Pois é, topei agora mesmo com esse texto* pra lá de bacana da Karina Kuschnir, Dez lições da vida acadêmica [link][*os desenhos também são dela], cuja lição inicial para mim é que nunca deixamos de aprender com a experiência de outros pesquisadores. Como de costume, separei alguns trechos e comentei mas incentivo fortemente a leitura do texto completo.
Primeira lição aprendida: quase sempre vale a pena entender um texto clássico. É por isso que se tornou um clássico. (Mas nem sempre.)"
L.H.: O verdadeiro clássico - paradoxalmente - jamais parecerá datado. Sobre esse assunto recomendo a leitura de Por que ler os clássicos, do Ítalo Calvino.
"Na época em que tive
que escolher um orientador, expliquei para o Gilberto Velho que não
poderia ser orientanda dele de jeito nenhum. Falei que não sabia nada de
antropologia, nem o básico do básico. Mas ele me respondeu, o que se
tornou a Terceira lição aprendida: “você sabe escrever, e isso é 50% do trabalho do antropólogo”. Minha sorte foi que logo no curso seguinte que fiz com ele, aprendi o segredo dos outros 50%: Para
fazer antropologia bastava ficar o dia todo parada numa esquina, me
enturmar com jovens desocupados e escrever um diário sobre isso! Quarta
lição, com ajuda de William Foote-Whyte."
L.H.: Essa de ficar parado na esquina eu conheço bem...
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