessica Mendes Baumgartner, Mayra Luiza Carvalho Marques
CURSO: Museologia
DISCIPLINA: Tipologia de museus
PROFESSOR: Luiz Henrique Assis Garcia
ALUNOS: Henrique dos Santos Vasconcelos, Vitor Gomes dos Santos, Jessica Mendes Baumgartner, Mayra Luiza Carvalho Marques
Para compreensão dos Museus de História Natural é preciso entender sua missão científica, e para tanto, é importante observar primeiro alguns eventos marcantes, na história das ciências, que se ligam a formação do pensamento moderno, e ao modelo racional, que embasa sua fundação.
Assim, a primeira guinada científica a ser destacada é o Renascentismo, momento de superação das estruturas feudais ligados ao período medieval, e dentre elas, a influência do pensamento dogmático na cultura e sociedade, que era substituído por um crescente interesse nos valores da racionalidade, ciência e da natureza. O renascimento marcou a transição da Idade Média para a Idade Moderna, período em que as transformações epistemológicas e sociais culminaram no nascimento dos Museus de História Natural, que procederam aos gabinetes de curiosidade, porém com interesses bem específicos. Assim, com a queda da monarquia, e o ataque direto à propriedade daqueles que foram definidos como inimigos da liberdade BAEZ (2006, p. 204), houve a transposição dos objetos dos gabinetes de curiosidade para espaços comuns, e a consequente publicização desses acervos, iniciando o processo de estabelecimento daqueles que se tornariam os primeiros museus.
Concomitantemente às transformações político-sociais, acontecia uma transição epistêmica, surgindo aos poucos as diversas ciências no contexto do iluminismo. O século XVIII foi marcado também pela filosofia, que veio a reformular as bases do pensamento da época, aliando-se a matemática, e introduzindo duas noções marcantes para os museus europeus e toda sociedade ocidental: o pensamento racionalista moderno e o empirismo. Nesta época, há uma marcante vontade de unificação dos saberes através do método proposto por René Descartes (1596-1650), hoje conhecido como método cartesiano.
Tais mudanças colocam os museus e suas coleções em uma posição central para construção do conhecimento marcado pela compreensão de mundo daquele século, que buscava a empiria, e através do estudo comparativo, tecia leis de funcionamento do mundo, do ser humano, e da natureza. O museu, em sua potencial materialidade, torna-se um plateau para ordenamento do conhecimento produzido, e seus acervos, matéria-prima para proposições científicas a respeito da realidade. Redes e cooperações através de catálogos marcaram os séculos XVIII e XIX para os Museus de História Natural, além disso, também houve uma constante busca de acervo através de expedições científicas. O intuito era construir o conhecimento que possibilitasse direcionar o povo rumo à civilização. As expedições captavam o mundo e o museu através de suas exposições e catálogos classificava estes fragmentos.
Atualmente vemos que os museus de história natural mantêm seus esforços para a difusão do conhecimento universal através de exposições que partem, principalmente, da etnografia, da zoologia e das ciências da terra, com o uso de métodos pedagógicos distantes da erudição passada. Para isso é comum que essas instituições façam uso da interatividade, que possibilita a participação ativa da pessoa, ao invés de diretiva, e provocam curiosidade e reflexões através de estímulos subjetivos e intuitivos. Outro método comum é o uso de dioramas para materializar biomas e sistemas naturais.
Concomitantemente às transformações político-sociais, acontecia uma transição epistêmica, surgindo aos poucos as diversas ciências no contexto do iluminismo. O século XVIII foi marcado também pela filosofia, que veio a reformular as bases do pensamento da época, aliando-se a matemática, e introduzindo duas noções marcantes para os museus europeus e toda sociedade ocidental: o pensamento racionalista moderno e o empirismo. Nesta época, há uma marcante vontade de unificação dos saberes através do método proposto por René Descartes (1596-1650), hoje conhecido como método cartesiano.
Tais mudanças colocam os museus e suas coleções em uma posição central para construção do conhecimento marcado pela compreensão de mundo daquele século, que buscava a empiria, e através do estudo comparativo, tecia leis de funcionamento do mundo, do ser humano, e da natureza. O museu, em sua potencial materialidade, torna-se um plateau para ordenamento do conhecimento produzido, e seus acervos, matéria-prima para proposições científicas a respeito da realidade. Redes e cooperações através de catálogos marcaram os séculos XVIII e XIX para os Museus de História Natural, além disso, também houve uma constante busca de acervo através de expedições científicas. O intuito era construir o conhecimento que possibilitasse direcionar o povo rumo à civilização. As expedições captavam o mundo e o museu através de suas exposições e catálogos classificava estes fragmentos.
Atualmente vemos que os museus de história natural mantêm seus esforços para a difusão do conhecimento universal através de exposições que partem, principalmente, da etnografia, da zoologia e das ciências da terra, com o uso de métodos pedagógicos distantes da erudição passada. Para isso é comum que essas instituições façam uso da interatividade, que possibilita a participação ativa da pessoa, ao invés de diretiva, e provocam curiosidade e reflexões através de estímulos subjetivos e intuitivos. Outro método comum é o uso de dioramas para materializar biomas e sistemas naturais.
Referência:
BÁEZ, Fernando. História universal da destruição dos livros: das tábuas sumérias à guerra do Iraque. Tradução de Leo Schlafman. São Paulo: Ediouro, 2006. 512 p.
Links:
Cultura material: sobre uma vivência entre tangibilidades e simbolismos
http://dialogo.espm.br/index.php/revistadcec-rj/article/view/113
As expedições científicas e civilizadoras
https://drive.google.com/file/d/1bHI_5vAo-lywvCkuom7FuEc_0ncIjajk/view?usp=sharing
Decolonialismo em museus de história natural
https://www.facebook.com/142173402547084/videos/242658057038622/
Site do Museu Nacional
http://www.museunacional.ufrj.br/
Esse texto vai me ajudar tanto nos meus estudos sobre museus e afins 🙏🏼 extremamente necessário e bem feito 💕
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