tag:blogger.com,1999:blog-1429396033725407102024-02-23T18:04:44.563-08:00Metamuseu: história, pesquisa e museologiaMetamuseuhttp://www.blogger.com/profile/01015538917884738790noreply@blogger.comBlogger237125tag:blogger.com,1999:blog-142939603372540710.post-64665962850489258502023-08-05T06:58:00.005-07:002023-08-05T07:00:51.338-07:00Exposição Belo Horizonte Fora dos Planos, Museu Histórico Abílio Barreto<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRW-5sFiJ7XKmXBp6NkOzM7-h6wSOrvLA-KBg&usqp=CAU" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="214" data-original-width="236" height="226" src="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRW-5sFiJ7XKmXBp6NkOzM7-h6wSOrvLA-KBg&usqp=CAU" width="249" /></a></div><br /><p></p>
<iframe allow="autoplay; clipboard-write; encrypted-media; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="true" frameborder="0" height="742" scrolling="no" src="https://www.facebook.com/plugins/post.php?href=https%3A%2F%2Fwww.facebook.com%2Fluizhenrique.assisgarcia%2Fposts%2Fpfbid02LCvQwkHWAqYhc3BVaGuyrraBwopoVMqhSmstphDELPJXesJGxVvv8TwfanjLKY99l&show_text=true&width=500" style="border: none; overflow: hidden;" width="500"></iframe>Metamuseuhttp://www.blogger.com/profile/01015538917884738790noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-142939603372540710.post-64110092456428835002023-06-28T10:27:00.007-07:002023-06-28T10:27:59.859-07:00OBJETOS AFETIVOS COMO FONTE HISTÓRICA E A CULTURA MATERIAL<div><p style="text-align: justify;">UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS - UFMG</p><div style="text-align: justify;">ESCOLA DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO - ECI <br /><br />CURSO DE GRADUAÇÃO EM MUSEOLOGIA<br /><br />DISCIPLINA: METODOLOGIA DA PESQUISA HISTÓRICA EM MUSEUS<br /><br />PROFESSOR: LUIZ HENRIQUE GARCIA<br /><br />GRUPO: ADRIANA LAGE BORGES SOUZA, ALÉXIA THIMÓTEO DOMINGUES MATOS, ANSELMO REZENDE GUSMÃO, GABRIELLA MARIA DE ASSIS PEREIRA, NANA FERNANDES ALBUQUERQUE, NARA SANTANA DA SILVA. <br /><br /><br />“Pela sua própria materialidade, os objetos perpassam contextos culturais diversos e sucessivos, sofrendo reinserções que alteram sua biografia e fazem deles uma rica fonte de informação sobre a dinâmica da sociedade.” (REDE, 1996, p. 276).<br /><br /><br />INTRODUÇÃO<br /><br />Partindo da proposta da exposição curricular “Incipit Vita Nova”, de 2023, da 11ª turma de alunos do curso de Museologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o presente trabalho buscou dedicar-se à temática da cultura material e dos objetos de afeto que estudantes que vêm de outras cidades para estudar na UFMG trazem para sua “nova morada” e, dessa forma, tentar traçar um paralelo entre os objetos de afeto e a memória a que eles remetem, bem como sua importância na construção da História Contemporânea. Nesse sentido, entendemos que os objetos, para além de sua função de uso e sua existência material, possuem também a face simbólica e subjetiva da afetividade, que se estabelece a partir da sua interação com o indivíduo. Assim, objetos do cotidiano, como pulseiras, travesseiros e fotografias, podem carregar um caráter sentimental e até mesmo biográfico (NERY, 2017), ajudando a traçar parte da história do indivíduo de quem o objeto um dia pertenceu. <br /><br /><br />PROCESSO INVESTIGATIVO<br /><br />Com base nesta proposição, algumas questões foram trazidas, tais como: O que significa o início de uma nova vida para os estudantes que vêm de outras cidades ao ingressarem na UFMG? Como essa vida nova se inicia? O que essa cultura material diz sobre esses estudantes e a sociedade da qual fazem parte? Como esses objetos afetivos se tornam documentos para a historiografia? A nossa pesquisa procurou compreender essas questões e as relações que os objetos de afeto desempenham na construção da memória afetiva dos estudantes que vieram de outras cidades, estados ou países, para iniciar a vida acadêmica na UFMG, em Belo Horizonte. Sendo assim, iniciamos fichamentos de bibliografias para o embasamento teórico no estudo dos objetos afetivos como fonte de cultura material, sua relação com a memória afetiva individual e coletiva, no cenário contemporâneo. Após o levantamento bibliográfico e das hipóteses, o passo seguinte foi realizado em campo, utilizando de entrevistas semiestruturadas, realizadas com estudantes de diversos cursos da UFMG<br /><br /><br />PESQUISA DE CAMPO - OBJETO DE AFETO<br /><br />Primeiramente, buscamos utilizar o formulário desenvolvido no Google Forms relacionado com a proposta temática da exposição curricular de Museologia de 2023, Incipit Vita Nova, enviado virtualmente aos estudantes, onde uma das perguntas era sobre os objetos de afeto que eles trouxeram de sua cidade natal para BH. No entanto, essa etapa não foi produtiva, uma vez que obtivemos poucos elementos materiais para sustentar nossa pesquisa. Após algumas reuniões entre os membros do grupo e nosso orientador, percebeu-se a necessidade de prover um trabalho de pesquisa em campo, sobre as relações de vínculos das pessoas com suas origens através dos objetos afetivos. Decidimos sair em três duplas pelo campus da UFMG, para melhor abrangência do espaço e dinâmica das entrevistas.</div><div style="text-align: justify;"></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgErGjHW5owo86qjVulNjiNPZPUp0Ew0vRSY9nbHQxQJYRFZv-GXTHqvpbTYhEDLb3LEuflAcluHuZgFMuqDClU7YnrSjc0EOrlXpySXJbGhF6XtRx2XfQixDBsEPC7kZZdLTStD9JNZk7-0rOe780YN3-qLxfKXLQMnmI4_xoqI_DzEU_3L4oGcPEGNMHm/s1755/ROTEIRO%20DA%20ENTREVISTA.docx_page-0001.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1755" data-original-width="1242" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgErGjHW5owo86qjVulNjiNPZPUp0Ew0vRSY9nbHQxQJYRFZv-GXTHqvpbTYhEDLb3LEuflAcluHuZgFMuqDClU7YnrSjc0EOrlXpySXJbGhF6XtRx2XfQixDBsEPC7kZZdLTStD9JNZk7-0rOe780YN3-qLxfKXLQMnmI4_xoqI_DzEU_3L4oGcPEGNMHm/w453-h640/ROTEIRO%20DA%20ENTREVISTA.docx_page-0001.jpg" width="453" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Roteiro utilizado nas pesquisas, p.1<br /></td></tr></tbody></table><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQ5NG_teoa2mV5LZi352I2zWNrp1LN-2XnBwBuyEqWD2xqQMQ2x_FZVx40k5n9aNa0_36VWDpCaq_0IJ5GAIqGWtKDvFQ1Y8mXibB83P3peazP_Q4c_Fg86Js1M1oSZSv-gDD90j1Cd4rSPDFMCBA2OcXGgyArZcOv89HCcJQ1Rt60xcL_GppkztdF0LUx/s1755/ROTEIRO%20DA%20ENTREVISTA.docx_page-0002.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1755" data-original-width="1242" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQ5NG_teoa2mV5LZi352I2zWNrp1LN-2XnBwBuyEqWD2xqQMQ2x_FZVx40k5n9aNa0_36VWDpCaq_0IJ5GAIqGWtKDvFQ1Y8mXibB83P3peazP_Q4c_Fg86Js1M1oSZSv-gDD90j1Cd4rSPDFMCBA2OcXGgyArZcOv89HCcJQ1Rt60xcL_GppkztdF0LUx/w452-h640/ROTEIRO%20DA%20ENTREVISTA.docx_page-0002.jpg" width="452" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Roteiro utilizado nas pesquisas, p.2</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br />Conseguimos obter seis bons depoimentos, com suporte material para continuarmos a pesquisa e elementos para a exposição curricular. Buscamos reconhecer nas respostas dos entrevistados a base teórica que foi pesquisada pelo grupo, como, por exemplo, o indivíduo se utiliza do objeto afetivo “longe de ser uma mera fabricação do sujeito, o objeto faz parte da subjetividade" (RAMOS, 2020, p.9). As características físicas do objeto em questão, figuram em segundo plano e não passam mais a ter a mesma impotência ou significado principal para aquela pessoa. Dentro desse contexto de pesquisa, percebemos que esses novos atributos incorporados ou até mesmo perdidos, relativos ao objeto de afeto, carregam histórias que mostram traços comportamentais, de forma isolada ou no âmbito social, do indivíduo que influencia a cultura material. Assim,<br /><br /><i>"Os bens que conservamos durante décadas podem ser considerados espelhos de nossas experiências da passagem do tempo [...] lembranças de família e as histórias e possíveis estórias que trazem valores intangíveis para objetos, valores repassados de uma geração à outra.” (MOURÃO; OLIVEIRA, 2018, pg.3).</i><br /><br /><br />PARTES DE ALGUMAS ENTREVISTAS<br /><br />“Meu nome é Maria Eduarda. Faço o 6º período de história na UFMG. Vim de Ilicínea, no sul de Minas, perto da cidade de Varginha. Eu trouxe de efetivo fotos reveladas com a minha afilhada. Aí eu trouxe e preguei na parede do meu quarto.[...] Eu acho que, eu não sei se acontece a mesma coisa com as outras pessoas que se mudaram assim, mas eu acho que essas lembranças elas me fazem lembrar que eu tenho um canto, sabe? Porque eu tenho um lugar que é meu. Que eu tenho uma base minha, uma base que fica um pouquinho longe, mas que eu tenho um lugar, então quando eu volta pra Ilicínea, isso me remete, sabe? É quando eu vejo as fotos, é isso me remete a essa questão de ter um lugar. Eu acho que morar longe é aceitar que você vai perder coisas igual perder momentos, perder é situações. Você vê fotos da sua família fazendo reuniões? Perder o Dia das Mães do lado da mãe. Perder vários momentos assim, formatura da escolinha [...].”</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1TxdEb1lefv_5LfZF7cODCpTnrtb-1NNrXIulWdcpt1kQZlHPSLuOwJO9dzZpXo88hc_yV4OtQJFemfRyJ4DAPM6TCXTmdge_hnu0lmcMxOdeti1REPRXfSkIWdRUXtY21cLOihTDXbpWMzQZhZkLfvEg7JiR3nCUDcTxiGq4diNoJIM2Q2ajFoaAotGH/s1334/Girassol%20-%20Maria%20Eduarda.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1334" data-original-width="750" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1TxdEb1lefv_5LfZF7cODCpTnrtb-1NNrXIulWdcpt1kQZlHPSLuOwJO9dzZpXo88hc_yV4OtQJFemfRyJ4DAPM6TCXTmdge_hnu0lmcMxOdeti1REPRXfSkIWdRUXtY21cLOihTDXbpWMzQZhZkLfvEg7JiR3nCUDcTxiGq4diNoJIM2Q2ajFoaAotGH/s320/Girassol%20-%20Maria%20Eduarda.JPG" width="180" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Imagem cedida por Maria Eduarda. Acervo pessoal. <br /></td></tr></tbody></table><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsKBXzPY3JE4Q2IfuGy_0wvrcy7vmcFbaHV12PNZhIQMZVV90g0n7x5e0gPMj_45MbL-ADGbCMODv0r_C2eTKfCbh-6v-GVA8pxR0dsEqw4iSBGiKrOx6aHb-C4EltNKfokprPwNPTMZB2Qk90eW6J-IjGH_kj5pz-aiAsvtWcsxHMKjxGpMYKQl0nG5KU/s1600/Fotos%20-%20Maria%20Eduarda.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsKBXzPY3JE4Q2IfuGy_0wvrcy7vmcFbaHV12PNZhIQMZVV90g0n7x5e0gPMj_45MbL-ADGbCMODv0r_C2eTKfCbh-6v-GVA8pxR0dsEqw4iSBGiKrOx6aHb-C4EltNKfokprPwNPTMZB2Qk90eW6J-IjGH_kj5pz-aiAsvtWcsxHMKjxGpMYKQl0nG5KU/s320/Fotos%20-%20Maria%20Eduarda.JPG" width="240" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Imagem cedida por Maria Eduarda. Acervo pessoal.</td></tr></tbody></table></div><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /><div style="text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/7DWZsCgR8oU" width="320" youtube-src-id="7DWZsCgR8oU"></iframe><br /></div><br />“Meu nome é Davi, sou de Brasília, tenho 20 anos, faço curso de Direito. Tô morando na casa de parentes em BH. Um objeto específico não, […] mas um cobertor pelo fato de minha mãe ter me dado que eu usei a vida inteira, é um cobertor de afeto.”<br /><br />“Meu nome é Ludyelle. Eu sou de Sete Lagoas, tenho 24 anos. Eu curso Letras e estou no 10º período. A única coisa que eu trouxe, eu acho que é um pouco que me trazia a casa assim foi um cobertor que eu trouxe. Isso aí, quando eu dormia, eu me sentia em casa. Minha mãe me deu o cobertor. Até hoje. Uma relíquia. Ele representava lembrança de casa […]”</div><div style="text-align: justify;"> </div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRp3zFkhVevqVmzsWhMr9aLHh2TF5uXcejzAwRxFA6Dp6p8-IjUouHobDGotefhhkLhiFp_MKon_JDNlvA4oeiz_JoyDyWr6Lsu5Dow0p1-5rPr90faQC38a4rgR9UKgCDhjlZtOKTd5mUORkHXUVgPeoXQ_sPOkNkaiD3nDpDMM4XMQOEGBbvrptrV8Px/s1600/Cobertor%20-%20Ludyelle.jpeg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRp3zFkhVevqVmzsWhMr9aLHh2TF5uXcejzAwRxFA6Dp6p8-IjUouHobDGotefhhkLhiFp_MKon_JDNlvA4oeiz_JoyDyWr6Lsu5Dow0p1-5rPr90faQC38a4rgR9UKgCDhjlZtOKTd5mUORkHXUVgPeoXQ_sPOkNkaiD3nDpDMM4XMQOEGBbvrptrV8Px/s320/Cobertor%20-%20Ludyelle.jpeg" width="240" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ludyelle e sua mãe enroladas no cobertor. Acervo pessoal.</td></tr></tbody></table><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;">“Meu nome é Gabriel, sou do 9º período do curso de Bacharelado de Violino e vim de Contagem. [...] Eu tenho uma pulseira, que tipo, foi no período que eu estava lá na minha cidade, no período que eu estava ligado à minha igreja, na minha cidade natal. Foi um período em que eu estava muito conectado com minha família, com a comunidade e com a igreja.”</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUrsBxZi9iJuPSrczRD_UkoTn0dPog0zc9rPZeiGlc97fXm0L2x9wJo4gRUiKgNwH92KEuR8xCEZt_dDTpkK1t0r_N8KoFmGmRJKiwUzKMezfn9R0l7b2sPID_aRvuy8t-gelR64y0DBqKOzY4AkUjAHlOFIGc_H5-0B7sO8Zbqtarkh_nTpmEGBKFsSBM/s1600/Pulseira%20-%20Gabriel.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="900" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUrsBxZi9iJuPSrczRD_UkoTn0dPog0zc9rPZeiGlc97fXm0L2x9wJo4gRUiKgNwH92KEuR8xCEZt_dDTpkK1t0r_N8KoFmGmRJKiwUzKMezfn9R0l7b2sPID_aRvuy8t-gelR64y0DBqKOzY4AkUjAHlOFIGc_H5-0B7sO8Zbqtarkh_nTpmEGBKFsSBM/s320/Pulseira%20-%20Gabriel.jpg" width="180" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Pulseira do Gabriel. Acervo pessoal.</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br />Maraísa, estudante do 8° período de História, da cidade de Oliveira (MG) - “[...] é o meu computador. É uma coisa muito boba, mas é porque ele foi a primeira coisa [...] que eu comprei com meu salário. É a coisa que eu mais guardo, sabe? Eu tenho uma coisinha afetiva com ele [...] porque, apesar de tudo, ele é o que eu levei [...] depois usei para estudar para o Enem, o que eu levei para Divinópolis e o que eu trouxe pra cá. [...] ele tem um valor sentimental, foi a primeira coisa que eu consegui comprar com o meu salário [...]”.<br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4xl906tSg5mVQzzVf6kYbITnSz69s7vf40YUKX0dO_f7CqM_oci_eoHwOj8PJTJ-nxdYtDy97-s0EjcX0mvdRu4EdSJYSxNMyPWmV0Vv2JvpbVKBe-IiYjKIqQmTojFKEFxw8EHeIfVvk1U1-tEJS40_iZKzOS8ng0wAnPjkufLCVq_ODSP00tChQMUpq/s1600/Computador%20-%20Mara%C3%ADsa.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4xl906tSg5mVQzzVf6kYbITnSz69s7vf40YUKX0dO_f7CqM_oci_eoHwOj8PJTJ-nxdYtDy97-s0EjcX0mvdRu4EdSJYSxNMyPWmV0Vv2JvpbVKBe-IiYjKIqQmTojFKEFxw8EHeIfVvk1U1-tEJS40_iZKzOS8ng0wAnPjkufLCVq_ODSP00tChQMUpq/s320/Computador%20-%20Mara%C3%ADsa.jpeg" width="240" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Computador da Maraísa. Acervo pessoal.