quinta-feira, 8 de março de 2018

Coleções inusitadas: Herança dos Gabinetes de Curiosidades [Tipologia 2017]

Universidade Federal de Minas Gerais Escola de Ciência da Informação 
Disciplina Tipologia de Museus Curso Museologia 

Prof. Luiz Henrique Assis Garcia 
Alunos: Rita Carvalho e Raphael Oliveira 


Existe diferença entre colecionador e acumulador? O dicionário Aurélio da língua portuguesa define coleção como a “Reunião de objetos da mesma natureza.” e colecionador
como “Indivíduo que coleciona.” O colecionador é aquele indivíduo que ao longo de sua vida incorpora bens com valor atribuído por ele ao seu patrimônio, bens esses que se encaixam nos seus interesses pessoais e assim são incorporados e cuidados  por ele. Ele seleciona os objetos que vão fazer parte da sua coleção, diferente do acumulador que no geral agrupa objetos sem um tratamento ou organização e muitas vezes espera que este ainda tenha alguma função para desempenhar. No campo da museologia de acordo com a definição do ICOM (Conselho Internacional de Museus) para evitar banalização do uso do termo “coleção” no contexto dos museus, é entendida como “um conjunto de objetos materiais ou imateriais que um indivíduo, ou um estabelecimento, se responsabilizou por reunir, classificar, selecionar e conservar seja
está uma coleção pública ou privada.”
Nos séculos XVI e XIX existiam colecionadores que mantinham coleções com uma variedade de objetos organizados em grandes salas, como no Museum Wormianum de propriedade do nobre dinamarquês Ole Worm. Esse acervo era composto por elementos de várias culturas, o qual ficou conhecido como um exemplo de gabinetes de curiosidades.
Os gabinetes de curiosidade eram grandes coleções de fósseis, plantas, objetos e animais empalhados que eram exibidos para outros nobres como troféus e representavam o poder do conhecimento daqueles que o possuíam.

Atualmente temos grandes colecionadores que a partir de seus acervos pessoais fundam museus como o colecionador Antônio Carlos Figueiredo que fundou o Museu do Cotidiano, em uma área de mais de 600 metros quadrados, próximo do Circuito Liberdade. Sua coleção possui milhares de itens que vão desde primeiros carros vendidos no Brasil a brinquedos do Parque Municipal de Belo Horizonte.

Seu idealizador acumula objetos relacionados ao cotidiano da cidade como placas de lojas e objetos que narram a evolução tecnológica no Brasil como a chegada da televisão e dos celulares. Um colecionador peculiar com interesse nos mais diversos temas e que tem a missão de transformar os objetos que recebeu de doadores ou foram comprados em acervo documentado e identificado de forma que atenda às exigências do instituto brasileiro de museus.

Links:
Museu do cotidiano-BH  https://www.youtube.com/watch?v=RTFnXYmWb4o

Referências bibliográficas:

BRIGOLA, João Carlos Pires. Coleções, gabinetes e museus em Portugal no século XVIII. Textos universitários de Ciências sociais e humanas 2003

Facta

Dicionário Aurélio
Disponível em: ‹https://dicionariodoaurelio.com Acesso em: 26 nov. 2017

Gabinete de curiosidade
Disponível em http://gabinetedecuriosidades.org/o-gabinete/ Acesso em: 26 nov. 2017

Conceitos Chaves de Museologia Disponível em

Museu Do Cotidiano


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