quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

MUSEUS DE ARTE E FORMAÇÃO DE COLEÇÕES NO SÉCULO XX

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

MUSEOLOGIA 2022/2


ALICE RODRIGUES

BLENDA CARVALHO

INGRID GABRIELE FERNANDES FONSECA

LUÍSA MARANGONI

LETÍCIA COUTINHO

 

MUSEUS DE ARTE E FORMAÇÃO DE COLEÇÕES NO SÉCULO XX


 O homem é um ser colecionador a muito tempo. A base de um museu são as coleções, a exposição destas para que as pessoas a vejam. Não há exato motivo do porquê ou o que colecionar, a autora Maria Cecília França Lourenço coloca em seu livro “Museus acolhem moderno” essa perspectiva, onde a coleção dentro de um museu deve ser constituída fundamentada nos valores estipulados pela instituição, sendo resultado de demanda e de pesquisas. Assim passam pelos processos de investigação, conservação e extroversão. E nesta visão são desenvolvidos, também, a magnitude desses objetos de vestígio, raridade e preciosidade, tal qual a relevância para as ciências. Os objetos são organizados pelo seu valor como patrimônio e de testemunho e trazem também outras características reunidas através das décadas ( LOURENÇO 1999, P. 31).

A formação de coleções de arte no Século XX funcionava distintamente de acordo com a parte do mundo em questão. Enquanto no Brasil havia uma discussão, e até rebeldia com a arte e a modernidade, na Europa, obras de artes estavam sendo roubadas, destruídas e escondidas devido a Segunda Guerra Mundial, durante a década de 1940. Em paralelo, na Argentina já havia começado a difusão dos museus de arte moderna, porém com pouca arte moderna e mais arte europeia que nacional. 

Figura 1 - El primer luto (1888) - William Bouguereau


Fonte: Arts And Culture


O século XX é dividido entre o período da modernidade e o período modernista. Um se dá antes da guerra e o outro após. Os museus modernos no Brasil começaram na década de 40-50, sendo então no período de guerra e pós-guerra do século XX.  Os MAMs - Museus de Arte Moderna - no Brasil começam a adotar um estilo diferente de arquitetura. Anteriormente definidos pelos padrões parisienses, os museus agora adotam a ideia de arquitetura dos Estados Unidos, novo centro cultural mundial. 

Durante a década de 1950 inicia-se a conversa entre o moderno e modernista. O primeiro, agora mais jovem, tem visões para um futuro melhor, ele se direciona a instituições, rádio, TV e jornais e julga que a arte tem o poder de mover o mundo. A arte fica novamente chamativa  nas bienais. 


Figura 2: Projeto MAM - Affonso Eduardo Reidy


Fonte:   LOURENÇO, Maria Cecília França (1999, P. 20)


Este modernismo começa como algo marginalizado, quase até considerado de primitivo. Fortifica-se na década de 50 devido aos jovens modernos que divulgam a arte. A arte moderna agora entra para os MAMs e é apreciada e vista pelo público.

 O Museu agora se torna também uma obra de arte, um aperitivo para o olhar do visitante antes de conhecer as obras que ele abriga. Não somente no Brasil como no mundo, como o Guggenheim de Nova York. Os modernistas e arquitetos modernos pretendem criar museus que não são só instituições que abrigam obras de arte, mas lugares públicos para todos, não só para apreciar obras, mas para também conviver e passear. Com lanchonetes, lojas, espaços abertos com praças e águas, os designs dos museus ficaram mais abertos, grandes e chamativos, lugares especialmente feitos para a grandiosidade que é o momento moderno.



Figura 3: Museu Solomon R. Guggenheim 


Fonte: www.historiadasartes.com/

 

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

BALDASSARRE, Maria Isabel. As origens do colecionismo de arte pública e privada em Buenos Aires.  In: SOUZA, Eneida Maria de; MIRANDA, Wander Melo(Orgs.). Crítica e coleção. Belo Horizonte: UFMG, 2011.

LOURENÇO, Maria Cecília França. Museus acolhem moderno. São Paulo: EDUSP, 1999.



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