terça-feira, 13 de maio de 2014

Museu, espaço e poder nas voltas do tempo

Motivado por um dos projetos de pesquisa que atualmente coordeno - Patrimônio urbano e música popular - fico sempre atento a fontes e artigos relacionados à cidade de Liverpool, Inglaterra. Um porto importante que desempenhou papel relevante nas rotas atlânticas desde o período colonial. Foi por isso lugar de migrações e circulação de populações diversas, inclusive escravos. Em 1906 realizou-se ali uma Exposição Colonial, nos moldes das famosas exposições universais das quais tratamos na disciplina Museu, Espaço e Poder, mas dedicada a mostrar a grandeza do Império Britânico.Cheguei assim à história do músico britânico William Gordon Masters (descendente de jamaicanos e irlandeses), aqui retratado junto a um coro jamaicano que se apresentou na Exposição.Mais tarde ele viria a fundar uma "orquestra de jazz" Syncopated Six, fazendo shows na Paris dos anos 1920 da chamada "Era do Jazz", e depois viveu e tocou na Argentina. Encontrei ainda uma pequena nota sobre a participação da Nova Zelândia, explicitando alguns detalhes sobre o que seria exibido.
Não por acaso criou-se em Liverpool, dentro de um complexo de instituições museológicas de grande escopo, o Museu da Escravidão Internacional, onde atualmente está em cartaz a exposição Brutal Exposure: the Congo, que apresenta acervo referente à pioneira campanha fotográfica em defesa dos direitos humanos no Congo, então sob jugo do Rei Leopoldo II da Bélgica, conduzida pela missionária Alice Seeley Harris.

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