professor: Luiz H. Garcia
Alunas responsáveis Carlos Alexandre, Débora Tavares, Eliana Rodrigues, Liziane Silveira , Lucinéia Bicalho, Rháyza Lima e Vanessa Silva
O Museu Paraense Emílio Goeldi e seu principal personagem
(O pavilhão Domingos Soares Ferreira Penna, conhecido como "Rocinha", é o prédio mais antigo do Parque Zoobotânico do Museu Goeldi. http://www.mcti.gov.br/noticia/-/asset_publisher/epbV0pr6eIS0/content/com-150-anos-criacao-do-museu-goeldi-foi-um-divisor-de-aguas-na-historia-da-amazonia)
Conhecemos
o Museu Paraense “Emílio Goeldi” por meio do livro “A coruja de Minerva”, de
Nelson Sanjad, uma sugestão bibliográfica na disciplina Tipologia de Museus do
Curso de Museologia da UFMG.
A
partir de então, fizemos uma imersão na obra de Sanjad e em outras fontes referentes
ao Museu Paraense, e estudamos a visionária trajetória de Emílio Goeldi, que
tão logo assumiu a direção da instituição em 1894, e objetivou
projetar ao mundo a potencialidade deste Museu.
A
primeira proposta de criação do museu, em 1861, se deu em volta das expedições
naturalistas que estavam sendo empreendidas na região da Amazônia e tinha como
um dos principais objetivos formar cientistas e iniciar coleções de naturais
que pudessem ser conservadas aqui, no Brasil.
A
ascensão da borracha como maior produto de exportação do estado, e
consequentemente, movimentando uma capital cada vez maior, operou
significativas mudanças políticas e sociais que foram sendo experimentadas pela
sociedade paraense do final dos oitocentos. Em meio a busca pela modernidade e
progresso, foi inaugurado em 25 de março de 1871 o Museu Paraense.
O
processo de criação do Museu, foi encabeçado por um grupo de intelectuais – Os
Philomáticos[1]
– que considerava necessária a criação de um museu em Belém, visando fins
sociais, culturais, educativos e para dar conhecimento ao mundo sobre as
riquezas daquela região.
Com
a instauração do museu, buscava-se ampliar as atividades econômicas para gerar
a independência financeira dos seringais. Para além dos objetivos de progresso
econômico, esperavam do museu uma fonte de “instrução pública popular” que
promovesse exposições de acervos, ofertasse cursos e realizasse palestras.
(Capa do livro “A Coruja de Minerva”, de Nelson
Sanjad. Ed.1 - 2010)
Em 1889, imerso em problemas, o museu fechou as
portas. O Império caiu e, com a República, surgiu o desejo de tornar o museu
uma referência internacional. Em 1891 ele foi reaberto e, em 9 de junho de 1894,
Emilio Goeldi foi convidado a assumir a gestão da instituição.
O cientista suíço Emílio Goeldi (1859-1917)
assumiu a direção do Museu Paraense entre 1894 e 1907, tendo conseguido mudar o
panorama da Instituição; possuía formação acadêmica em Nápoles e em Leipzing,
nas áreas de Zoologia, Ornitologia, estudos sobre evolução, interações, e
pesquisas sobre vegetais.
(Funcionários do Museu
Paraense, com Emílio Goeldi ao centro, em 1907. Coleção Fotográfica / Arquivo
Guilherme de La Penha / MPEG. http://www.museu-goeldi.br/portal/content/museu-goeldi-150-anos-nos-400-anos-de-bel-m-fotos-hist-ricas)
Além de um grande pesquisador atuante na
ciência, Emílio Goeldi soube usar estratégias para valorizar os recursos e
potenciais do museu e da região amazônica
para atrair o interesse da comunidade científica internacional,
estabelecendo parcerias em pesquisas científicas com ênfase em taxonomia, que resultaram em publicações
inéditas sobre a “Fauna do Brasil”, com destaque a aves e mamíferos, no “Boletim do Museu Paraense
de História Natural e Etnografia”.
(Capa do primeiro fascículo
do “Álbum de Aves Amazônicas”, de Emilio Goeldi, publicado em 1900.)
Emílio Goeldi parece ter encontrado a fórmula
ideal para conseguir expandir e consolidar este Museu, pois a instituição
continua hoje sendo importante no cenário nacional e mundial em pesquisas, não
só de cunho Zoológico e botânico, mas também
nas Ciências Sociais, na Saúde e suas aplicações.[http://www.museu-goeldi.br/portal/content/peri-dico-do-museu-recebe-nota-m-xima-em-avalia-o-feita-pela-capes]
Atualmente as coleções científicas da
Instituição somam cerca de 4,5 milhões de itens conservados e todo o acervo do
museu, formado pelas coleções de botânica, zoologia e paleontologia, o coloca
entre as três maiores instituições museológicas de caráter científico do país.
No ano de 2016, o Museu comemorou 150 anos [http://www.museu-goeldi.br/portal/content/museu-paraense-em-lio-goeldi-comemora-150-anos-nessa-quinta-feira-6], e não faltaram comemorações com a comunidade
para celebrar o momento. Na mesma época, várias novas parcerias de estudos e
pesquisas foram renovadas[2],
conforme inicialmente projetado.
(Nilson Gabas Junior, diretor do museu, discursa no evento de comemoração do aniversário da instituição. http://www.redenamor.org/noticia/545)
Referência
SANJAD, Nelson. A coruja de minerva: o Museu
Paraense entre o império e a República,1866-1907. 1. ed. Brasília: Instituto
Brasileiro de Museus; Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi; Rio de Janeiro:
Fundação Oswaldo Cruz, 2010. V.1. 492p.
[2] Curador do Museu Britânico Visita o Museu Emílio Goeldi.2016. Disponível em
:<http://www.museu-goeldi.br/portal/content/curador-do-museu-brit-nico-visita-o-museu-goeldi
> Acesso em:18/10/2016.
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