quinta-feira, 15 de abril de 2021

Disciplina optativa - Patrimônio cultural, som e museologia


No próximo semestre irei ofertar uma nova optativa para a graduação em Museologia da UFMG. Ela nasce privilegiando o formato de grupo de estudos e está totalmente articulada às atividades correntes do Grupo de Estudos Som e Museologia, coordenado por mim. Ela também se aproveitará parte do programa e material que era empregado na antiga optativa Patrimônio urbano e música popular, refletindo portanto o tempo já investido em minhas pesquisas que transitam entre a museologia, os estudos de som (sound studies), investigações sobre patrimônio cultural e cultura material, etnomusicologia e estudos de História Cultural de escopo mais amplo.

Ementa:
Nossas reflexões sobre as novas configurações das instituições museológicas na contemporaneidade e o alargamento do conceito de patrimônio cultural levaram a uma nova linha de investigação sobre o som gravado – especialmente a música popular – como “objeto aural” musealizado. A disciplina propõe explorar as relações entre som e museologia a partir dos seguintes eixos: a atribuição de valor patrimonial ao som e à música; as relações entre identidade, som e sentido inscritas no patrimônio cultural urbano; o emprego do som como objeto e linguagem no contexto da comunicação museológica. 

Bibliografia básica:

ALMEIDA, Luiz Fernando de. Apropriação e salvaguarda do patrimônio imaterial. In: SANTʼANNA, Márcia (org.) Os sambas brasileiros: diversidade, apropriação e salvaguarda. Brasília, DF: Iphan, 2011.

BELIVEAU, Jeremy E. Audio Elements: Understanding Current Uses of Sound in Museum Exhibits. Dissertação de Mestrado em Artes. University of Washington, 2015, 68 p. 

BENNETT, Andy. ‘‘Heritage rock’’: Rock music, representation and heritage discourse. Poetics , Elsevier, n.37, 2009, pp. 474–489.

GARCIA, Luiz Henrique A. Há lugares que eu me lembro: encenando o espaço urbano na exposição permanente do museu The Beatles Story. In: Anais eletrônicos do II Seminário Brasileiro de Museologia (2015), Recife: MUHNE/Fundaj,. v. 1, 2017, p. 1-16. 

GARCIA, Luiz Henrique A.; PARANHOS, Julianne. O Museu Clube da Esquina e os lugares da cidade: breve reflexão sobre ações museológicas no espaço urbano. Museologia e Patrimônio, v. 9, p. 134-152, 2016.

 

KANNENBERG, John. Listening to Museums: Sound Mapping towards a Sonically Inclusive Museology. Museological Review. University of Leicester, 2016, p. 6-17.

LEONARD, Marion. Exhibiting Popular Music: Museum Audiences, Inclusion and Social History. Journal of New Music Research. Vol. 39, No. 2, 2010, p. 171-181.

MENDONÇA, Tânia Mara Quinta Aguiar de. Museus da Imagem e do Som: O desafio do processo de musealização dos acervos audiovisuais no Brasil. Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. Tese, 2012.

OLIVEIRA, Denise da Silva. O som como “patrimônio”: museus sonoros e a experiência da Discoteca pública do Distrito Federal nos anos 1940. Anais II Seminário Nacional História e Patrimônio Cultural - GT História e Patrimônio Cultural. Rio de Janeiro: Unirio, 2018, p.121-134.

STERNE, Jonathan. The Audible Past: Cultural Origins of Sound Reproduction. Duke University Press, Durham & London, 2003.

TRAVASSOS, Elizabeth. Poder e valor das listas nas políticas de patrimônio e na música popular. Porto Alegre, 03 maio 2006, 11p. (mimeo).  Texto elaborado para o debate A memória da música popular promovido pelo Projeto Unimúsica 2006 – festa e folguedo.

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