Localizado na capital alemã, o museu é vinculado ao Charité -
Universitätsmedizin Berlin, hospital universitário da Universidade
Humboldt e da Universidade Livre de Berlim. A instituição pública tem em
seu acervo permanente cerca de 750 objetos, compreendendo espécimes
anatômico-patológicos, entre outros. Em suas exposições temporárias, o
museu utiliza-se frequentemente da arte para falar da história da
medicina. Em entrevista ao portal da COC, Beate falou sobre as
atividades do museu. Confira os principais trechos." [via Casa de Oswaldo Cruz].
Separei aqui um trecho de interesse que evidencia a importância da pesquisa na montagem de exposições e na realização de várias das funções de um museu:
Havia um projeto para trabalhar com os registros escritos de oito
consultórios médicos diferentes do século 17 ao 19. Esses registros não
foram procurados antes porque os pesquisadores não imaginavam a riqueza
que poderia haver neles. Mas, com esse projeto, os pesquisadores
encontraram e acessaram esse material, o que foi difícil, pois alguns
escritos estavam em latim ou tinham uma caligrafia muito antiga. Depois,
estudaram os casos contidos nesses registros. Uma constatação
interessante é que, naquela época, pacientes que eram mais pobres
pagavam menos aos médicos do que alguém que tinha mais dinheiro. Esse
lado social já existia nesses consultórios. Outro resultado é que, nos
séculos 17 e 18, médicos e pacientes conversavam em pé de igualdade. No
século 19, com a especialização crescente dos médicos, começou a haver
uma hierarquia na relação entre médico e paciente, O projeto durou três
anos. Depois [de concluído o trabalho], pagou-se um outro grupo de
pesquisadores, que teve acesso aos resultados da pesquisa e organizou
uma exposição. A mostra aborda o trabalho de pesquisa, informando sobre
médicos, alguns pacientes, os problemas daquela época, mas também sobre
como os pesquisadores trabalharam no projeto.
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