quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Tipologia de Museus - Museu do Apartheid

                                                       Museu do Apartheid

Este trabalho foi desenvolvido em Novembro de 2013 como critérios de avaliação parcial na disciplina Tipologia de Museus, ofertada no Curso de Museologia pela Escola de Ciência da Informação (ECI), na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), ministrada pelo Profº Luiz Henrique Garcia.

Grupo: Luiza Cavalcante, Mikael Vinícius, Frederico Serpa, Marina Malverde

Um dos museus mais tradicionais da África do sul, o Museu do Apartheid que é situado em Soweto, ao sudoeste de Johanesburgo. Tendo baixo custo de sua entrada permite que a instituição tenha um grande volume de visitantes, sendo um dos cenários mais visitados pelos turistas e torcedores durante a copa do mundo.

Segundo o texto de John Mackenzie "Museums and empire: natural history, human cultures and colonial identities .'' vemos que por 170 anos,entre 1820 e 1990,os museus da África do Sul representavam a dominação européia,não permitindo a entrada de africanos devido ao Apartheid. Um fato que demonstra como era essa política do Apartheid,é Soweto onde o museu está localizado. Em uma das primeiras leis elaboradas, foi a separação de bens públicos da cidade por raça, a divisão de bairros entre brancos e negros, por onde eles foram obrigadas a sair de suas casas, jogados em aglomerados em péssimas condições cercado de pobreza e opressão, privando-os de sua cidadania. Um dos símbolos de luta contra a repressão aconteceu em 16 de Junho de 1976, onde mais de 20.000 alunos de Soweto protestaram pacificamente contra a imposição do Afrikaans como a língua de educação para os pupílos negros e contra a discriminação que sofriam com o curriculum desqualificado da educação de Bantu.

O sistema de educação em Bantu caracterizava se por escolas e universidades separadas, pobres facilidades, salas de aulas superlotadas e professores inadequadamente formados.
Cerca de 700 pessoas, sendo a maioria jovens, foram mortas e propriedades foram destruídas na violência que se seguiu durante poucas semanas depois das polícias terem aberto fogo contra a greve dos estudantes.

E com o interesse médico, militar e metropolitano o acervo era constituído de ciências naturais e nenhuma relação com o estudo do homem. A partir de 1990 depois do decreto do presidente Frederick de Klerk anunciou a legalização do Congresso Nacional Africano. Após nove dias, ordenou a libertação de Nelson Mandela depois de 27 anos na prisão. Os direitos foram reavaliados e os sul africanos puderam voltar a frequentar instituições públicas, trazendo a elas mudanças e suas contribuições em seu conceito, fazendo um processo de recordações do acontecimento. Todo este passado de opressão está relatado no museu por meio de material áudio visual, esculturas e testemunhos escritos, além de ambientes com uma série de documentos sobre as separações tratadas pelas raças e opressão causadas por esse regime segregacionista.

Outro ponto importante sobre o museu é a histiria narrada sobre a vida e ideais de Mandela e os principais acontecimentos que marcaram sua vida, entre eles sua estadia na prisão da ilha Robben, no extremo sul da África do Sul, onde passou 18 dos 27 anos que durou seu cativeiro. O Museu do Apartheid tem como dever social denunciar a agressão política, a repreensão sofrida pela população, mostrando a resistência, confronto, morte e líderes que foram presos e a mostrar os nativos do país em suas exposições.

Referencias:

MACKENZIE, John M. Museums and empire: natural history, human cultures and colonial identities .

http://viagem.uol.com.br/noticias/efe/2010/06/25/museu-do-apartheid-e-parada-obrigatoria-para-turistas.htm

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