</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;"><br />CONSIDERAÇÕES FINAIS<br /><br />Diante da proposta investigativa, sobre a importância do objeto como fonte documental e, ainda, sobre relação entre o sujeito e o objeto, foi possível conceber, ao longo dessa pesquisa, considerações que confirmam ponto inicial da pesquisa, o de uma atuação do objeto que ultrapassa sua existência meramente material e adquire uma face subjetiva de afetividade, pois “[...] a materialidade é um atributo inerente, mas que, porém, não esgota o objeto culturalmente considerado [...]” (REDE, 1996, p.274).<br /><br />Durante a realização do trabalho de campo, foi possível aprofundar nossa compreensão de como a pesquisa empírica contribui para reconhecer o objeto afetivo e suas relações com a memória pessoal, coletiva e a cultura material contemporânea. Nesse sentido, foi possível observar que todos os alunos entrevistados demonstraram grande apreço pelos itens, independente de seu valor material, sendo as memórias que estes remeteram o que era mais significativo. Por fim, diante do predomínio da relação do sujeito com o objeto, bem como o significado dessas relações para suas memórias e histórias, é possível reiterar que os objetos, como fonte de informação histórica, são fundamentais para a análise das relações, de características e comportamentos, tanto individuais quanto de grupos.<br /><br />REFERÊNCIAS<br /><br />BOSI, Ecléa. Memória e sociedade: lembranças dos velhos. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4504474/mod_resource/content/1/BOSI%2C%20E.%20Mem%C3%B3ria%20e%20sociedade.%20Introdu%C3%A7%C3%A3o.pdf Acesso em 17 de maio de 2023.<br /><br />FERREIRA, JUNIOR, 2020, Patrimônio cultural no Brasil. Disponível em: https://diversitas.fflch.usp.br/files/patriminio%20cultural%20no%20brasil.pdf . Acesso em 17 de maio de 2023.<br /><br />FUNARI, Pedro Paulo de Abreu. Memória Histórica e Cultura Material. Revista Brasileira de História. São Paulo, v. 13, nº25/26, p. 13-31, 1993.<br /><br />MOURÃO, Nadja Maria, OLIVEIRA, Célia Carneiro. Design social: objetos biográficos do cotidiano, memória social. In.:Chapon. Linguagens do Design: comunicação, cultura e arte. Edição v. 1 n. 1 21-11-2018 . pg 02-15.<br /><br />NERY, Olivia Silva. Objeto, memória e afeto: uma reflexão. Universidade Federal de Pelotas. Doutoranda em História pela PUCRS, bolsista CAPES. Revista Memória em Rede, Pelotas, v.10, n.17, Jul./Dez.2017 – ISSN- 2177-4129. Periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/Memoria. http://dx.doi.org/10.15210/rmr.v8i14.7485.<br /><br />RAMOS, Francisco Régis Lopes. Em nome do objeto: museu, memória e ensino de história. Fortaleza: Imprensa Universitária, 2020.<br /><br />REDE, Marcelo. História a partir das coisas: tendências recentes nos estudos de cultura material. In.: Anais do Museu Paulista. São Paulo. N. Sér. v.4 p.265-82 jan./dez. 1996. Disponível em: https://www.scielo.br/j/anaismp/a/JNDbcs773QLQfh84cPBRyjH/?lang=pt&format=pdf . Acesso em 27 abr 2023.<br /><br />XAVIER, Érica S. Ensino e História: O uso das fontes históricas como ferramentas na produção de conhecimento histórico. In: Revista Antíteses, vol.3. pag. 1097-1112. 2010. Disponível em: https://docplayer.com.br/68559304-Ensino-e-historia-o-uso-das-fontes-historicas-como-ferramentas-na-producao-de-conhecimento-historico.html. Acesso em 25 abr 2023.<br /></div>Editorhttp://www.blogger.com/profile/14460974738710140175noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-142939603372540710.post-37643349423326811732023-06-28T09:34:00.008-07:002023-06-28T10:08:26.944-07:00Museu dos Brinquedos: A história da representação de pessoas pretas a partir de bonecas industrializadas<div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;">UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS <br /></div><br />ESCOLA DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO <br /><br />METODOLOGIA DA PESQUISA HISTÓRICA EM MUSEUS <br /><br />PROFESSOR: Luiz Henrique Assis Garcia <br /><br />ALUNAS: Esther Pereira Inácio, Jéssica de Freitas Rabelo Amorim, Maria Beatriz de Moraes Silva, Maria Elisa Pereira Aguiar <br /><br /><br />A temática<br /><br /><div style="text-align: justify;">É correto afirmar que, dentro do fazer histórico, o documento é um elemento importante para a compreensão acerca dos ideais, valores e comportamentos dos indivíduos pertencentes a uma sociedade. Neste sentido, é perceptível que os documentos históricos são elementos que “não focalizam os acontecimentos particulares por si sós, mas pelo que revelam sobre a cultura em que ocorreram” (BURKE, 1992). Com isso, o documento é capaz de revelar características sociais e culturais de uma sociedade, além de possibilitar a criação de narrativas que não possuem como foco somente o passado, como também a atualidade. <br /><br />A partir disso, a temática escolhida utiliza como recorte um documento histórico presente no cotidiano de muitas pessoas, utilizado por diversas gerações: a boneca. Utilizando como recorte as bonecas industrializadas, a pesquisa realizada possui como objetivo analisar as relações entre as bonecas industrializadas e a representação de pessoas pretas por meio dessas bonecas. Desse modo, busca-se analisar, através de um recorte de raça, a relação entre essas bonecas, a representação de pessoas pretas por meio dessas bonecas ao decorrer da história e as narrativas que podem ser criadas através delas. Para isso, a instituição utilizada como base para a produção da pesquisa foi o Museu dos Brinquedos, localizado na Avenida Afonso Pena, no centro de Belo Horizonte. <br /></div></div><div style="text-align: left;"><br /><br /><div style="text-align: justify;">A representação de pessoas pretas na indústria dentro da história do Brasil<br /><br />Cechin e Da Silva (2012) explicam como, num contexto totalmente diferente, a boneca Barbie pode ser utilizada como um exemplo de documento ao passo que é a boneca mais famosa do mundo e possui características caucasianas e ‘descendência’ alemã. Ou seja, através dela, valores de supremacia são repassados para crianças desde a infância não só contribuindo com a manutenção de um status quo dominante mas também perpetuando-o e ensinando, além de incorporar objetos como roupas, acessórios, utensílios, artefatos de cultura para torná-la mais próxima de marcas da realidade e criar um molde de consumo não só em torno das bonecas, mas do que elas usavam e na difusão de tais marcas. Em outras palavras, a pressão midiática e de publicidade difundindo valores sociais conservadores. As imagens de feminilidade que a boneca Barbie demonstra e problematizam as narrativas e discursos reproduzidos através da mesma. Ademais, ela sustenta o argumento de universalidade feminina como se houvesse apenas uma referência e modelo específico. Elas explicam que “[a]rticular educação inclusiva e a diversidade no cotidiano escolar é um desafio, pois pressupõe a compreensão da alteridade. Para isso, é necessário desfazer as tramas da exclusão e abrir espaço para as múltiplas formas de ser sujeito dentro de uma cultura e um tempo histórico”. (CECHIN, DA SILVA, 2012, p. 624). <br /></div></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Os primeiros registros e objetos que se tem sobre a produção de bonecas pretas no Brasil com propósito explícito de representação de pessoas negras são as bonecas Abayomis, recriadas nos anos 80 pela artesã e socioeducadora Lena Martins, sendo uma reprodução das bonecas que eram feitas para crianças escravizadas em meio a diáspora negra no Brasil. Essas bonecas são feitas de pequenas tiras de pano que são amarradas para formar cabeça e membros de um corpo humano. As mães faziam bonecas com pedaços de suas roupas, sendo simples de fabricar e pequenas o suficiente para esconder dos escravagistas. A partir da análise realizadas sobre essas bonecas, é possível afirmar que, ainda que não fossem produtos industrializados, esses itens funcionavam como um instrumento de resistência para as comunidades africanas escravizadas. Dentro dessa perspectiva, as bonecas Abayomi revelam aspectos voltados a um recorte racial a respeito do documento histórico, mostrando que a boneca possui funções que não se limitam ao brincar. <br /><br />Colocando essas bonecas dentro da perspectiva dos brinquedos industrializados do século XX, é possível citar como exemplo, a partir das imagens do Blog de Ana Caldatto, algumas bonecas dos anos 60 como a “ neguinha” da coleção Sapequinha da fábrica “ Estrela”. Dentro dessa conjuntura, deve ser considerada também a forma como os estereótipos são colocados na boneca, tanto fisicamente quanto em seus adornos e nome, fato que prova que mesmo com a comercialização das bonecas, a promoção e o reforço de clichês que contribuem para o racismo. Além disso, é possível citar as bonecas Susi negras, dos anos 70, com estilo mais fashionista e despojado. A partir dos anos 80, 90, há uma mescla na comercialização de bonecas pretas da Barbie e Susi transitando entre a moda praiana e referências a tendências de estilo da época. Hodiernamente, apesar da baixa produção de bonecas pretas, há uma maior variedade de estilos, como a boneca Nenequinha Clássica, lançada no início dos anos 2000, além do lançamento da Mattel de 2020 da boneca negra candidata a presidência. <br /></div><div><br /><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiXplIMbruewZnN-YaKaWRx3D0mdy9Fb7q3OpmYfpSyTvneEGGMKK46BD3j50514u4ed9D_JJDVC8Rqaf-9W9jSQ2tgNDuMnmhD2qiKxJcqAQuMbNoJs-WziGW8W9YnwFD-h-8Y2XZRNkd8LxsnTVJYbYkAZWH8GJwsrz4xtHx5vpzE-0ymRnThVKgpoWW/s640/1.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiXplIMbruewZnN-YaKaWRx3D0mdy9Fb7q3OpmYfpSyTvneEGGMKK46BD3j50514u4ed9D_JJDVC8Rqaf-9W9jSQ2tgNDuMnmhD2qiKxJcqAQuMbNoJs-WziGW8W9YnwFD-h-8Y2XZRNkd8LxsnTVJYbYkAZWH8GJwsrz4xtHx5vpzE-0ymRnThVKgpoWW/w280-h400/1.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Catálogo da Boneca Sapeca. Fonte: Arquivo pessoal de Ana Caldatto</td></tr></tbody></table><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Com o passar dos anos, a temática têm sido disseminada de forma ampla, ganhando espaço em variados contextos. Neste sentido, Oliveira e Amorim (2020) discorrem em seu artigo “Bonecas negras na formação de identidades positivas das crianças na educação infantil”, apresentado no VII CONEDU, em 2020, sobre como a introdução de outros formatos de boneca impactam positivamente no desenvolvimento e construção de um universo diverso e inclusivo. Dessa forma, é necessário reconhecer a potência de bonecas diversificadas e atividades lúdicas utilizando-as são importantes para sentimento de inclusão, acolhimento e representatividade de um grupo marginalizado por gênero, cor de pele e estrutura econômica, já que o Brasil vem de uma tradição escravocrata. Ao verificar a importância da brincadeira, foi percebido por Cechin e Da Silva (2012) como os dispositivos utilizados na brincadeira são importantes para o desenvolvimento de habilidades sociais como incentivo para as crianças refletirem e falarem sobre si mesmas. Dessa forma, a pesquisa aponta para a importância do empoderamento desse grupo social em vulnerabilidade há seculos devido ao passado escravagista do Brasil e fortalecimento de movimentos como o feminismo negro mediante narrativas e a existência de bonecas diversificadas.<br /></div><div><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQV6KoCcuug6vlShSURV3uYUweu89EpmdHg2b6WKN65Lls87in1RlECkbYF_d3aoCUqGYg92q5HcFIdz1uODkSJPylz6egIoDWHDkFLuFK8y63AA_pI3SekDhVVDBRhD5_xF-xwHHww0dEeg63XcTLa_N2AvKWAca2NUAR18LbLnwomGxXr9I6jnLwqHi2/s640/2.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQV6KoCcuug6vlShSURV3uYUweu89EpmdHg2b6WKN65Lls87in1RlECkbYF_d3aoCUqGYg92q5HcFIdz1uODkSJPylz6egIoDWHDkFLuFK8y63AA_pI3SekDhVVDBRhD5_xF-xwHHww0dEeg63XcTLa_N2AvKWAca2NUAR18LbLnwomGxXr9I6jnLwqHi2/w265-h400/2.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Várias bonecas pretas. Fonte: Arquivo pessoal de Ana Caldatto</td></tr></tbody></table><div style="text-align: center;"><br /></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: justify;">O Museu dos Brinquedos e a representatividade de pessoas pretas<br /><br />Aberto em 2006, o Museu dos Brinquedos foi inaugurado com a missão de promover a preservação e a valorização da infância no Brasil. Com uma coleção particular de brinquedos, construída pela mineira Luiza Meyer, conhecida como Vovó Luiza, o museu possui como maior foco o público infantil, sendo um local aberto a muitas famílias. Além da possibilidade de visualização da exposição, o museu conta com ações educativas que propõem a interação com o lúdico e com o ato de brincar, sendo possível interagir com algumas peças do acervo. Dessa forma, o acervo do museu conta com mais de 5.000 brinquedos dentro de seu acervo, estando cerca de 800 expostos para a observação do público. Dentre os itens, há uma coleção de Barbies, idealizada e cedida ao museu pelos colecionadores Marcelo Ferraz e Marta Alencar. Dentro da coleção, é possível ver uma grande variedade de bonecas, nas quais é possível encontrar bonecas de diferentes etnias, raças, vestimentas, tipos de corpo e gêneros, sendo uma coleção que chama a atenção pela diversidade de modelos entre as bonecas. <br /></div><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhspBuRcKRuVrG6FZUqWqLOplkZhC8aZ9mEhvnWt4MaOdJy80hLd0A5t1TETjq-CDgUHZzh0d2abLAgNzCfCw1MOf_ceachR5m0_EyQOPL_E-f28bE58pabQaYdIpI8N52aUut5Rw0Dddgp8eNCb7RFW6uDKSbV8tKf5snbeAyMSGHNZBmTbVCNz36cuP4a/s3264/3.jpeg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhspBuRcKRuVrG6FZUqWqLOplkZhC8aZ9mEhvnWt4MaOdJy80hLd0A5t1TETjq-CDgUHZzh0d2abLAgNzCfCw1MOf_ceachR5m0_EyQOPL_E-f28bE58pabQaYdIpI8N52aUut5Rw0Dddgp8eNCb7RFW6uDKSbV8tKf5snbeAyMSGHNZBmTbVCNz36cuP4a/w225-h400/3.jpeg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fotografias da coleção de Barbies no Museu dos Brinquedos. Fotografia: Maria Elisa Pereira Aguiar.