UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Graduação em Museologia
Tipologia de Museus
Prof. Luiz Henrique Assis Garcia
Alunos: Bianca Portilho Marçal
Camila Amanda Moreira Baldassini
Julia Fernanda Pereira de Paula
Luciana Almeida Tonholli
Marcella Joana de Moura Belloni
Graduação em Museologia
Tipologia de Museus
Prof. Luiz Henrique Assis Garcia
Alunos: Bianca Portilho Marçal
Camila Amanda Moreira Baldassini
Julia Fernanda Pereira de Paula
Luciana Almeida Tonholli
Marcella Joana de Moura Belloni
Museus de Arte e Formação de Coleções no Séc. XX
Que o século XX trouxe grandes avanços para o mundo todos nós sabemos, mas você
sabia que os museus também tiveram uma grande “virada de chave” durante esse
período?! Pois é! Se você não sabia, vai ficar sabendo agora, e se já sabia... fica por
aqui pra saber um pouco mais.
Que o século XX trouxe grandes avanços para o mundo todos nós sabemos, mas você
sabia que os museus também tiveram uma grande “virada de chave” durante esse
período?! Pois é! Se você não sabia, vai ficar sabendo agora, e se já sabia... fica por
aqui pra saber um pouco mais.
Depois do grande boom dos museus no século XIX, o século XX trouxe para esses
espaços um papel fundamental de preservação, reflexão e construção de identidades
culturais, ao mesmo tempo em que se tornaram arenas de disputas ideológicas e
políticas. Isso porque, mais especificamente no contexto da Alemanha nazista, a arte
foi utilizada como uma ferramenta de controle, promoção e exclusão, em que a arte
moderna foi alvo de uma série de repressões.
Baldassare (2011), afirmou que na busca pela tal identidade cultural em Buenos Aires
por exemplo, o colecionismo de arte, tanto público quanto privado ajudaram a constituir
as coleções dos museus, se consolidando como uma narrativa cultural de uma
sociedade dita modernista “europeizada”, mas que também buscava (como no Brasil),
afirmar uma identidade latino-americana. Se você não viu a obra “Oca Maloca”, depois
dá uma espiadinha - foi uma instalação de Maria Tomaselli, em uma exposição que
reuniu artistas de cinco estados diferentes do Brasil que representasse o nosso país
através de suas obras.
A partir daí, o museu teve uma evolução em suas funções e seu papel dentro da
sociedade, marcada tanto pelas transformações que estavam ocorrendo, quanto em
termos de estrutura e de função social, discussão muito pertinente ao refletir sobre a
função educativa que tais instituições deveriam exercer. Logo, museus começaram a se consolidar como centros propulsores de cultura artística e contemporânea, e os dedicados à Arte Moderna, começaram a estabelecer um período de mudanças estéticas e preservacionistas. A chamada então arte moderna, nascida no final do século XIX e consolidada no século XX, vinha aí como uma revolução mesmo! Já imaginou?! Ela trouxe uma ruptura significativa com os estilos acadêmicos tradicionais, uma reavaliação do que constituía “arte legitima” e também do próprio papel dos objetos e sua cultura material, transformando tanto os espaços como as práticas curatoriais.
Você acha que foi fácil? É claro que não! Os museus tinham muitos desafios para
acolher o novo e moderno, como desafios curatoriais, institucionais, de infraestrutura
como Lourenço (1999) em “Museus Acolhem Moderno”, relatou ao falar sobre a crise
enfrentada pelos museus neste momento. Apesar das dificuldades, foram se adaptando às mudanças sociais, tecnológicas e políticas e se tornando museus como espaços de experimentação e interação,
rompendo com a ideia tradicional de museu como um local estático e silencioso. Dito
isso, grandes exemplos deste novo universo é o Museu de Arte Moderna de Nova York
(MoMA) e no nosso querido Brasil o Museu de Arte de São Paulo (MASP), que embora
não seja exclusivamente de arte moderna foi pioneiro ao trazer as novidades para cá!
sociedade, marcada tanto pelas transformações que estavam ocorrendo, quanto em
termos de estrutura e de função social, discussão muito pertinente ao refletir sobre a
função educativa que tais instituições deveriam exercer. Logo, museus começaram a se consolidar como centros propulsores de cultura artística e contemporânea, e os dedicados à Arte Moderna, começaram a estabelecer um período de mudanças estéticas e preservacionistas. A chamada então arte moderna, nascida no final do século XIX e consolidada no século XX, vinha aí como uma revolução mesmo! Já imaginou?! Ela trouxe uma ruptura significativa com os estilos acadêmicos tradicionais, uma reavaliação do que constituía “arte legitima” e também do próprio papel dos objetos e sua cultura material, transformando tanto os espaços como as práticas curatoriais.
