terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Comentários sobre a exposição Zeitgeist no CCBB

"A exposição “Zeitgeist – Arte da nova Berlim”  reúne, pela primeira vez no Brasil, um panorama consistente da respeitada comunidade artística de Berlim, traduzindo o espírito de uma época marcada por contradições e reinvenções. A mostra reúne pintura, fotografia, videoarte, performance, instalação e a cultura dos clubs berlinenses, na visão de 29 renomados artistas.
Marcada por duas guerras mundiais e dividida pelo Muro durante quase três décadas, a capital da Alemanha se reergueu das cinzas.  Da vida improvisada dos anos 1990, as contradições que caracterizaram a cidade, reinventada a partir de dois mundos, acabaram por formar, pouco a pouco, o Zeitgeist – espírito de uma época, a partir do qual a arte, a cultura e as relações humanas evoluem – que hoje projeta sua influência muito além da Europa Central e atrai artistas do mundo todo com seu magnetismo.
O percurso concebido para a mostra Zeitgeist é uma oportunidade de vivenciar alguns dos aspectos que fazem de Berlim um lugar encantado entre extremos, e que são recorrentes no modo de existir da metrópole. Como observadores atentos da vida da cidade, do mesmo modo que o pintor Adolph von Menzel (1815-1905), um dos maiores representantes do realismo alemão, os artistas da mostra exibem aspectos marcantes da capital da Alemanha."



Eu particularmente confesso que esperava mais. Em alguns módulos fiquei com a sensação de que a exposição não conseguiu traduzir tão bem a diversidade e a dinâmica que se atribui ao cenário artísticos berlinense contemporâneo, e até evidencia como o "alternativo" pode ser monótono e homogêneo. A única seção que me cativou especialmente foi a que expunha os panfletos com as programações das casas noturnas - emblematicamente em contraste com os fragmentos alusivos às trilhas sonoras e espaços, que em geral me pareceram indecisos entre a reconstituição e a insinuação, sem definitivamente estabelecer uma ponte sensível com os lugares, pois faltou história, contada com palavras ou com imagens. Claro, são as opiniões de um historiador de cidade e de música popular, não de um estudioso das artes, por exemplo. Estou mais que curioso para saber o que vocês acharam...

Nenhum comentário:

Postar um comentário