</td></tr></tbody></table><div style="text-align: center;"><br /></div><div><br /><br /><br /></div><div style="text-align: justify;">Considerações finais <br /><br />A partir das pesquisas feitas em relação à fabricação de bonecas pretas, bem como seus impactos sociais na questão da representatividade direcionada ao público alvo, percebe-se primeiramente as mudanças tanto físicas quanto ao seu estereótipo no passar das décadas. Neste sentido, é possível utilizar como exemplo as imagens do blog de Ana Caldatto “ Coleção Bonecas Negras Black Dolls”, onde há mudanças consideráveis nas bonecas dos anos 60, tendo como exemplo a boneca “ Neguinha”, fabricada e comercializada pela empresa “ Estrela”. Além desse modelo, é possível citar as bonecas Susi com tons de pele mais variados nos anos 70, além de variações de bonecas no estilo “ bebê”, fabricadas nos anos 2000 e das barbies, também fabricadas no início do mesmo ano, com estilo praiano e fashionista. o que corrobora com a citação de Burke, sobre a conexão entre os documentos e acontecimentos históricos. Há também os impactos sociais quando se reflete a temática da representatividade para com as minorias, onde indivíduos negros, ao se enxergar nas bonecas, também se enxergam nos espaços sociais como pessoas. Além de firmarem suas identidades como seres pertencentes a sua cultura, outros também o enxergam como seres humanos, tendo outras percepções acerca das múltiplas raças presentes. Existem consequências positivas em relação ao feminismo negro, que se alinham na questão da visibilidade como uma arma para reconhecimento e inserção de seus corpos de forma humanizada ( sem a hipersexualização, como podemos ver no lançamento da mattel em relação a boca candidata, ) e conquistando espaços de poder. Por fim, o Museu dos Brinquedos também expõe bonecas pretas, não somente com o intuito de preservar objetos da infância, mas também de expor tais bonecas com a intenção de promover a diversidade e a percepção do outro no que tange a questões raciais. <br /><br />Referências bibliográficas <br /><br /><br />BURKE, Peter (org.). A história dos acontecimentos e o renascimento da narrativa In: A escrita da história: novas perspectivas. São Paulo: Unesp, 1992, p.327-348.<br /><br /><br />PORTAL (Belo Horizonte). Museu: Museu dos Brinquedos. In: Museu dos Brinquedos . [S. l.]. Disponível em: http://portalbelohorizonte.com.br/o-que-fazer/arte-e-cultura/museu-dos-brinquedos. Acesso em: 20 jun. 2023.<br /><br /><br />PORTAL (Belo Horizonte). Museu: Museu dos Brinquedos. In: Museu dos Brinquedos . [S. l.]. Disponível em: http://portalbelohorizonte.com.br/eventos/encontro/infantil/ferias-no-museu-dos-brinquedos. Acesso em: 20 jun. 2023.<br /><br /><br />SILVA , Maria Clara. Mulher Negra Hoje. In: SILVA , Maria Clara. Preta Pretinha: A história por trás da primeira loja de bonecas negras no Brasil. [S. l.]: Mundo Negro, 24 jul. 2020. Disponível em: https://mundonegro.inf.br/preta-pretinha-a-historia-por-tras-da-primeira-loja-de-bonecas-negras-do-brasil/#:~:text=Bonecas%20sem%20estere%C3%B3tipo%20que%20representassem,Pretinha%20Bonecas%20surgiu%20em%202000. Acesso em: 20 jun. 2023.<br /><br /><br />REIS, A. OFICINA DE BONECAS ABAYOMI - RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ACADÊMICAS DA ÁREA DE SAÚDE. Revista Corixo de Extensão Universitária, Cuiabá, MT, v. 8, n. VIII, 2022. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/corixo/article/view/12193. Acesso em: 31/05/2023.<br /><br />OLIVEIRA, Ednalva Rodrigues De. Bonecas negras na formação de identidades positivas das crianças na educação infantil. VII CONEDU - Conedu em Casa... Campina Grande: Realize Editora, 2021. Disponível em: https://mail.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/81372. Acesso em: 31/05/2023<br /></div>Editorhttp://www.blogger.com/profile/14460974738710140175noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-142939603372540710.post-66783050752762539072023-06-28T09:08:00.007-07:002023-06-28T10:32:05.859-07:00A Criminalização da Capoeira na Primeira Metade do Século XIX<p style="text-align: justify;">Universidade Federal de Minas Gerais - Escola de Ciências da Informação Graduação em Museologia <br /></p><div style="text-align: justify;"><br />Disciplina: Metodologia da Pesquisa Histórica em Museus <br /><br />Prof. Dr.: Luiz Henrique Garcia <br /><br />Alunos: Ana Beatriz Fóscolo, Kelvin Martins, Lucas Thiago, Vitor de Souza <br /><br /><br />INTRODUÇÃO <br /><br />A fim de tecer comentários que suscite em um debate sobre a criminalização da capoeira na primeira metade do século XIX, é essencial definirmos o conceito de capoeira neste período. A capoeira, tal como a conhecemos hoje, reconhecida como esporte e tradição nacional, com grupos organizados, cada qual com sua metodologia de treinamento e sistemas de graduação, é uma construção moderna que teve início na década de 30. Nesse período, houve um esforço estatal liderado pelo então presidente da República, Getúlio Vargas, para construir uma identidade nacional através do esporte. A capoeira passou por várias transformações identitárias ao longo de seu processo de organização e continua a evoluir até os dias atuais. É crucial compreender o contexto sociopolítico da época, que favoreceu essas transformações. Estudos mostram que, embora a comunidade da capoeira possa ser definida como um universo simbólico com relativa autonomia, houve influência do espírito político presente nas ideologias autoritárias do período de 1930 a 1945.(CUNHA, I. M. C. F. da; VIEIRA, L. R.; TAVARES, L. C. V.; SAMPAIO, T. M. V, 2014) <br /><br />Desta forma, na primeira metade do século XIX, não se falava em "A" capoeira, mas sim em "O" capoeira ou capoeiragem, que era compreendida mais como uma característica de quem a praticava. Para uma melhor compreensão, podemos analisar trechos de jornais da época. Por exemplo, um anúncio que relatava a fuga de um escravizado no Jornal Diário do Rio de Janeiro de 1824: “[...] fugio hum muleque, de nome José, Nação Angolla [...]tinha sahido do Callabouço de apanhar 200 açoutes [...] elle, anda mesmo na Cidade, he muito capoeira.” <br /><br />Outro trecho menciona a fuga de um escravizado da nação Cambinda, chamados João: “Fugio [...] estatura ordinária, reforçado: cara alegre, nariz afilado, tem os pés grossos, com dedos esparrados, era trabalhador de carroça, e muito dezordeiro, e capoeira[...]” <br /><br />Um terceiro trecho denunciava a impunidade de crimes cometidos por capoeiras: “Negros capoeira que costumão exercer o seu bárabro valor [...] tem comettido varias desordens e assassinios [...]. É preciso que a Policia tenha mais alguma actividade, para prevenir semelhantes desgraças; em apalpar pretos, de quem se desconfia” <br /><br />A partir desses três relatos, podemos inferir que a capoeira era associada a desordeiros, malandros, espertalhões e pessoas de grande força e destreza física. Para tal afirmação, observermos as recomendações racistas no último trecho destacado: "apalpando negros em quem se desconfia", isto é, aqueles que possuíam características de capoeira, vista sua prática como um crime por si só e que se estendeu até o meio do século XX. Uma ‘vadiagem a ser controlada’ por ser uma prática exclusivamente negra e escrava. A organicidade dos escravizados se aglomerarem <br /><br />pelas ruas das vilas durante a noite ou em um encontro dos escravos de ganho pelas ruas durante o dia, erguiam olhares suspeitos pelo povo e, sobretudo, pela vigilância. <br /><br />Como construção deste contexto, de acordo com AMORIM (2019),houveram determinações e decretos no Brasil que permitiam a aplicação de castigos corporais em praças públicas aos negros capoeiras. Via-se, naquela época, a prática da mesma como uma ameaça ou mera prática de vadiagem dos escravos, por vezes associando-os a atos criminosos ou de dissidência. Com esse efeito, em 1822, durante o governo de Dom Pedro I, decretou-se o castigo em açoites aos cativos que praticassem capoeiragem. Foram eliminadas as punições por açoites aos negros capoeiristas após a abolição da escravidão, mas persistiu-se ao fim do Século XIX, penas de “prisão cellular dous a seis mezes” em Minas Gerais, mas tais penas poderiam variar de província à província. A criminalização, no entanto, persistira até o meio do Século XX com as leis ‘anti-vadiagem’ iniciando-se no governo de Floriano Peixoto. <br /><br />ANÁLISE DE IMAGENS: SIGNOS E SIGNIFICADOS DA CAPOEIRA <br /><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgPdJqSSFZJB5P6jGcsCWvjo-EP4kUuN_e5dGkV0OnNa-Q9rCtoKFyZ1xJkBLEPUkVac6obAffz9tVwdnht2TPUefBejof78WU2rklBQ2eSP_KwNIler4HPzJt7e-DdjblD7ZumseYvnGh5X4dsjkN6jdLTK86Ux_FA3zoi_cOZ87byRICaF5MUFteXOrY/s969/1.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="649" data-original-width="969" height="268" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgPdJqSSFZJB5P6jGcsCWvjo-EP4kUuN_e5dGkV0OnNa-Q9rCtoKFyZ1xJkBLEPUkVac6obAffz9tVwdnht2TPUefBejof78WU2rklBQ2eSP_KwNIler4HPzJt7e-DdjblD7ZumseYvnGh5X4dsjkN6jdLTK86Ux_FA3zoi_cOZ87byRICaF5MUFteXOrY/w400-h268/1.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Negros Lutando. Brasils. Augustus Earle, Aquarela, 1822, 16.5 x 25.1 cm. Fonte:National Library of Austrália</td></tr></tbody></table><div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><br />Essa é uma gravura do viajante inglês, Augustus Reale, que se encontra na Austrália, intitulada “Negro lutando nos Brasis”. Há homens dois negros, o da direita está em posição de ataque, enquanto o outro parece se defender. É interessante observar que aquele que está atacando carrega uma bacia de latão modelada na mão direita,, dando indícios que se tratava de um escravo barbeiro-cirurgião visto que a bacia era utilizada aos fins de corte de barba e cabelo e extração de dentes Os cirurgiões-barbeiros eram normalmente encontrados nas ruas das cidades ou pelos cais de navios nas cidades costeiras. À esquerda, o guarda real de polícia chegando para impedir a capoeiragem. Antes da década de 1830, a capoeira não era considerada um crime, mas havia perseguição aos negros que se expressavam culturalmente em locais públicos (AMORIM, 2019). <br /><br />É importante perceber que os donos de escravos permitiam e até estimulavam os escravos a serem capoeiras, visto ser um mecanismo de autodefesa eficiente para a época em casos de tentativas de asfaltos ou confiscos pelos guardas. Como exemplo, o Rio de Janeiro era perigoso na época, e a polícia interferia muito no espaço urbano, desenvolvendo uma disputa entre o poder senhorial (particular) e o poder do estado; o estado não aceitava a capoeira, mas só em 1850 é que realmente o estado consegue impor de fato a sua autoridade sobre ela. <br /><br /></div> <table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0TDVqdRibTUOtSgJjQINW4a3iye4_0EXCTzSaJXXeXiWYqOpdqrKHywwwuhHoSqj7GdrsWdpuuIeDp6ELaHCXivE_aX8J5bw-8g8fmM78mYw6-siyPqOP1WrO4MSeIPbKwcVPc6mt1Ry6WFLmhfTd8K1MS4I6EGdx-SrJtvly-Ovz8SxAfrIBmcv8l_eC/s1063/2.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1063" data-original-width="930" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0TDVqdRibTUOtSgJjQINW4a3iye4_0EXCTzSaJXXeXiWYqOpdqrKHywwwuhHoSqj7GdrsWdpuuIeDp6ELaHCXivE_aX8J5bw-8g8fmM78mYw6-siyPqOP1WrO4MSeIPbKwcVPc6mt1Ry6WFLmhfTd8K1MS4I6EGdx-SrJtvly-Ovz8SxAfrIBmcv8l_eC/w350-h400/2.jpg" width="350" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><p id="docs-internal-guid-de1caea3-7fff-b124-bc42-0dcf062d64e2" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: center;">BRIGGS, Frederico Guilherme. Negros que vão levar açoutes. Rio de Janeiro, RJ: Riviere e Briggs, entre 1832-36. </p></td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br />Em comparação, essa segunda gravura retrata dois soldados da guarda imperial de polícia durante o período do Brasil Império. Leva-se dois escravos a serem açoitados pelo crime discriminado na placa em que carregam em seus ombros. Há uma referência sobre esse tipo de prática no Jornal O Espelho Diamantino de 1828 (RJ), alguém diz expressando revolta sobre a impunidade dos capoeiras: “Que alegrão para o povo, quando se vir [...] levando na testa o letreiro de [...] capoeira.” De acordo com (LÍBANO, 2020) eles seriam açoitados com 300 chibatadas no calabouço do morro do castelo. <br /><br />Refletindo sobre o contexto histórico da mesma, o Rio de Janeiro era um verdadeiro labirinto de nações, onde se encontravam africanos vindos de diversas partes do continente. Até hoje, podemos encontrar no Rio de Janeiro um bairro chamado Pequena África, que era conhecido como Bairro do Valongo, sendo neste bairro que desembarcaram cerca de um milhão de africanos entre o final do século XVIII e o início do século XIX (GOMES, 2019). Apesar de enfrentarem uma pena severa de 300 chibatadas observemos que mesmo com uma punição tão brutal, a capoeira continuou a se desenvolver e crescer ao longo dos anos, tornando-se assim até os dias de hoje, uma prática de resistência, movimento de contracultura e de identidade racial.<br /><br /></div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: 0px; margin-right: 0px; text-align: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgN8FVnVl9PIKtaVEAZxICWJndQGfQbQs3LP-Qsh1bK_wS3niaXUy3QviAjW2hmmyNFX9f-GA_tj3PZAaL1VR1z4b-NiDbADZYsoY1kkEhQ28LsEt9NYR5mbnNso9hmspcIPzuikgF98t-5vhQJIBwltgTmH1cbg9FVm0-QkPrpbWP29BgBhx99nuiBGLJf/s700/3.JPG" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="700" height="286" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgN8FVnVl9PIKtaVEAZxICWJndQGfQbQs3LP-Qsh1bK_wS3niaXUy3QviAjW2hmmyNFX9f-GA_tj3PZAaL1VR1z4b-NiDbADZYsoY1kkEhQ28LsEt9NYR5mbnNso9hmspcIPzuikgF98t-5vhQJIBwltgTmH1cbg9FVm0-QkPrpbWP29BgBhx99nuiBGLJf/w400-h286/3.JPG" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Jogar Capoeira. Autoria: Rugendas. Fonte: Viagem Pitoresca através do Brasil- Litografia de Villeneuve, fig. Wattier. 4/18. (1835).