sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Tipologia de Museus - Por que colecionamos?

Coleção Particular: Maria Alice Faria

? POR QUE COLECIONAMOS ?

Este trabalho foi desenvolvido em Novembro de 2013 como critérios 
de  avaliação parcial na disciplina Tipologia de Museus, ofertada no 
Curso de Museologia pela Escola de Ciência da Informação (ECI),  na
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), ministrada pelo 
Profº Luiz Henrique Garcia.

Grupo: Amélia, Maria Ângela, Thelma, Vivien

flâmulas I frascos de perfumes I bolas de gude I tickets de metrô I xícaras I tampinhas I sapatos I rolhas I carrinhos I licoreiras I imaginária barroca I figurinhas I fósseis I latas I cartões de telefone I papéis de bala I chaveiros I pinturas I  selos postais I esculturas I rótulos I chaveiros I artefatos I miniaturas I
Segundo Pomian, entende-se por coleção, qualquer conjunto de objetos naturais ou artificiais, mantidos temporária ou definitivamente fora do circuito das atividades econômicas, sujeitos a uma proteção especial num local fechado preparado para esse fim, e expostos ao olhar público.
Algumas pessoas possuem um “museu particular”, quase sempre subprodutos da sociedade de consumo, como latas, cartões de telefone, tickets de metrô, papéis de bala, rótulos, tampinhas de refrigerantes, entre outros. Não existe um fator determinante para este fenômeno, mas, parece corresponder, em certos indivíduos, a um instinto, um impulso.
Segundo estudiosos, dos sete aos doze anos, a criança coleciona os mais variados objetos - bolas de gude, miniaturas, chaveiros, selos postais. Residiria, nesse fato, a necessidade de classificação do mundo exterior que a ajudaria a fixar as suas idéias. 
Durante a puberdade, ela pára de colecionar. Outro período ocorre entre os quinze e vinte e cinco anos e se afirma entre os que possuem uma vocação, às vezes hereditária.
Nesse universo, existem os diferentes graus de colecionadores: curiosos, que juntam coisas raras, exóticas, novidades; o simples amador, que coleciona pelo simples prazer ou sedução em juntar coisas ou determinado objeto; ou o colecionador especializado cuja coleção tem uma razão de ser e segue critérios específicos.
Entre os motivos da paixão colecionadora, relacionam-se algumas causas habituais: sentimento à tradição, respeito ao passado e por coisas antigas, culto às relíquias. Mas, a razão de uma coleção pode ser somente pelo amor à arte.
Mas, e da coleção ao Museu?
A palavra museu, do grego mouséion, foi dado na Antiguidade aos santuários dos templos dedicados às musas, construído sobre a colina de Helicon em Atenas (Grécia) e recebia, como doações, oferendas destinadas aos deuses inspiradores dos artistas – relíquias, vasos, coroas, jóias, esculturas.
No século III a.C, Ptolémée Philadelphe previu no centro de seu pakácio de Alexandria (Egito) um mouseión que compreendia, entre outros, uma biblioteca, um anfiteatro, um refeitório, um observatório, salas de trabalho, jardim botânico e zoológico, um conjunto que agregava a Universidade, a academia e um templo sob autoridade de um padre. Os primeiros museus foram estabelecimentos religiosos como os próprios objetos de arte e o ensinamento tradicional. Eles agrupavam tesouros depositados nos templos em testemunho de reconhecimento aos deuses.
Vale salientar , que o Louvre  antes de se tornar museu, foi residência da nobreza francesa, assim como outros que serviram de depósito para colecionar objetos de saques durante a Revolução Francesa .
 Segundo F.H. Taylor, os museus constituem “um mal necessário”, são “asilos póstumos”, dizia Thoré. Na realidade, são locais destinados a receberem objetos, que muitas vezes não estavam destinados a permanecerem juntos e que se encontram num local que não foi feito para acolhê-los. São fragmentos de uma época, testemunhos de um passado morto, de relíquias de antigos cultos. Eles testemunham o desgaste das coisas, as mudanças de hábito.
Somente há algumas décadas os responsáveis por museus começaram a discutir e reformular conceitos para que esses deixassem de ser privilégio de poucos, depósito de obras primas, para se tornarem polivalentes, atuantes, inseridos em comunidades, sedutores...
Mas, afinal, Por que Colecionamos? Para que servem os museus? Para Luc Benoist, um dos papéis do museu, e talvez o mais belo, seja o de se tornar galeria daqueles que não podem ter a sua própria coleção, o seu próprio museu. Para quem gosta e freqüenta, os museus teriam ainda uma outra função: emprestariam a esses “habitués”, uma coleção, tornando-os, colecionadores sem coleção.

paixão I conhecimento I curiosidade I prazer I hobie I poder I sedução I vaidade I nacionalidade I fantasia I prestígio I ostentação



Bibliografia:
POMIAN K. COLEÇÃO. In enciclopedia einaudi. Lisboa: Imprensa Nacional/ Casa da Moed, 1994. V.1: Memória- História. pg. 51-86

CHAUMIER, Serge. L’object de musée. Dijon: Mousée de la vie bourgüignome: 23 avril a 20 septembre 2010 ( tout garder? tout jeter? et reiventer?)

BENOIST, Luc. Musées et muséologie, Paris, Presses universitaires de France, coll. « Que sais-je? », 1960.

Link de acesso ao site do Museu do Louvre: 
www.louvre.fr  


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