Você acha que foi fácil? É claro que não! Os museus tinham muitos desafios para
acolher o novo e moderno, como desafios curatoriais, institucionais, de infraestrutura
como Lourenço (1999) em “Museus Acolhem Moderno”, relatou ao falar sobre a crise
enfrentada pelos museus neste momento. Apesar das dificuldades, foram se adaptando às mudanças sociais, tecnológicas e políticas e se tornando museus como espaços de experimentação e interação,
rompendo com a ideia tradicional de museu como um local estático e silencioso. Dito
isso, grandes exemplos deste novo universo é o Museu de Arte Moderna de Nova York
(MoMA) e no nosso querido Brasil o Museu de Arte de São Paulo (MASP), que embora
não seja exclusivamente de arte moderna foi pioneiro ao trazer as novidades para cá!
Porém, ainda sim, nada era um conto de fadas... Muitas obras durante esse período
eram (pasmem!) SAQUEADAS - algumas até hoje disputam o retorno á suas origens -
Aham! Principalmente durante o chamado Terceiro Reich, baseado em dois pilares: a
supremacia cultural alemã (onde a Alemanha deveria liderar a cultura europeia,
destacando a "superioridade ariana" e onde obras de artistas como Da Vinci
tornaram-se alvos de pilhagem) e a exclusão cultural (com a tentativa de eliminar aquilo
que considerava "indesejável" na esfera artística). O bafafá da história quem explicou
com mais detalhes foi Nicholas (1996) em “Europa saqueada”.
Além disso tudo, ainda rolava os impactos da Segunda Guerra Mundial!!! Puro caos...
e no meio disso tudo, o patrimônio artístico europeu, marcado por grandes
bombardeios, devastação, perda e deslocamento das próprias coleções. Ou seja, a
guerra não devastou apenas territórios e economias, mas também redesenhou o mapa
do patrimônio cultural mundial.
eram (pasmem!) SAQUEADAS - algumas até hoje disputam o retorno á suas origens -
Aham! Principalmente durante o chamado Terceiro Reich, baseado em dois pilares: a
supremacia cultural alemã (onde a Alemanha deveria liderar a cultura europeia,
destacando a "superioridade ariana" e onde obras de artistas como Da Vinci
tornaram-se alvos de pilhagem) e a exclusão cultural (com a tentativa de eliminar aquilo
que considerava "indesejável" na esfera artística). O bafafá da história quem explicou
com mais detalhes foi Nicholas (1996) em “Europa saqueada”.
Além disso tudo, ainda rolava os impactos da Segunda Guerra Mundial!!! Puro caos...
e no meio disso tudo, o patrimônio artístico europeu, marcado por grandes
bombardeios, devastação, perda e deslocamento das próprias coleções. Ou seja, a
guerra não devastou apenas territórios e economias, mas também redesenhou o mapa
do patrimônio cultural mundial.
Portanto, você viu que foi uma loucura não é mesmo?! Museus se tornando espaços de
preservação e democratização cultural, marcados por conflitos, obras sendo
saqueadas, artístas sendo reprimidos, busca pela identidade cultural e tantos outros
aspectos! Assim foi como os Museus de Arte e as Coleções se formaram no século XX.
Referências
BALDASSARRE, Maria Isabel. As origens do colecionismo de arte pública e privada
em Buenos Aires . In: SOUZA, Eneida Maria de; MIRANDA, Wander Melo(Orgs.). Crítica e coleção. Belo Horizonte: UFMG, 2011. pp. 308-326.
Correio Braziliense. Disponível em:
<<https://www.correiobraziliense.com.br/diversao-e-arte/2022/06/5014384-exposicao-n
o-museu-da-republica-reune-obras-modernistas-de-cinco-estados.html>>
LOURENÇO, Maria Cecília França. Museus acolhem moderno.São Paulo: EDUSP,
1999, p.11-81.
NICHOLAS, Lynn H. Europa saqueada: o destino dos tesouros artísticos europeus no
Terceiro Reich e na Segunda Guerra Mundial. Cap 1 e 3. São Paulo: Companhia das
Letras, 1996, p.13-36, 70-95.
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