</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: justify;"><br />Em consonância a tais comparações, essa terceira imagem produzida pelo pintor Rugendas é conhecida como "Dança Capoeira", famosa por ilustrar diversos livros didáticos. Reconhecemos a importância desta imagem pela trajetória de Rugendas, o qual registrou a capoeira tanto no Rio de Janeiro quanto na Bahia, principais centros onde a capoeira se desenvolveu. A prática nasceu como uma atividade urbana praticada pelos escravos urbanos e no Rio de Janeiro é reconhecido como um dos principais centros difusores da capoeira. <br /><br />Nesta ilustração, há dois indivíduos envolvidos em uma disputa. Em uma região de trânsito, podemos observar um africano usando o chapéu de um oficial, tocando um tambor. No Museu Histórico Nacional, há tambores semelhantes apreendidos em operações policiais que obedeciam ordens contra a lei de vadiagem, que nada mais era contra qualquer manifestação de cultura negra, assim como acontecia com as rodas de samba. Mais acima na imagem, alguém segura uma lança e sua presença indica que estamos no limite entre a brincadeira e a luta, clima que é presente nas rodas de capoeira contemporâneas. Atualmente, nas rodas de capoeira, há o chamado ‘jogo duro’, que é quando um dos oponentes resolve sair da brincadeira e partir para luta, forçando seu adversário a fazer o mesmo. <br /><br />Na esquerda, vemos outro grupo batendo palmas e instigando os jogadores. Há dois grupos e um deles também portando facas. Essa tradição foi narrada por Câmara Cascudo, onde os capoeiras do Rio de Janeiro precisavam superar desafios para adquirir a posse da navalha e o uso do chapéu, como um rito de passagem para ascender na hierarquia das maltas. (MAO, 2023) <br /><br />No alpendre da casa grande, dois brancos observam a capoeira. Nesse momento, a capoeira representada não era uma luta real, mas sim uma versão estilizada, um jogo. A capoeira tinha a <br /><br />capacidade de se transformar facilmente adaptando-se de luta para brincadeira. Já nessa época a luta era bastante desenvolvida. Os africanos tentavam convencer a polícia de que não deveriam ser presos já que a capoeira não era uma luta real, mas sim uma brincadeira. Essa noção é conhecida na Bahia como vadiação. (LÍBANO, 2020). Há ainda hoje nas músicas de capoeira, um toque de berimbau chamado de “Cavalaria” em que nos relatos dos mestres de capoeira, utilizava <br /><br />se como forma de alertar os capoeiras sobre a chegada da polícia. A ideia de que há códigos nas rodas de capoeira que só podem ser percebidos por quem a vive é notável ainda atualmente. <br /><br />Durante o projeto estatal de criação de uma imagem nacional no Brasil citado anteriormente, assim como na década de 70 durante a pior fase da ditadura -, houve um período em que a capoeira vivenciou um crescimento significativo. Neste contexto surgiram grupos como o Muzenza, o Cordão de Ouro e posteriormente, o grupo Abadá, que desempenharam um papel fundamental na disseminação dessa arte pelo mundo conquistando a presença em mais de 100 países, contando com cerca de 90 mil alunos pelo mundo. Os regimes autoritários utilizaram a capoeira como símbolo para promover seus projetos nacionalistas, mas procuraram esvaziá-la de suas raízes africanas. <br /><br />CONSIDERAÇÕES FINAIS <br /><br />A criminalização da capoeira na primeira metade do século XIX revela uma complexa história marcada pela discriminação racial e pelo controle social exercido pelas autoridades. No entanto, mesmo diante dessas repressões, a capoeira continuou a se desenvolver e crescer ao longo dos anos e se transformou em uma prática cultural com características próprias. Atravessando por transformações identitárias e resistindo às tentativas de esvaziamento de suas raízes africanas, ainda desenvolve-se um esforço de resgate da ancestralidade e da essência cultural da capoeira, buscando reconhecê-la como patrimônio. Contudo, desafios ainda devem ser superados em um Brasil que ainda perpetua o racismo através de diversos mecanismos do Estado: intervenções policiais e supressão de manifestações periféricas como vemos rotineiramente nos noticiários, seja por matérias que mostram esta realidade ou pelo típico sensacionalismo que mostra essas repressões como espetáculos contra a criminalidade, como notas-e facilmente em periódicos da primeira metade do século XIX. E mesmo que existam estes problemas, a Capoeira felizmente, rompe barreiras mostrando-se como uma atividade respeitada culturalmente. <br /><br />REFERÊNCIAS <br /><br />CUNHA, I. M. C. F. da; VIEIRA, L. R.; TAVARES, L. C. V.; SAMPAIO, T. M. V. Capoeira: a memória social construída por meio do corpo. Porto Alegre: [s.n.], 2014 <br /><br />DIÁRIO DO RIO DE JANEIRO. Rio de Janeiro, 1824. Disponível em: https://bndigital.bn.gov.br/hemeroteca-digital/. Acesso em: 11 maio 2023.. <br /><br />A AURORA FLUMINENSE Jornal Político e Litterario. Rio de Janeiro, 1829. Disponível em: https://bndigital.bn.gov.br/hemeroteca-digital/. Acesso em: 11 maio 2023. <br /><br />AMORIM, Thiago Rodrigues. Registros Pictóricos: Refletindo sobre a Capoeira na Primeira Metade do Século XIX. Revista do Colóquio, N. 16, junho de 2019.<br /><br />SOARES, Carlos Eugenio Líbano. A capoeira escrava e outras tradições rebeldes no Rio de Janeiro (1808-1850). 2ªedição – Campinas/SP: Editora da UNICAMP, 2004 <br /><br />EARLE, Augustus. Negros Lutando. Brasils, 1822, National Library of Austrália. Disponível em: https://nla.gov.au/nla.obj-134509842/view. Acesso em: 11 maio 2023. <br /><br />BRIGGS, Frederico Guilherme. Negros que vão levar açoutes. Rio de Janeiro,1832-36. Disponível em: https://acervobndigital.bn.gov.br/sophia/index.html. Acesso de 11 Maio de 2023. <br /><br />MUSEU DE ARTES E OFÍCIOS. Ofícios Ambulantes Barbeiro-Dentista [Painel informativo], 2023. Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. <br /><br />RUGENDAS. Viagem Pitoresca através do Brasil: Jogar Capoeira. - Litografia, 1835. Disponível em: http://dami.museuimperial.museus.gov.br/handle/acervo/9665. Acesso em: 11 maio 2023. <br /><br />MOVIMENTO INOVAÇÃO NA EDUCAÇÃO. Escola Abadá Capoeira. Disponível em: https://movinovacaonaeducacao.org.br/iniciativas-inovadoras/escola-abada-capoeira/. Acesso em: 15 maio 2023 <br /><br />GRUPO MUZENZA. Capoeira History. Disponível em: https://capoeirahistory.com/pt br/geral/grupo-muzenza/. Acesso em: 15 maio 2023.</div></div></div>Editorhttp://www.blogger.com/profile/14460974738710140175noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-142939603372540710.post-12183245109429903302023-06-27T14:29:00.003-07:002023-06-28T09:14:08.300-07:00A oralidade como reafirmação da cultura de povos originários no mundo acadêmico<p style="text-align: justify;">UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS</p><div style="text-align: justify;"><br />ECI - Escola de Ciência da Informação<br /><br />DISCIPLINA: Metodologia em pesquisa histórica em museus<br /><br />PROFESSOR: Luiz Henrique Assis Garcia<br /><br />ESTUDANTES: Alinne Damasceno; Juliane Martins; Kézia Amaral; Lígia Dutra; Lucas Souza e Marina Ramos.<br /><br /><br /><br /> “Sem memória não há história. E sem história não há referência. Por isso é tão importante a memória de nossos antigos e antigas, por isso é tão importante a oralidade pelo próprio poder que ela carrega em transmitir as nossas raízes e as nossas referências.”<br /><br /><br />A oralidade é uma das metodologias de pesquisa histórica, onde o relato oral é a fonte e a pessoa é o arquivo vivo. Para muitos povos originários, a oralidade é uma das principais ferramentas de comunicação e preservação da história das suas culturas. Com o processo de inserção de pessoas indígenas no meio acadêmico, é perceptível a existência de duas práticas, a oralidade e a escrita. Onde a primeira é um dos principais pilares da cultura dos povos indígenas e a segunda é habitualmente valorizada no âmbito acadêmico. Dessa forma, se faz necessário compreender como essas duas fontes de pesquisa se interagem e coexistem no âmbito da Universidade Federal de Minas Gerais.<br /><br />As principais fontes de registros que guardam vestígios de manifestações da oralidade humana como as entrevistas, gravações de vídeo ou musicais se constituem como um documento oral. As entrevistas foram utilizadas como materialização da oralidade debatida nesta pesquisa. Foram entrevistados Guigui Pataxó da Aldeia Mãe Barra Velha do extremo sul da Bahia, estudante de odontologia pela UFMG; Txawã Pataxó, bacharel em Ciências Biológicas pela UFMG, atua como apoiador técnico de saneamento ambiental na Secretaria Especial de Saúde Indígena; Adana Omágua Kambeba, do povo Kambeba, formada em Medicina pela UFMG e multiartista e Pablo Lima, professor da Formação Intercultural para Educadores Indígenas (FIEI) da Faculdade de Educação (FAE-UFMG).<br /><br />De acordo com o indígena Guigui Pataxó, a oralidade dentro do meio acadêmico é importante porque diversos grupos da sociedade poderão ter acesso ao outro lado da história, que é diferente da versão oficial abordada por anos nos livros didáticos utilizados nas escolas. Ao mesmo tempo que é necessário se ter cuidado com o que é mostrado sobre os povos indígenas, segundo Guigui, alguns saberes devem ser resguardados dentro da comunidade indígena. O graduando em Odontologia defende que a cultura está em tudo que fazemos, é quando estamos em comunidade com nosso povo e conhecemos a nossa história, é sentar e ouvir um ancião. <br /><br /> Érika Guesse (2011) defende que a escrita foi usada como um instrumento de poder dos colonizadores para criar suas articulações quanto a dominação do território, os recursos da escrita junto a descaracterização da oralidade como fonte legítima foi o que contribuiu para a colonização do território.<br /><br /> Com a colonização os povos originários, foram sentindo novas necessidades quanto a passagem de suas histórias e seus testemunhos, aderindo à escrita como uma ferramenta contemporânea de reafirmação da sua cultura e seu povo.<br /><br />A oralidade é uma herança, e é uma das principais condições para interação dos povos, através dela compartilhamos saberes, costumes e tradições. Na universidade, a oralidade é uma das principais ferramentas para a discussão e por conseguinte a formação de conhecimento. Pode-se dizer que a oralidade é uma fonte histórica rica a ser valorizada e destacada, principalmente no que diz respeito aos povos originários e seus meios de inserção na sociedade.<br /><br /><br />Referências<br /><br />BARBOSA, J. M. A.; MEZACASA, R.; FAGUNDES, M. G. B. A oralidade como fonte para a escrita das Histórias Indígenas. Tellus, [S. l.], v. 18, n. 37, p. p. 121–145, 2018. DOI: 10.20435/tellus.v18i37.558. Disponível em: https://www.tellus.ucdb.br/tellus/article/view/558. Acesso em: 31 mar. 2023.<br /><br />FÉLIX, R. Da voz à letra: oralidade, ancestralidade e resistência. In: Volta miúda: quilombo, memória e emancipação [online]. Ilhéus, BA: Editus, 2020, pp. 147-162.<br /><br />GUESSE, Érika B. Vozes da floresta: a oralidade que (re)vive na escrita literária indígena. Boitatá, [S. l.], v. 6, n. 12, p. 104–121, 2011. DOI: 10.5433/boitata.2011v6.e31196. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/boitata/article/view/31196. Acesso em: 31 mar. 2023.<br /><br /><br />Outras referências<br /><br />Página do Professor Pablo Lima no Somos UFMG: <a href="http://somos.ufmg.br/professor/pablo-luiz-de-oliveira-lima">Professor » Pablo Luiz de Oliveira Lima » Faculdade de Educação » Departamento de Métodos e Técnicas de Ensino » Somos UFMG</a><br /><br />Participação de Adana Omágua Kambeba no Programa Rolê nas Gerais: <a href="https://www.instagram.com/reel/CtdFo4Ztxpx/?img_index=1">Danielle Soprano Adana Omágua Kambeba no Instagram: “Programa: Rolê nas Gerais- Globo (10.06.23) Agradeço aos jornalistas Zu Moreira, Renata do Carmo e a toda a equipe da Globo, por mostrar…”</a><br /></div> <div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/rTQix4p-pkA" width="320" youtube-src-id="rTQix4p-pkA"></iframe></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/TKIIcoERz8s" width="320" youtube-src-id="TKIIcoERz8s"></iframe></div><br /></div>Editorhttp://www.blogger.com/profile/14460974738710140175noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-142939603372540710.post-90579701366789033192023-06-19T15:47:00.001-07:002023-06-27T14:31:22.855-07:00Oralidade como fonte Histórica na Idade Contemporânea: A Resistência dos Quilombos <div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Universidade Federal de Minas Gerais</div>Escola da Ciência e da Informação<br />Disciplina: Metodologia de Pesquisa Histórica em Museus<br />Professor: Luiz Henrique Garcia<br />Aluno(a): Ana Carolina Gomes Fiuza, Bia Pimentel, Jéssica de Almeida Silva, Laura Braga Melo, Thais de Souza Costa. <br /><br /><br /><div style="text-align: justify;">Dentro das disciplinas das humanidades, como História, Antropologia e Ciências Sociais, a história oral enfrenta o desafio de obter legitimidade e respaldo científico. A institucionalização da história oral é necessária para que seja reconhecida como um método válido de pesquisa, mas até que ponto essa institucionalização pode deslegitimar os povos que historicamente têm sido marginalizados e excluídos da narrativa histórica convencional?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A pesquisa histórica requer rigor técnico e metodológico para garantir a qualidade e a confiabilidade dos dados coletados. No entanto, a história oral busca valorizar as vozes e as experiências dos grupos sociais que foram historicamente silenciados e negligenciados pela história oficial, além de permitir resgatar trajetórias e memórias que foram suprimidas ou ignoradas pela narrativa dominante.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O recorte que trazemos nos elucida bastante sobre isso, os Quilombos foram comunidades formadas por descendentes de escravizados africanos que resistiram ao sistema de escravidão no Brasil entre os séculos XVI e XIX, com cerca de cinco milhões de escravizados desembarcados do continente africano, os Quilombos surgiram como uma forma de resistência e preservação da cultura e identidade negra. O termo "Quilombos" era utilizado em alguns locais do continente africano para designar acampamentos fortificados e militarizados mas, no Brasil, eles se configuraram como grupos étnico-raciais, autoatribuídos, que resistiram ao processo de escravidão. Somente a Constituição Federal de 1988 garantiu os direitos sobre a propriedade das terras dos Quilombos, consagrando suas diversas existências e importância na sociedade brasileira.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">As comunidades quilombolas são reconhecidas e protegidas pela legislação brasileira, especialmente pelo Decreto nº 4887/03, que estabelece critérios para o reconhecimento e titulação das terras ocupadas por essas comunidades. Esse reconhecimento garante o direito à propriedade e à preservação da identidade cultural quilombola. Essas comunidades têm uma</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">história de resistência à escravidão e à opressão histórica sofrida pelos povos africanos e afrodescendentes no Brasil.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Então, pensando a partir da identidade quilombola, ela vai além de características étnicas, sendo construída a partir da vivência e da experiência dos indivíduos, onde a autodefinição como quilombola pode ser influenciada por intervenções de órgãos governamentais e não governamentais (SOUZA, 2007). A persistência cultural dessas comunidades é mantida principalmente pela tradição oral, transmitida de geração em geração, onde a oralidade primária desempenha um papel fundamental na gestão da memória social, preservando a história, os conhecimentos e as tradições quilombolas e trazendo novamente o nosso campo de pesquisa. A história oral permitiu que essas comunidades ganhassem visibilidade e reconhecimento em âmbito nacional e internacional, resultando em algumas conquistas de direitos e seu registro na história do Brasil.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">É importante refletir sobre a prática da história oral e garantir que as vozes das comunidades quilombolas sejam representadas de forma autêntica e respeitosa. A história oral deve ser uma ferramenta de empoderamento e autodeterminação, permitindo que as próprias comunidades tenham controle sobre suas narrativas e contribuam para a compreensão coletiva do passado.