terça-feira, 1 de novembro de 2022

Onde estão as Mulheres na Ciência?

DISCIPLINA FUNÇÃO SOCIAL DOS MUSEUS - ECI102
PROFESSOR: LUIZ H. GARCIA
ALUNOS(A):Aléxia Domingues, Ana Carolina
Fiuza,Bia Pimentel, Bruna Caroline, Laura Braga
Melo, Marcelo Henrique de Souza, Nana Fernandes
Albuquerque.

Onde estão as mulheres na ciência? - Essa foi a pergunta geradora da intervenção realizada no Espaço do Conhecimento como trabalho final para a disciplina Função Social dos Museus, do curso de Museologia da UFMG. O tema foi escolhido com o objetivo de dar visibilidade para mulheres que contribuíram (e contribuem) ao longo dos anos para o campo científico e acadêmico, mas que tiveram seu protagonismo apagado e esquecido. É pelo resgate dessas figuras e vozes que pensamos em uma intervenção que trouxesse o rosto, história e contribuição dessas mulheres cientistas para dentro do Espaço do Conhecimento.

A instituição não foi escolhida por acaso, já que muitos fatores contribuíram para a escolha do grupo, alguns como: ser um espaço de divulgação científica; um museu que pertence à Universidade Federal de Minas Gerais e estar localizado no Circuito Liberdade. Somente esses motivos já seriam suficientes para a escolha, já que a intervenção é, principalmente, um questionamento sobre as figuras hegemônicas que representam o meio científico. Mas o grupo não parou por aí.

Uma das integrantes, bolsista da instituição na área de estudos de público, forneceu ao grupo informações muito relevantes que foram fundamentais para a escolha definitiva do Espaço do Conhecimento como objeto de intervenção neste trabalho. A instituição, a partir de pesquisas de público, possui dados que foram levados em consideração, sendo eles: mais da metade do público que visita o Espaço do Conhecimento são mulheres, muitas delas que foram ou são estudantes universitárias. Ou seja, a instituição possui um público majoritariamente feminino e que está incluído, de alguma forma, no meio científico, mas uma pergunta ainda permanece: Onde estão essas mulheres cientistas dentro de um espaço de divulgação da ciência?

As respostas, o grupo busca trazer dentro da intervenção realizada.

A intervenção foi feita utilizando cartazes em tamanho A4 que trazem os rostos e contribuições dessas mulheres para a ciência. É importante ressaltar que um recorte interseccional foi feito pelo grupo, ou seja, na intervenção tratamos sobre mulheres negras, indígenas e da comunidade LGBT, nessa tentativa de pautar outras minorias sociais no campo científico e acadêmico. Além disso, tivemos como inspiração uma intervenção realizada no prédio da Escola de Ciência da Informação da UFMG, promovida pela Rede Museologia Kilombola, que questiona o espaço dos negros dentro da Museologia e do campo da ciência, trazendo uma discussão sobre uma perspectiva museal antirracista.

Intervenção realizada no prédio da Escola de Ciência da Informação da UFMG pela Rede Museologia Kilombola


Referências

D’MASCHIO, Ana Luísa. 23 cientistas brasileiras que todos precisam conhecer. Porvir. Março de 2022. Disponível em: <https://porvir.org/23-cientistas-brasileiras-que-todos-precisam-conhecer/>

LINO, Tayane Rogeria; MAYORGA, Cláudia. As mulheres como sujeitos da Ciência: uma análise da participação das mulheres na Ciência Moderna. Saúde & Transformação Social / Health & Social Change, vol. 7, núm. 3, 2016, pp. 96-107, Universidade Federal de Santa Catarina Santa Catarina, Brasil. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/2653/265347623012.pdf

LÔBO, Jade Alcântara. Entrevista com Elisa Pankararu: movimento de mulheres indígenas e feminismo indígena. Epistemologias do Sul, v. 5, n. 2, p. 58-65. Santa Catarina, 2021. Disponível em:<https://revistas.unila.edu.br/epistemologiasdosul/article/view/3505/2969>.

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Conheça a história de Enedina Marques, a primeira engenheira negra do Brasil. Portal Geledés. Disponível em: <https://www.geledes.org.br/conheca-a-historia-de-enedina-marques-a-primeira-engenheira-negra-do-brasil/?gclid=Cj0KCQiAmpyRBhC-ARIsABs2EArBs1NQkVcShikzI4S4drjn9e-cmKgXBooswfxSQTsTV-oM0XzZsvMaAl8EEALw_wcB>

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