Universidade Federal de Minas Gerais Escola de Ciência da Informação
Disciplina Tipologia de Museus Curso Museologia
Prof. Luiz Henrique Assis Garcia
Alunos: Rita Carvalho e Raphael Oliveira
Existe diferença entre colecionador
e acumulador? O dicionário Aurélio da língua portuguesa define coleção como a
“Reunião de objetos da mesma natureza.” e colecionador
como “Indivíduo que coleciona.” O colecionador
é aquele indivíduo que ao longo de sua vida incorpora bens com valor atribuído
por ele ao seu patrimônio, bens esses que se encaixam nos seus interesses
pessoais e assim são incorporados e cuidados por ele. Ele seleciona os objetos que vão
fazer parte da sua coleção, diferente do acumulador que no geral agrupa objetos
sem um tratamento ou organização e muitas vezes espera que este ainda tenha
alguma função para desempenhar. No campo da museologia de acordo com a
definição do ICOM (Conselho Internacional de Museus) para evitar banalização do
uso do termo “coleção” no contexto dos museus, é entendida como “um conjunto de
objetos materiais ou imateriais que um indivíduo, ou um estabelecimento, se
responsabilizou por reunir, classificar, selecionar e conservar seja
está uma coleção pública ou privada.”
Nos séculos XVI e XIX existiam colecionadores
que mantinham coleções com uma variedade de objetos organizados em grandes
salas, como no Museum Wormianum de propriedade do nobre dinamarquês Ole Worm.
Esse acervo era composto por elementos de várias culturas, o qual ficou
conhecido como um exemplo de gabinetes de curiosidades.
Os gabinetes de curiosidade eram grandes
coleções de fósseis, plantas, objetos e animais empalhados que eram exibidos
para outros nobres como troféus e representavam o poder do conhecimento
daqueles que o possuíam.
Atualmente temos grandes colecionadores que a partir de seus acervos pessoais fundam museus como o colecionador Antônio Carlos Figueiredo que fundou o Museu do Cotidiano, em uma área de mais de 600 metros quadrados, próximo do Circuito Liberdade. Sua coleção possui milhares de itens que vão desde primeiros carros vendidos no Brasil a brinquedos do Parque Municipal de Belo Horizonte.
Seu idealizador acumula objetos relacionados ao
cotidiano da cidade como placas de lojas e objetos que narram a evolução tecnológica no Brasil como a chegada
da televisão e dos celulares. Um colecionador peculiar com
interesse nos mais diversos temas e que tem a missão de transformar os objetos
que recebeu de doadores ou foram comprados em acervo documentado e identificado
de forma que atenda às exigências do instituto brasileiro de museus.
Links:
Museu do cotidiano-BH https://www.youtube.com/watch?v=RTFnXYmWb4o
Referências bibliográficas:
BRIGOLA, João Carlos Pires. Coleções, gabinetes e museus em Portugal no
século XVIII. Textos universitários de Ciências sociais e humanas 2003
Facta
Disponível em http://www.facta.art.br/acumulo-acao-criativa/o-gabinete-de-curiosidades/ Acesso em: 26 nov. 2017
Dicionário Aurélio
Disponível em: ‹https://dicionariodoaurelio.com Acesso em: 26 nov. 2017
Gabinete de curiosidade
Disponível em http://gabinetedecuriosidades.org/o-gabinete/ Acesso
em: 26 nov. 2017
Conceitos Chaves de Museologia Disponível em
http://icom.museum/fileadmin/user_upload/pdf/Key_Concepts_of_Museology/Conceitos- ChavedeMuseologia_pt.pdf Acesso
em: 26 nov. 2017
Museu Do Cotidiano
Disponível em http://www.cultura.mg.gov.br/ajuda/story/3470-museu-do-cotidiano-reune- colecao-inusitada-na-capital-mineira Acesso em 26 nov.2017
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