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Nas comunidades quilombolas em Minas Gerais, há uma riqueza de histórias compartilhadas por meio de versos, conversas e tradições transmitidas de geração em geração. Aprender habilidades artesanais, como a trança de milho e a confecção de cestas, é uma prática comum nessas comunidades, assim como a utilização de tecnologias sociais para o aproveitamento de água da chuva e técnicas de plantio no semiárido.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiDq6gLNIfHUNZ2opX81UfpsAFgzGScBJ4_ACiNwnv4YIP-tQHGCLWBFh3y_jHUzw-OhS0pVbMHBI1WOBsehCWLz5SqTcnqhPi_thxX8UckijHxF7ei4UnxcN3XNqeET8Qih8Kuw3ltYOpWyVUDqhoW6DScZ3fx1WYJfMG_9oUU9uXEixb3LpIr2YRZmy44"><img height="246" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiDq6gLNIfHUNZ2opX81UfpsAFgzGScBJ4_ACiNwnv4YIP-tQHGCLWBFh3y_jHUzw-OhS0pVbMHBI1WOBsehCWLz5SqTcnqhPi_thxX8UckijHxF7ei4UnxcN3XNqeET8Qih8Kuw3ltYOpWyVUDqhoW6DScZ3fx1WYJfMG_9oUU9uXEixb3LpIr2YRZmy44=w400-h246" width="400" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Foto: Peça de Algodão no Tear - Artesã Natalina Soares de Souza - Associação de Produtores e Artesãos</div><div style="text-align: justify;">de Rosa Grande - Berilo – Crédito foto: Lori Figueiró do Livro "À luz do algodão".</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A religiosidade também desempenha um papel importante nessas comunidades, com cada uma celebrando seu santo padroeiro em momentos diferentes ao longo do ano. As festas tradicionais são marcadas por quitandas doces e salgadas servidas com café, acompanhadas de ritmos musicais característicos. Essas comunidades quilombolas em Minas Gerais representam uma parte significativa do patrimônio cultural e histórico do estado, sendo essencial valorizar e preservar suas tradições e conhecimentos.</div><br /><br /><div style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjYnGIlPE2HXZYeVw-XJVsjFZetx5TO3VG3tvpi2dX27BUinsc0gBMxbssl5ym-p7M2g6l5Q03whuCR8eTGA0UPTP1Ly3M88kgPwbzMZk4ihEJzUr9kG5_7WZ0N6-X8SUNRHsvKMKqD_VZ5pR44iXlWkhpqI7l_yU4SzVkJbJx7ci2yIlRvsMYaBu1tz4PT"><img height="246" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjYnGIlPE2HXZYeVw-XJVsjFZetx5TO3VG3tvpi2dX27BUinsc0gBMxbssl5ym-p7M2g6l5Q03whuCR8eTGA0UPTP1Ly3M88kgPwbzMZk4ihEJzUr9kG5_7WZ0N6-X8SUNRHsvKMKqD_VZ5pR44iXlWkhpqI7l_yU4SzVkJbJx7ci2yIlRvsMYaBu1tz4PT=w400-h246" width="400" /></a></div>Foto: As congadas - Congadeiro Domingos da Paixão (in memoriam). Crédito da foto: Hélio Dias (2015)<br /><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Para mais, é importante refletir sobre como a história oral é praticada e como as vozes das comunidades são representadas, é necessário evitar a apropriação indevida das histórias e das narrativas das comunidades, garantindo que elas sejam protagonistas na construção e na interpretação de sua própria história, onde a história oral deve ser uma ferramenta de empoderamento e autodeterminação, permitindo que as comunidades tenham controle sobre suas narrativas e contribuam para a compreensão coletiva do passado.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A Nova História, descrita por Bloch (2001), proporciona uma visão mais inclusiva e diversa da história, reconhecendo a importância das culturas populares e das comunidades marginalizadas na formação da sociedade e, com a valorização da oralidade, entendida como forma de construção da história, têm-se ampliado as perspectivas históricas, desafiando as narrativas dominantes e promovendo uma maior compreensão da pluralidade de experiências e identidades que compõem o tecido social.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por fim, a história oral desafia os padrões tradicionais de documentação histórica, pois requer uma legitimação e respaldo científico para ser reconhecida. A institucionalização da história oral pode ser vista como uma forma de deslegitimar as comunidades que são marginalizadas pela narrativa histórica dominante. No entanto, a "nova história" busca dar voz aos grupos sociais historicamente excluídos, valorizando suas experiências e conhecimentos transmitidos pela oralidade.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Referências</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">BLOCH, Marc. Introdução e cap 1. In: Apologia da História. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">SOUZA, Ercilia M. S.. Processos Identitários e suas Vicissitudes em uma Comunidade Quilombola. Belém, 2007 Dissertação (Psicologia) - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ.</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/PFfP8SPe6o8" width="320" youtube-src-id="PFfP8SPe6o8"></iframe></div><br /> </div><span id="docs-internal-guid-4f2ed434-7fff-a1e0-3f9e-331b29744e0d"></span>Editorhttp://www.blogger.com/profile/14460974738710140175noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-142939603372540710.post-58651930795663517772023-01-26T20:11:00.003-08:002023-02-10T10:56:09.049-08:00Ecomuseus e museus comunitários<p dir="ltr" id="docs-internal-guid-5b15323a-7fff-816e-a5b0-a82fd5f4d08b">Universidade Federal de Minas Gerais</p><p dir="ltr">Escola de Ciência da Informação – Graduação em Museologia</p><p dir="ltr">Disciplina: Tipologia de Museus - Trabalho Final</p><p dir="ltr">Professor: Luiz Henrique Garcia de Assis</p><p dir="ltr">Autores: Alessandro Rezende, Jonathan Moura e Mayra Luiza Marques</p><p dir="ltr">Ecomuseus e museus comunitários</p><br /><p dir="ltr" style="text-align: justify;">A Nova Museologia é um movimento consolidado na década de 80 e considerado um dos mais relevantes da Museologia Contemporânea. Este movimento surge principalmente em consequência das demandas sociais reivindicadas num contexto imediatamente posterior aos conflitos, contestações e lutas revolucionárias ocorridas nas décadas de 60 e 70, visando incorporar a função social da instituição museu como caráter primordial e, por isso, contestador, criativo e transformador. Suas bases conceituais e filosóficas foram delineadas na Mesa Redonda de Santiago do Chile, em 1972. </p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">A partir daí o movimento foi se consolidando progressivamente, culminando com o surgimento oficial do Movimento Internacional para a Nova Museologia - MINOM - em 1985, em Lisboa, como resultado da união das forças divergentes, transformadoras e questionadoras da museologia convencional, pregando uma pedagogia libertadora, a descolonização e a definição de compromissos museais.</p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">A Declaração de Quebec (1984) e a Declaração de Caracas (1992) surgem como dois importantes documentos que auxiliaram na criação e consolidação dos Ecomuseus e Museus comunitários. Esses documentos, adotando conceitos da Nova Museologia, propuseram a implementação de uma museologia ativa dentro dos espaços museológicos, trazendo a discussão sobre pontos como a participação da comunidade dentro dos museus, uma pesquisa participativa e debates sobre patrimônio e território.</p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">Como um exemplo concreto dessa nova ideia que emergia, como já citado anteriormente, temos o Ecomuseu, visto como instrumento de autogestão de uma comunidade, sem limites que não aqueles por ela definidos, sendo concebido, fabricado e explorado por um poder e uma população. O poder, com os especialistas, as facilidades e os recursos que fornece. A população, segundo suas aspirações, seus saberes, sua capacidade de análise. Após certo grau de evolução, eles acabam se integrando em sistemas oficiais e institucionalizam-se. Seus quatro elementos constitutivos, são: o território, a população (como agente), o tempo, o patrimônio (total: paisagens, sítios, edificações, objetos).</p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">[Site do Ecomuseu de Itaipu: <a href="https://www.itaipu.gov.br/meioambiente/ecomuseu">https://www.itaipu.gov.br/meioambiente/ecomuseu</a>] </p><div style="text-align: justify;"><br /></div><p dir="ltr" style="text-align: justify;">A interdisciplinaridade nos museus é compreendida no sentido da necessidade de fazer interagir diferentes especialistas e conhecimentos para trabalhar, em toda complexidade, uma dada cultura. Os comitês de gestão dos museus são: o de gestão (administradores municipais ou regionais), o de usuários (membros da comunidade envolvida) e o científico (acadêmicos pertencentes aos quadros de universidades próximas, estudiosos de questões implicadas na proposta do ecomuseu).</p><div style="text-align: justify;"><br /></div><p dir="ltr" style="text-align: justify;">Além disso, temos outro exemplo, o Museu Comunitário. Criado pela própria comunidade, no qual seus moradores tornam-se atores do processo de formulação, execução e manutenção do museu, além da construção de seu acervo, sendo ou podendo ser em algum momento, assessorados por um Museólogo.</p><div style="text-align: justify;"><br /></div><p dir="ltr" style="text-align: justify;">O museu tradicional tem por objetivo servir ao conhecimento e à cultura, já o museu comunitário objetiva servir à comunidade e ao seu desenvolvimento. </p><div style="text-align: justify;"><br /></div><p dir="ltr" style="text-align: justify;">O museu de comunidade é um ser vivo, inacabado, como a própria comunidade, em constante movimento para se adaptar às mudanças que acontecem nela e em seu ambiente. Ele não deve ser trancado num edifício, restrito a uma coleção e uma exposição ou administrado por profissionais competentes sem conexão ou comunicação com a comunidade.</p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">[Episódio Museu da Maré do Canal Conhecendo Museus: <a href="https://www.youtube.com/watch?v=TVHrrtM9UD0">https://www.youtube.com/watch?v=TVHrrtM9UD0</a> ]</p><div style="text-align: justify;"><br /></div><p dir="ltr" style="text-align: justify;">Na museologia popular todo território está envolvido, todo patrimônio da comunidade é levado em consideração e as exposições são apenas umas das técnicas de comunicação. </p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">O termo território, em sentido antropológico, é construído por uma dada população, a ele pertencente e com ela identificado.</p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">Os museus comunitários enfrentam um problema recorrente: se o processo deve ser continuado, como mantê-lo vivo com o passar dos anos e com atores diferentes? Existem duas possibilidades:</p><ul><li aria-level="1" dir="ltr"><p dir="ltr" role="presentation" style="text-align: justify;">O museu comunitário não conseguirá sobreviver à sua geração fundadora e então desaparecerá ou se tornará um museu institucional.</p></li><li aria-level="1" dir="ltr"><p dir="ltr" role="presentation" style="text-align: justify;">O museu aceitará a sua reciclagem a cada 20 ou 30 anos de modo a permanecer relevante.</p></li></ul><p dir="ltr" style="text-align: justify;">A Museologia Comunitária preocupa-se em libertar as próprias pessoas da alienação cultural, ou libertar sua capacidade de imaginação ou iniciativa, ou liberar a consciência dos seus direitos de propriedade sobre seu patrimônio.</p><div style="text-align: justify;"><br /></div><p dir="ltr" style="text-align: justify;">Bibliografia: </p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">BARBUY, Heloísa. A conformação dos ecomuseus: elementos para compreensão e análise. Anais do Museu Paulista. São Paulo. N. Ser. v.3 p.209.236 jan./dez. 1995.</p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">PRIOSTI, Odalice Miranda. A dimensão político - cultural dos processos museológicos gestados por comunidades e populações autóctones. SEMINÁRIO DE IMPLANTAÇÃO DO ECOMUSEU DA AMAZÔNIA E DO PÓLO MUSEOLÓGICO DE BELÉM/ PA, 8-10 de junho de 2007, 26p.</p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">VARINE, Hugues de. O museu comunitário como processo continuado. Cadernos do CEOM - Ano 27, n. 41, 2014, p.25-35.</p>Editorhttp://www.blogger.com/profile/14460974738710140175noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-142939603372540710.post-4034550759186872602023-01-26T20:07:00.003-08:002023-02-10T10:56:31.381-08:00MUSEUS DE ARTE E FORMAÇÃO DE COLEÇÕES NO SÉCULO XX<p dir="ltr" id="docs-internal-guid-773755ed-7fff-244c-2b4c-c301ca3c2773">UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS</p><p dir="ltr">MUSEOLOGIA 2022/2</p><p dir="ltr"><br /></p><p dir="ltr">ALICE RODRIGUES</p><p dir="ltr">BLENDA CARVALHO</p><p dir="ltr">INGRID GABRIELE FERNANDES FONSECA</p><p dir="ltr">LUÍSA MARANGONI</p><p dir="ltr">LETÍCIA COUTINHO</p><p dir="ltr"> </p><p dir="ltr"><b>MUSEUS DE ARTE E FORMAÇÃO DE COLEÇÕES NO SÉCULO XX</b></p><br /><p dir="ltr" style="text-align: justify;"> O homem é um ser colecionador a muito tempo. A base de um museu são as coleções, a exposição destas para que as pessoas a vejam. Não há exato motivo do porquê ou o que colecionar, a autora Maria Cecília França Lourenço coloca em seu livro “Museus acolhem moderno” essa perspectiva, onde a coleção dentro de um museu deve ser constituída fundamentada nos valores estipulados pela instituição, sendo resultado de demanda e de pesquisas. Assim passam pelos processos de investigação, conservação e extroversão. E nesta visão são desenvolvidos, também, a magnitude desses objetos de vestígio, raridade e preciosidade, tal qual a relevância para as ciências. Os objetos são organizados pelo seu valor como patrimônio e de testemunho e trazem também outras características reunidas através das décadas ( LOURENÇO 1999, P. 31).</p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">A formação de coleções de arte no Século XX funcionava distintamente de acordo com a parte do mundo em questão. Enquanto no Brasil havia uma discussão, e até rebeldia com a arte e a modernidade, na Europa, obras de artes estavam sendo roubadas, destruídas e escondidas devido a Segunda Guerra Mundial, durante a década de 1940. Em paralelo, na Argentina já havia começado a difusão dos museus de arte moderna, porém com pouca arte moderna e mais arte europeia que nacional. </p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">Figura 1 - El primer luto (1888) - William Bouguereau</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTy-Qszc62euAfUFt4_oetubOIlYB1znltdy5wmN-Q71ZP_pm7Ef9-_ZoYyAlqbpjYk4NG8v5RmDa4cqoHTpQKzmO7yqu4iNG8m4Si6qT1A4PAJASP9bVhBOJgGoQ5dluIgeu6U4lIrEC0/s1600/1674792430238481-0.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTy-Qszc62euAfUFt4_oetubOIlYB1znltdy5wmN-Q71ZP_pm7Ef9-_ZoYyAlqbpjYk4NG8v5RmDa4cqoHTpQKzmO7yqu4iNG8m4Si6qT1A4PAJASP9bVhBOJgGoQ5dluIgeu6U4lIrEC0/s1600/1674792430238481-0.png" width="400" />
</a>
</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><p dir="ltr" style="text-align: justify;">Fonte: Arts And Culture</p><div style="text-align: justify;"><br /></div><p dir="ltr" style="text-align: justify;">O século XX é dividido entre o período da modernidade e o período modernista. Um se dá antes da guerra e o outro após. Os museus modernos no Brasil começaram na década de 40-50, sendo então no período de guerra e pós-guerra do século XX. Os MAMs - Museus de Arte Moderna - no Brasil começam a adotar um estilo diferente de arquitetura. Anteriormente definidos pelos padrões parisienses, os museus agora adotam a ideia de arquitetura dos Estados Unidos, novo centro cultural mundial. </p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">Durante a década de 1950 inicia-se a conversa entre o moderno e modernista. O primeiro, agora mais jovem, tem visões para um futuro melhor, ele se direciona a instituições, rádio, TV e jornais e julga que a arte tem o poder de mover o mundo. A arte fica novamente chamativa nas bienais. </p><div style="text-align: justify;"><br /></div><p dir="ltr" style="text-align: justify;">Figura 2: Projeto MAM - Affonso Eduardo Reidy</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiI3MYKGgwsCEROMtYmV2ZIQHoQcl-IYIPcHdjM1g43sUZgiUPao9xB8LyU-vDg7LZn70kTIxaJZ-_ejf5ebTMQf12G3klK_XdKDEKVBrHcH_zNbsPDpKt12ccT4o9d9PPIQ38t8HyakXM3/s1600/1674792426894892-1.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiI3MYKGgwsCEROMtYmV2ZIQHoQcl-IYIPcHdjM1g43sUZgiUPao9xB8LyU-vDg7LZn70kTIxaJZ-_ejf5ebTMQf12G3klK_XdKDEKVBrHcH_zNbsPDpKt12ccT4o9d9PPIQ38t8HyakXM3/s1600/1674792426894892-1.png" width="400" />
</a>
</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><p dir="ltr" style="text-align: justify;">Fonte: LOURENÇO, Maria Cecília França (1999, P. 20)</p><div style="text-align: justify;"><br /></div><p dir="ltr" style="text-align: justify;">Este modernismo começa como algo marginalizado, quase até considerado de primitivo. Fortifica-se na década de 50 devido aos jovens modernos que divulgam a arte. A arte moderna agora entra para os MAMs e é apreciada e vista pelo público.</p><p dir="ltr" style="text-align: justify;"> O Museu agora se torna também uma obra de arte, um aperitivo para o olhar do visitante antes de conhecer as obras que ele abriga. Não somente no Brasil como no mundo, como o Guggenheim de Nova York. Os modernistas e arquitetos modernos pretendem criar museus que não são só instituições que abrigam obras de arte, mas lugares públicos para todos, não só para apreciar obras, mas para também conviver e passear. Com lanchonetes, lojas, espaços abertos com praças e águas, os designs dos museus ficaram mais abertos, grandes e chamativos, lugares especialmente feitos para a grandiosidade que é o momento moderno.</p><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><p dir="ltr" style="text-align: justify;">Figura 3: Museu Solomon R. Guggenheim </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvgslFlvkqkYc1epOxdXY6xYnD5Fj9hIQhxZ8El-GqvnAM7JUhkfwzDHAnyl-YRayFUBUJVIFz6a-8KPSNhwKXwWAgPNsSudOLlqFl6-2FAiYFqfeQw1glC7Gio80TvwTTaSgKfx0729j2/s1600/1674792422938337-2.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvgslFlvkqkYc1epOxdXY6xYnD5Fj9hIQhxZ8El-GqvnAM7JUhkfwzDHAnyl-YRayFUBUJVIFz6a-8KPSNhwKXwWAgPNsSudOLlqFl6-2FAiYFqfeQw1glC7Gio80TvwTTaSgKfx0729j2/s1600/1674792422938337-2.png" width="400" />
</a>
</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><p dir="ltr" style="text-align: justify;">Fonte: www.historiadasartes.com/</p><p dir="ltr" style="text-align: justify;"> </p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:</p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">BALDASSARRE, Maria Isabel. As origens do colecionismo de arte pública e privada em Buenos Aires. In: SOUZA, Eneida Maria de; MIRANDA, Wander Melo(Orgs.). Crítica e coleção. Belo Horizonte: UFMG, 2011.</p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">LOURENÇO, Maria Cecília França. Museus acolhem moderno. São Paulo: EDUSP, 1999.</p><div style="text-align: justify;"><br /></div><br />Editorhttp://www.blogger.com/profile/14460974738710140175noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-142939603372540710.post-2995233875554208722023-01-26T19:55:00.003-08:002023-02-10T10:56:46.812-08:00IDENTIDADE E PODER<p dir="ltr" id="docs-internal-guid-4d944b29-7fff-96d2-38fa-46070c99d46d">Universidade Federal de Minas Gerais</p><p dir="ltr">Escola da Ciência da Informação - Museologia</p><p dir="ltr">Grupo: Andreza Pinheiro; Esther Inácio; Fabiano Martins; Fabio D. Antunes; Iolanda Soares; Isadora Barbosa; Júlia Avelar</p><p dir="ltr">SEMINÁRIO 4 </p><p dir="ltr">IDENTIDADE E PODER </p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">Museus e Antropologia</p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">O modelo hegemônico que existia nas instituições museais no início dos anos 90 passou por um processo onde recebeu muitas críticas internas e externas devido ao seu discurso antropológico que tinha um caráter de dominação.</p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">“Beijo que mata as realidades que pretende preservar, a museografia de luvas de algodão branco, rigorosamente respeitadora dos seus preceitos metodológicos e técnicos, pode não ser a mais adaptada a pelo menos certos ramos da etnomuseologia” (DURAND, 2007, p.384)</p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">O processo de descolonização foi essencial para o surgimento de novas condições dentro desses espaços. A etnomuseologia se juntou às ideias de uma ‘nova museologia’ e os ‘ecomuseus’, que se baseavam em construir uma relação mais próxima com a população, e proporcionar um enriquecimento próprio de conhecimento. Com isso, também incluía a descentralização do objeto e a ideia de interdisciplinaridade dentro dos museus. Anos depois que essas iniciativas foram implementadas e essa nova dinâmica dentro da museologia se iniciou, os resultados foram positivos e trouxe até uma determinada valorização do patrimônio imaterial, que naquela época não era reconhecido tal importância ainda.</p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">Após todas essas constatações surge a ideia de fazerem um seminário organizado por várias instituições de estudo antropológico, que ocorreu na França em 6 de abril de 2007, onde visava dar a palavra aos antropólogos que estavam envolvidos em projetos que eram mais bem estruturados, que faziam mais sentido para a museologia etnográfica.</p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">A partir de todo o contexto antropológico e museológico apresentado até aqui, surge uma questão, o que vem a ser a “arte primitiva”, que nada mais é do que um termo empregado para categorizar as artes produzidas pelos povos indígenas das civilizações não europeias, da América, Ásia, África e Oceania, e que abrange também a arte pré-história, a arte bruta, e a arte naif, no qual, reside aí um dos problemas com a denominação de “arte primitiva”, que agrupa expressões artísticas de culturas e tempos diferentes, coisas que não possuem ligações diretas, mas que sob os olhos da cultura dominante são associadas.</p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">No livro “Cannibal boxes and glass tours”, o antropólogo Michael Ames discorre sobre o conceito de Arte Nativa, destacando que “para a Arte Nativa ser aceita na sociedade dominante, ela precisa permanecer imutável, exótica e “primitiva”. A evolução da forma, do estilo, e o distanciamento da arte da cultura onde o artista se encontra, é um privilégio reservado para a arte branca." (AMES, 1992). Essa noção de arte primitiva permeia as estruturas dos museus etnográficos, no qual, a produção do outro é colocada no lugar de exótico, e é colocada em exibição como algo estranho ao olho do normal.</p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">No texto "Reflexões sobre a arte ‘primitiva’: o caso do Musée Branly", a escritora Ilana Goldstein apresenta um estudo do caso sobre Museu Branly, localizado na França, um museu etnográfico que se formou em cima da ideia de olhar para a arte dos outros povos de um ponto de vista sobretudo estético (GOLDSTEIN, 2008). A perspectiva sustentada seria a de que a beleza plástica das obras de arte, seriam capazes de falar por si só, sendo essa uma ideia não homogênea no meio da antropologia, diversos pensadores vão pensar na interpretação de objetos etnográficos em conjunto com seus contextos.</p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">O Musée Branly foi projetado por Jean Nouvel e busca propor um diálogo entre culturas, além de retomar o papel e a importância que objetos, artefatos etnográficos e outros elementos como riquezas de uma “arte primitiva”, tão importante quanto as obras criadas após o surgimento da escrita e que os europeus da época minimizaram sua relevância como manifestação artística e cultural (GOLDSTEIN, 2008)</p><p dir="ltr" style="text-align: justify;"><span id="docs-internal-guid-b17727bc-7fff-ded6-b235-cd1746537839"> Figura 1</span>: Musée du quai Branly<br /></p><p dir="ltr"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikxGb9_4DduiLV3ExZMmFBJwwcIchwR5NM75ppHxRfWSDva7RyJ682OA7wUbK4YpASaB-ALel5pp_AJ37ms_KxjRLL1yj7LiWPJBQOqyrjwopdeu81CYMTROEKxdEKInOtIo9tyuNGX2DN/s1600/1674791706293926-0.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikxGb9_4DduiLV3ExZMmFBJwwcIchwR5NM75ppHxRfWSDva7RyJ682OA7wUbK4YpASaB-ALel5pp_AJ37ms_KxjRLL1yj7LiWPJBQOqyrjwopdeu81CYMTROEKxdEKInOtIo9tyuNGX2DN/s1600/1674791706293926-0.png" width="400" />
</a>
</div><span id="docs-internal-guid-6c612be7-7fff-74b3-55cf-28b653b9bf47"><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><p></p><p dir="ltr" style="text-align: justify;"><span>Fonte: </span><a href="https://www.toothpicnations.co.uk/my-blog/?p=19842">Contemporary architecture in Paris / toothpicnations</a><br /></p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">Verifica-se que nas artes não ocidentais assumem a função de objetos dinâmicos e de testemunhos etnográficos das culturas que divergem das artes ocidentais, como manifestações estéticas que apresentam uma importante autoridade de comunicação dentro das sociedades que geram essas dimensões etnográficas, como objetos que possuíam valor de troca, como no caso do Museu Branly que abordou a arte primitiva dos povos sem escrita como uma das mais genuínas expressões artísticas da história, pois a percepção de barbárie vista pelos desbravadores europeus eram tidas como verdades absolutas, dentro do seu contexto histórico e ético, ao passo que tanto a história como a ética e a sociedade, são elementos adaptativos que se convergem, colidem e confrontam-se, enquanto se desenvolvem e após a inauguração do Musée Branly, estas “artes primitivas” foram alçadas ao que elas contém de maior valor, sua autêntica representação da história e da arte não escrita.</p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">O Musée Branly possui grande relevância ao assumir o papel de agente capaz de suscitar reflexões acerca do que vem a ser a “arte primitiva” sob diferentes aspectos que incluem diferentes perspectivas, como a museológica, a etnográfica, a política e a artística, entre outras ciências por onde perpassa e se registra essa “arte primitiva” (GOLDSTEIN, 2008), pois o Musée Branly consegue estimular questionamentos como “Qual a importância de um artefato da antiguidade enquanto objeto e enquanto registro físico e a relevância de sua concepção para a era moderna?”.</p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">Ao observarmos artes não ocidentais, estamos olhando para objetos que atuam como testemunhos etnográficos, como manifestações estéticas, e como mercadorias com valor de troca. Essas são dimensões distintas, mas que se sobrepõem e se relacionam, sendo assim, elas não devem ser esquecidas, é aí que reside um dos debates sobre a abordagem predominantemente estética que o projeto do Museu Branly assume. Antropologia e museu podem continuar a falar sobre o outro, porém não podem falar no lugar do outro, precisa ser uma ação em conjunto com aqueles ao qual eles desejam estudar.</p><p dir="ltr" style="text-align: justify;"><br /></p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">Referencia Bibliografica:</p><p dir="ltr" style="text-align: justify;"><br /></p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">DURAND, Jean-Yves. Este obscuro objecto do desejo etnográfico: o museu. in: Etnográfica, 2 (11). Revista do Centro de Estudos de Antropologia. Lisboa: CEAS / ISCTE. pp 373-385.</p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">GOLDSTEIN, Ilana. Reflexões sobre a arte "primitiva": o caso do Musée Branly.Horiz.antropol. [online]. 2008, vol.14, n.29 [cited</p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">2013-08-27], pp. 279-314.</p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">KOK, Glória. A fabricação da alteridade nos museus da América Latina: representações ameríndias e circulação dos objetos etnográficos do século XIX ao XXI. ESTUDOS DE CULTURA MATERIAL/DOSSIÊ. Anais do Museu Paulista. P. 26 .2018.</p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">ABREU, Regina .M.R.M. Tal antropologia qual museu? Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia, v S7, p.121-143, 2008</p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">MACKENZIE, JohnM. Museums and empire: natural history, human cultures and colonial identities .Manchester: Manchester University Press, New York: distributed exclusively in the USA by Palgrave Macmillan, 2009, 286 p.</p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">AMES, Michael M. Cannibal tours and glass boxes: the anthropology of museums . Vancouver: UBC Press, 1992.</p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">https://www.scielo.br/j/anaismp/a/bqm45jwxRkHspfFcgYSsxfG/?lang=pt</p><p dir="ltr" style="text-align: justify;"><br /></p><p dir="ltr" style="text-align: justify;"><br /></p><p dir="ltr" style="text-align: justify;"><br /></p><p dir="ltr" style="text-align: justify;"><br /></p><p dir="ltr" style="text-align: justify;"><br /></p>Editorhttp://www.blogger.com/profile/14460974738710140175noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-142939603372540710.post-3185867412387285912023-01-26T19:46:00.003-08:002023-02-10T10:57:05.408-08:00MUSEUS DE HISTÓRIA NATURAL E A ORGANIZAÇÃO DO CAMPO MUSEOLÓGICO<p dir="ltr" id="docs-internal-guid-33e8da41-7fff-b860-979d-0923054a05f2"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhX89UgwqMlcXN4T9lrh0nZYUklU-zez6e_lMT0vx3umlxJa7-erma8Rv0CblXBKSXC8DTEdN54d4hLGZ_VttiDmhOReHUzV1zXxwIh-IfaH8NOfCyO4wvviPzAziFw4CWuNqHSiiYFP6MT/s1600/1674791207391593-0.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhX89UgwqMlcXN4T9lrh0nZYUklU-zez6e_lMT0vx3umlxJa7-erma8Rv0CblXBKSXC8DTEdN54d4hLGZ_VttiDmhOReHUzV1zXxwIh-IfaH8NOfCyO4wvviPzAziFw4CWuNqHSiiYFP6MT/s1600/1674791207391593-0.png" width="400" />
</a>
</div><br /><p></p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">Já se perguntou como foi o surgimento dos principais gabinetes e museus de história natural do Brasil? Confira essas e outras informações sobre instituições museológicas como a “Casa dos Pássaros", o Museu Nacional, e o Museu Paraense Emílio Goeldi nesse breve histórico sobre a criação de museus de história natural no nosso país.</p><p dir="ltr" style="text-align: justify;"> Em 1784, surge no Brasil o primeiro Gabinete de História Natural do Brasil e das Américas chamada de “Casa dos pássaros", que mais adiante funcionaria como uma espécie de precursora do Museu Nacional, seu principal objetivo era enviar produtos naturais para Portugal, por esse motivo o mesmo funcionava como um galpão no qual animais - em sua maioria aves - eram alvejadas a tiros para serem taxidermizados, expostos ou enviados para a Europa (daí o nome “Casa dos Pássaros”). À frente do processo estava o taxidermista Francisco Xavier Cardoso Caldeira, apelidado de “Xavier dos Pássaros”, que ocupou o cargo de diretor de Gabinete por 20 anos. Alguns anos depois, com quase 30 anos de história, a “Casa dos Pássaros” tem seu fim decretado e o material que restou foi redirecionado para compor o acervo do Museu Nacional.</p><p dir="ltr" style="text-align: justify;"><span class="Apple-tab-span"> </span>O Museu Nacional, aberto em outubro de 1821, foi inaugurado com um acervo que continha cerca de 300 pássaros, alguns insetos recolhidos da orla fluminense de Cabo Frio, máquinas industriais, um vaso de prata, antiguidades romanas, quadros e outros objetos, assim, ele é considerado o principal responsável por concretizar no Brasil o processo de institucionalização das ciências naturais, tornando-se um centro de ciência e cultura na corte. Apesar de sua grandeza, isso não impediria que o mesmo sofresse com o corte de verbas que anos mais tarde cooperariam para que o museu fosse vítima de um incêndio de grandes proporções que destruiria parte exorbitante de seu acervo, como veremos a seguir:</p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">Vídeo “História em chamas: o trágico Incêndio do Museu Nacional”: https://www.youtube.com/watch?v=UlKEeszXQYw</p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">Já o museu Paraense, reconstruído durante os governos republicanos, teve a criação de seu discurso voltado para a civilidade e as ciências. Sendo assim, o museu era utilizado em alguns momentos de sua história como um instrumento de civilização das populações que residiam ao seu entorno, mas para que esse processo se concretizasse e fosse possível, muitos nomes importantes passaram pela história do museu, adaptando e melhorando sua estrutura. Entre eles estão: José Veríssimo, Lauro Sodré e Emilio Goeldi, que foi o principal responsável por realizar as maiores mudanças na instituição ao longo dos anos em que permaneceu na direção do museu, entre elas a concretização de um parque zoobotânico que integraria os espaços do museu.</p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">Vídeo “O Parque Zoobotânico do Museu Goeldi”: https://www.youtube.com/watch?v=1lg6aBZ2XgA&t=50s</p><p dir="ltr" style="text-align: justify;"><span class="Apple-tab-span"> </span>Para finalizar, temos o texto “Exposição em museus de ciência: reflexões e critérios para análise” das autoras Maria-Júlia Estefânia Chelini e Sônia Godoy Bueno de Carvalho Lopes, que aborda em suas páginas, os principais objetivos dos museus, que vão desde lazer e educação até servir como meio de informação, para isso o utiliza a exposição para se comunicar com seus visitantes. </p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">Assim, podemos concluir que com o crescimento da divulgação científica, os museus eram reconhecidos como instituições de transmissão desse conhecimento de uma maneira educacional não formal, proporcionando experiências intelectuais e emocionais para o avanço do conhecimento e para educação do público.</p><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><p dir="ltr" style="text-align: justify;">REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS</p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">LOPES, Maria Margaret. O Brasil descobre a pesquisa científica: os museus e as ciências naturais no século XIX. São Paulo: Hucitec, 1997, p. 11-83 (intro e cap1); 323-335 (cap 5).</p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">CHELINI, Maria-Júlia Estefânia; LOPES, Sônia Godoy Bueno de Carvalho. Exposições em museus de ciências: reflexões e critérios para análise. Anais do Museu Paulista. São Paulo. N. Sér. v.16. n.2. jul.- dez 2008, p. 205-238.</p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">SANJAD, Nelson. Cap 3 - Agenda de pesquisa e autoridade científica. In: A Coruja de Minerva: o Museu Paraense entre o Império e a República, 1866-1907. 1. ed. Brasília: Instituto Brasileiro de Museus; Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi; Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz, 2010. v. 1. 496 p.</p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">HISTÓRIA em chamas: o trágico Incêndio do Museu Nacional. Roteiro: Edgar Maciel. Fotografia de AFP, Museu Nacional UFRJ, FAPERJ. [S. l.]: Veja, 2018. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=UlKEeszXQYw. Acesso em: 28 nov. 2022.</p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">O PARQUE Zoobotânico do Museu Goeldi. [S. l.: s. n.], 2014. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=1lg6aBZ2XgA&t=50s. Acesso em: 28 nov. 2022.</p>Editorhttp://www.blogger.com/profile/14460974738710140175noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-142939603372540710.post-36222503436894688162023-01-26T19:32:00.003-08:002023-02-10T10:57:17.409-08:00MUSEUS HISTÓRICOS: MODERNIDADE E NAÇÃOUNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS<div>ATIVIDADE ACADÊMICA CURRICULAR – Disciplina: Tipologia de Museus</div><div>GRUPO: Breno Alves, Henrique dos Santos, João Lucas Salgado Machado, Isabela Taylor, Ordilei, Saulo Marques da Silva. </div><div><br /></div><div><b>MUSEUS HISTÓRICOS: MODERNIDADE E NAÇÃO</b></div><div><br /></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ5T_7hDsZzrhorx5Lxw8Cr9BvpSD_LQh0juRgOozc9YHDzIeDjjfh5WX_FZ6Wq_RpMBi7MFO6PgpIrE4MOUDZ-2DwAKfKIkjtz3wQilCkXn5tOjNfWEv-nO453hOfHy4IjYZU1SnzIV2a/s1600/1674790342692014-0.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ5T_7hDsZzrhorx5Lxw8Cr9BvpSD_LQh0juRgOozc9YHDzIeDjjfh5WX_FZ6Wq_RpMBi7MFO6PgpIrE4MOUDZ-2DwAKfKIkjtz3wQilCkXn5tOjNfWEv-nO453hOfHy4IjYZU1SnzIV2a/s1600/1674790342692014-0.png" width="400" />
</a>
</div><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Os Museus Históricos começam na gênese do Estado Nação moderno, principalmente em uma França revolucionária que buscava ressignificar as obras de arte da nobreza e também mostrar ao público o que era chamado de "verdadeira história" contada a partir de objetos em um museu memória. Com amplo objetivo em preservar o que eram "real e antigo” amostras do passado.</div><div style="text-align: justify;">O Museu histórico “Seria aquele que opera com objetos históricos. Se, contudo, é a dimensão do conhecimento que sobe à tona, é preciso retificar e dizer, que o museu histórico deve operar com problemas históricos, isto é, problemas que dizem respeito à dinâmica na vida das sociedades.” (Meneses, 1994, p.20).</div><div style="text-align: justify;"><b>Museus Históricos no Brasil: </b></div><div style="text-align: justify;">No Brasil, os Museus Históricos nascem a partir de forte cunho militarista. Numa República jovem, que foi instituída com ideais positivistas, com uma política oligárquica muito forte e grande participação dos militares no governo. Isso se reflete nos museus. Podemos destacar os principais museus históricos brasileiros: Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro 1838; Museu Paulista 1894, Museu Histórico Nacional 1922 e Museu Imperial 1940. Vejamos algumas dessas instituições abaixo:</div><div style="text-align: justify;">Museu Paulista:</div><div style="text-align: justify;">A história do museu paulista e de sua estrutura organizacional muda de acordo com a gestão de cada diretor. Nos primeiros anos de funcionamento, o museu Paulista tinha um perfil marcado por ser um ambiente de pesquisa, estudo e exposição das ciências naturais. Em sua parte histórica, o museu funcionava como uma espécie de memorial histórico com a sua expografia não muito organizada. Taunay relata que a parte histórica se parecia com um gabinete de curiosidades e não com uma exposição histórica. O primeiro diretor do museu Paulista foi Hermann Von Ihering, que era um zoólogo e permaneceu na instituição por 23 anos. Taunay chega à direção do museu Paulista no ano de 1917, quando o mesmo começa uma série de mudanças no espaço expográfico e relata a sua insatisfação com o antigo diretor do Museu Paulista. </div><div style="text-align: justify;">De um lado temos Hermann Von Ihering, que se preocupava com as coleções de ciências naturais e esquecia a importância dos objetos históricos que ali compunha. Taunay age de forma diferente e procura fazer um levantamento em outras instituições museológicas de objetos que representassem o sentimento nacionalista e paulista, trazendo assim uma nova organização do espaço que mostre tanto a coleção de ciências naturais, quanto à coleção histórica. </div><div style="text-align: justify;"><b>Museu Histórico Nacional:</b></div><div style="text-align: justify;"> O Museu Histórico Nacional nasceu do sonho do jornalista e político cearense Gustavo Barroso, que lutou desde 1911 para a criação da instituição e depois, como seu primeiro diretor, criou uma história baseada em objetos e heróis, sem grandes preocupações com a linha do tempo. O museu nasceu em meio à Exposição Internacional, no Rio de Janeiro, em 1922, em uma época de visões tecnológicas. O museu ocupa hoje um quarteirão no centro do Rio de Janeiro, e é resultado de obras e reformas que foram se somando ao longo de séculos. A proposta do fundador, Gustavo Barroso, era de o museu ser militar, resgatando a vida de imperadores como heróis, copiando museus europeus. O museu se modernizou depois da saída de Barroso, que ficou 40 anos à frente da instituição. </div><div style="text-align: justify;"><b>Museu Imperial:</b></div><div style="text-align: justify;">O Museu Imperial foi criado com a ideia de preservar a memória de Dom Pedro II na monarquia. Um dos motivos mais fortes que mantém o museu popular é o vínculo que tem entre o edifício em si e o museu. Com um dos objetivos de visar o forte conceito de nação que era dirigida por um governo forte e centralizador, o objetivo central era evocar o monarca. </div><div style="text-align: justify;">Os responsáveis pela instituição não aspiravam à reconstrução fiel do que era o palácio, nunca teve a intenção da reconstrução histórica, a procura era de eternizar valores e manter o sentimento cativo do passado. </div><div style="text-align: justify;">O acervo é constituído por peças que são ligadas à monarquia brasileira, objetos pessoais, documentos, mobiliário e obras de arte, a decoração interna ainda é mantida, pisos em pedras nobres, candelabros, mobília e estuques. </div><div style="text-align: justify;"><b>O Dilema dos Museus:</b></div><div style="text-align: justify;">Ao pesquisar sobre a trajetória e as mudanças dos museus de história, sobretudo no Brasil, a questão que logo surge é talvez a mais básica indagação a respeito do assunto: para que serve um museu de história?</div><div style="text-align: justify;">E como o já citado por Meneses, 1994 respondeu: “O museu de história é aquele que trabalha com problemas históricos”. Mas o que seria um problema histórico?</div><div style="text-align: justify;">A tentativa de responder essa pergunta nos leva aos métodos de apresentação da história pelos museus que se encarregam dessa tarefa. Durante nossa pesquisa, vimos que os museus de história trabalham com dois tipos básicos de métodos expográficos: O primeiro é o que alguns autores chamam de Museu-memória: é o museu mais focado no objeto, que tende a exaltar o passado. “O museu-memória está assim muito próximo dos antiquários, no sentido de requererem uma autenticidade do objeto como parte do passado, como uma lembrança de uma época e não como causa ou destino de um determinado evento histórico” (STEWART, Susan 1984).</div><div style="text-align: justify;">Segundo Santos, 2000. O Museu Histórico Nacional, entre a sua criação em 1922 até a década de 1980 é um exemplo de "museu-memória" e a partir da década de 1980 ele muda sua linguagem expográfica e se torna um "museu-narrativa" - que usa uma concepção de tempo linear e progressiva, tirando o foco do objeto. </div><div style="text-align: justify;">Santos, 2000. Define essa categoria de museu como: (...) “aquele que tem a história racional moderna, e não mais a história que se apoia na memória, como carro chefe da exposição. A narrativa (...) subordina o outro elemento da linguagem museológica que é o objeto. O acervo não é mais quem dita à exposição; ele aparece como auxiliar a narrativa.” (p.69).</div><div style="text-align: justify;">Ambos modelos de museus se desembocam nos tempos atuais em um "museu-espetáculo" - um museu atemporal, que evocam que as lembranças do passado tenham espaço para criarem novos momentos de criatividade e que os atos do passado influam no presente.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7kek_hCRluScyzh8xDSks5zxBcmfmOWIf85KfcfMqcdRB8iP_3zLIvLmPYW2TOPAvg9UVfbByIt-WKgXJU2xlSEaMRwwtroT_g72lDy9U6cKVXyjpnc6edo0atxT3gjFcb7Ntl9hRC3PU/s1600/1674790339638572-1.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7kek_hCRluScyzh8xDSks5zxBcmfmOWIf85KfcfMqcdRB8iP_3zLIvLmPYW2TOPAvg9UVfbByIt-WKgXJU2xlSEaMRwwtroT_g72lDy9U6cKVXyjpnc6edo0atxT3gjFcb7Ntl9hRC3PU/s1600/1674790339638572-1.png" width="400" />
</a>
</div><div style="text-align: justify;"><br /></div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Referências Bibliográficas</b>:</div><div style="text-align: justify;">MENESES, Ulpiano T. Bezerra de. Do teatro da memória ao laboratório da História: a exposição museológica e o conhecimento histórico. Anais do Museu Paulista. Nova Série, São Paulo, v.2, p. 9-42, jan. /dez. 1994</div><div style="text-align: justify;">SANTOS, Myrian Sepúlveda dos. A escrita do passado em museus históricos. Rio de Janeiro: Garamond Universitária, 2006. 142 p.</div><div style="text-align: justify;">SANTOS, Myriam S. Os museus Brasileiros e a constituição do imaginário nacional. Sociedade e Estado [online]. 2000, v. 15, n. 2, pp. 271-302.</div><div style="text-align: justify;">STEWART, Susan. Objects of desire. In:____________. On Longing: Narratives of the Miniature, the Gigantic, the Souvenir, the Collection. Baltimore: The John Hopkins University Press, 1984.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div><br /></div>Editorhttp://www.blogger.com/profile/14460974738710140175noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-142939603372540710.post-12320261182308601962023-01-26T19:22:00.003-08:002023-02-10T10:57:27.905-08:00Os Gabinetes de Curiosidades e a formação das coleções particulares<p dir="ltr" id="docs-internal-guid-3f4f44e3-7fff-7ec2-dd41-673a772585be">UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS - UFMG</p><p dir="ltr">ESCOLA DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO - ECI</p><p dir="ltr">CURSO DE MUSEOLOGIA</p><p dir="ltr">ATIVIDADE ACADÊMICA CURRICULAR: ECI 097 - Tipologia de Museus</p><p dir="ltr">PROFESSOR: Luiz Henrique Assis Garcia</p><p dir="ltr">GRUPO: Anna Carolina Oliveira Souza Santos, Deise Joana Tomé da Silveira, Laura Braga Melo, Sâmela Campos Miranda Alves Andrade, Sofia Prado de Andrade </p><p dir="ltr"><b>Os Gabinetes de Curiosidades e a formação das coleções particulares</b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrN_z47MeCiOi1Lm0zVqBa0tQREP5VpaPneJHv0y4yDMaI2Ery0Rprxhp_VVDTed8IP5Hmp3SvA5i1mCv5H2SKgpYxTuqD1gi9EFWRKXLusbbcZGXyGj_SuT4eFIArEMfZzk463oBD2wzQ/s1600/1674790036192262-0.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrN_z47MeCiOi1Lm0zVqBa0tQREP5VpaPneJHv0y4yDMaI2Ery0Rprxhp_VVDTed8IP5Hmp3SvA5i1mCv5H2SKgpYxTuqD1gi9EFWRKXLusbbcZGXyGj_SuT4eFIArEMfZzk463oBD2wzQ/s1600/1674790036192262-0.png" width="400" />
</a>
</div><br /><p dir="ltr" style="text-align: justify;">Os Gabinetes de Curiosidades, também chamados de Câmara das Maravilhas, são uma tradução da forma do colecionismo que ocorreu entre os séculos XVI e XVIII. Era uma prática realizada por estudiosos e, principalmente, homens da elite social, seja ela do clero ou da aristocracia. A formação dos Gabinetes evidenciava o poder, tanto financeiro quanto intelectual, da pessoa que o constituía, além de ser uma forma de afirmação do seu status.</p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">Os criadores dos Gabinetes eram geralmente polímatas, pessoas especializadas em áreas diferentes, uma vez que não havia uma clara distinção entre os campos do saber. Os objetos presentes eram da categoria naturalia – feitos pela natureza – e artificialia – objetos feitos pelo homem.</p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">Sua formação vinha em parte por causa da curiosidade, especialmente incitada pelo descobrimento das Américas, que produziu um questionamento quanto ao conhecimento até então familiar e incontestado por mais de mil anos. A necessidade de se provar, enxergar e crer nas novas espécies de fauna e flora desse novo território intensificava este interesse. </p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">A produção científica por trás dos Gabinetes de Curiosidades ocorria da seguinte forma: uma “maravilha” era descoberta gerando uma necessidade de explicação do fenômeno presente nesse objeto. O estudo científico surge da percepção de algo novo e fora do comum, Blom ao discorrer a respeito do “dragão” encontrado na região da Bolonha e levado a Aldrovandi, naturalista e importante colecionador da região, menciona que este elaborou um livro com os estudos conduzidos no corpo do animal que tinham como fim a compreensão do que ele era.</p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">A dicotomia entre real e mito também estava presente na formação dos Gabinetes. Não era raro encontrar chifres de unicórnios, rabos de sereia, cabeças de gigantes nas coleções. Esse fenômeno pode ser explicado pela falta de conhecimento dos objetos vindos do resto do mundo, juntamente com o fato de que o Método Científico estava em processo de desenvolvimento, procurando explicar cientificamente muitos desses mitos. </p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">Por causa de sua natureza privada, as coleções tinham um acesso restrito. Os donos que permitiam o contato de outras pessoas com os seus Gabinetes, na maioria das vezes eram artistas, cientistas, colecionadores de uma classe semelhante. Era por meio deste contato que o conhecimento era compartilhado. </p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">Diversas questões contribuíram para a criação de um ambiente favorável à explosão dos gabinetes no século XVI, podemos citar as mudanças religiosas. O forte controle exercido pela Igreja na sociedade européia impactou o caráter das coleções, que estiveram inicialmente restritas ao campo religioso. Com a Reforma Protestante, muitos dogmas se enfraqueceram, abrindo espaço para o aumento significativo dos Gabinetes no século XVI. Outra questão foi o Renascimento que acabou criando uma cultura da curiosidade, onde o "espírito de indagação” do homem fez com que houvesse uma expansão do conhecimento que demanda novas abordagens e novos métodos investigativos, a curiosidade move o conhecimento. </p><p dir="ltr" style="text-align: justify;"><span class="Apple-tab-span"> </span>Os Gabinetes de Curiosidades assumiam diversas formas de acordo com a composição das coleções, podendo ser colocadas dentro de maletas, armários ou até dentro de salas privadas, como ocorria com os studioli. Além disso, as suas características poderiam se alterar conforme o país de origem do colecionador. Na região da atual Alemanha havia o Kunstkammer, o gabinete de arte, o Schatzkammer, o gabinete de curiosidades da natureza, e o Rüstkammer, um armário que continha itens bélicos, desde armaduras e escudos a armas utilizadas em batalhas, muito típico do mundo germânico.</p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">Na Itália o studiolo se apresentava como um cômodo privado, algumas vezes anexado ao quarto do colecionador, ao qual os objetos, especialmente artísticos, ficavam expostos. Outro país que apresentava características próprias eram os Países Baixos, que em teoria por serem uma República sem uma aristocracia dominante e pela presença de uma forte Marinha Mercante, fez com o que o colecionismo se popularizasse na região. </p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">Um dos exemplos da formação de Gabinetes de Curiosidades no Brasil é o caso do Conde de Nassau-Siegen, que durante o seu governo no Brasil Holandês formou uma vasta coleção de itens brasileiros. Ao retornar para os Países Baixos deu vários desses objetos de presente para políticos e pessoas influentes, dentre elas o Rei Luis XIV da França, a fim de ganhar espaço e influência na corte do país. As dádivas de Nassau evidenciam como os Gabinetes de Curiosidades eram um indicador de status social. </p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">Outro exemplo ocorrido no Brasil foi durante o Período Joanino, que patrocinados pela Coroa, os colecionadores portugueses focavam em coleções artísticas, numismáticas, arqueológicas e naturalistas. A chegada da Família Real Portuguesa em meados do século XIX, trouxe consigo, dentre muitas coisas, o forte caráter do colecionismo. O acervo dos membros da família era composto por uma variação considerável de espécimes. Muitas das instituições construídas durante esse período, trazem a narrativa de instrumentos sociais no processo de reafirmação política e cultural para formação da nação com características próprias, apesar de ter um referencial europeu. </p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">A prática do colecionismo não é nova na humanidade, e se os Gabinetes do século XVI eram compostos por itens curiosos e restritos a uma determinada elite social, as coleções modernas, por outro lado, estão inseridas nos mais diversos grupos da sociedade e não possuem, necessariamente, o caráter de pesquisa presente na maioria dos Gabinetes. É fato que alguns tipos de coleções, como as de arte, ainda são restritas a uma camada muito pequena, no entanto, existem outras facetas e particularidades que foram adquiridas por tal prática na contemporaneidade. E são as questões socioeconômicas pautadas pelo sistema capitalista que estão no cerne dessas mudanças.</p><p dir="ltr" style="text-align: justify;">No decorrer da cultura colecionista, acervos formados pelo interesse acadêmico, científico e histórico foram abrindo espaço para coleções motivadas pela nostalgia, saudosismo e encantamento estético, que fazem parte da memória e construção identitária dos indivíduos. Assim, essas práticas foram se tornando mais acessíveis, na medida em que itens aparentemente banais poderiam adquirir grande significado como selos, cartas, moedas e miniaturas. Com o crescimento da sociedade industrial e da popularização do consumo de bens industrializados, empresas começaram a se beneficiar da prática colecionista, criando brindes e embalagens limitadas que passaram a ser guardadas devido a seu apelo estético e ideia de exclusividade, mostrando como a indústria cultural atua nesse meio.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgks4_a1IT5aNWqYemmUdSjM5pwXs19-xrdp7TWyjKpqeUlx83myhYJSty-I5rjf8d6RxdyFgaKcqW8fwJ_BMJyDG3OTwbB4hsR4gu6kPZvuE99MZo5qRvhm-CZUOQewrqq5Nd1gp-I0Ijo/s1600/1674790033217141-1.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgks4_a1IT5aNWqYemmUdSjM5pwXs19-xrdp7TWyjKpqeUlx83myhYJSty-I5rjf8d6RxdyFgaKcqW8fwJ_BMJyDG3OTwbB4hsR4gu6kPZvuE99MZo5qRvhm-CZUOQewrqq5Nd1gp-I0Ijo/s1600/1674790033217141-1.png" width="400" />
</a>
</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><p dir="ltr" style="text-align: justify;">REFERÊNCIAS </p><div style="text-align: justify;"><br /></div><p dir="ltr" style="text-align: justify;">BASCOPE, Kezia Freitas et al. A reforma protestante e seus desdobramentos. Revista Terra & Cultura: Cadernos de Ensino e Pesquisa, [S.l.], v. 38, n. especial, p. 160-180, abr. 2022. ISSN 2596-2809. Disponível em: <<a href="http://periodicos.unifil.br/index.php/Revistateste/article/view/2499">http://periodicos.unifil.br/index.php/Revistateste/article/view/2499</a>>. Acesso em: 04 set. 2022.</p><div style="text-align: justify;"><br /></div><p dir="ltr" style="text-align: justify;">BLOM, Philipp. O dragão e o carneiro tártaro. In: Ter e manter. Rio de Janeiro; São Paulo: Record, 2003, p. 29-42.</p><div style="text-align: justify;"><br /></div><p dir="ltr" style="text-align: justify;">BRIGOLA, João Carlos Pires. O colecionismo joanino. In: Colecções, gabinetes e museus em Portugal no século XVIII.Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2003.</p><div style="text-align: justify;"><br /></div><p dir="ltr" style="text-align: justify;">FRANÇOZO, Mariana de Campos. De Olinda a Holanda: o gabinete de curiosidades de Nassau. Campinas: Editora da Unicamp, 2014, p.169-229.</p><div style="text-align: justify;"><br /></div><p dir="ltr" style="text-align: justify;">HERNÁNDEZ, Francisca Hernández. Manual de museología. Madrid: Síntesis, 1998. </p><div style="text-align: justify;"><br /></div><p dir="ltr" style="text-align: justify;">JANEIRA, A. L. A configuração epistemológica do coleccionismo moderno (séculos XV-XVIII). Episteme, Porto Alegre, n.20, janeiro/junho 2005, pp 23-36.</p><div style="text-align: justify;"><br /></div><p dir="ltr" style="text-align: justify;">LINDBERG, Carter. História da Reforma. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2017.</p><div style="text-align: justify;"><br /></div><p dir="ltr" style="text-align: justify;">LITTLE, Lester K. Religious Poverty and the Profit Economy in Medieval Europe [Pobreza religiosa e a economia do lucro na Europa medieval]. Ithaca: Cornell University Press, 1978</p><div style="text-align: justify;"><br /></div>Editorhttp://www.blogger.com/profile/14460974738710140175noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-142939603372540710.post-70960113049007093012022-12-06T16:15:00.003-08:002022-12-06T16:17:05.948-08:00Visita ao Instituto Moreira Salles - Exposição Xingu: Contatos<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCV0gm1x0EBDKVHj65QTt7jB_K5iIhP7zCP64NGkq2DTtO1I4GU1XqwCkwjILU72YYjgBCwlTW-r74moPo4cKBxCP48Ye7169saQlKXeFhFCzClkwVLE3Hk4PEKl9TS8Go0udvRnVJBUh5kayOuT4bEJg3J25yIFGSC-ibunXEKhTQM4mTPhB_PhlljQ/s3264/P_20221108_115937.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1836" data-original-width="3264" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCV0gm1x0EBDKVHj65QTt7jB_K5iIhP7zCP64NGkq2DTtO1I4GU1XqwCkwjILU72YYjgBCwlTW-r74moPo4cKBxCP48Ye7169saQlKXeFhFCzClkwVLE3Hk4PEKl9TS8Go0udvRnVJBUh5kayOuT4bEJg3J25yIFGSC-ibunXEKhTQM4mTPhB_PhlljQ/w400-h225/P_20221108_115937.jpg" width="400" /></a></div><br /><p></p><p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><p class="MsoNormal">Primeiro território indígena demarcado no Brasil, em 1961, o
Xingu é a casa de populações tradicionais que enfrentam há séculos inúmeras
formas de intervenção e violência e inspiram a luta pelos direitos dos povos
originários. Esses movimentos foram acompanhados por uma profusão de imagens:
de registros de viajantes europeus a documentos de expedições do Estado
brasileiro, da extensa cobertura na imprensa à revolução desencadeada nos
últimos anos pelo audiovisual indígena.</p><p class="MsoNormal">A exposição propõe uma revisão da história dessas imagens,
estabelecendo diálogos entre fotografias e filmes produzidos por não indígenas
desde o século XIX e o trabalho atual de cineastas, artistas e comunicadores de
povos do Xingu e de outras origens. O percurso conta com obras comissionadas a
autores indígenas, itens de arquivos públicos e particulares, e alusões a
outras concepções de imagem presentes nas culturas xinguanas, como grafismos e
narrativas orais.</p><p class="MsoNormal">Parte da história do Xingu está registrada em fotografias
sob a guarda do Instituto Moreira Salles. A exposição é o marco inicial de um
processo de requalificação desse conjunto de imagens, com a colaboração de
pesquisadores e lideranças indígenas, por meio da identificação de pessoas,
locais e situações retratadas. Buscamos, assim, colocar o acervo a serviço da
reflexão crítica sobre a representação dos povos originários na história do
país e do desenvolvimento de novas formas de autorrepresentação indígena.
(texto curatorial de Guilherme Freitas)</p><p class="MsoNormal">Curadoria<br />
Guilherme Freitas e Takumã Kuikuro</p><p class="MsoNormal">Assistência de curadoria<br />
Marina Frúgoli</p><p class="MsoNormal">Online<br />
xingucontatos.ims.com.br<br />
#XinguContatosIMS</p><p>
</p><p class="MsoNormal"> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3mfXs67pqH5tvq_MooTPHkjN9pJJ9xaBIm29CLU9KDsM-Uno8JiuBYB03m_QSGpoPrqzR2BmGBdmq48nh_S8BvqQb8AQVJICgNeYwgghUZKsxElyMeh8jk7jH7-YRmHmt3v2ZaRefjRmn-A3B644KOQ-50YdLTerekfPbi3I7Cg9Ws8NRvrwQMzT-Bg/s1521/P_20221108_114200%20(1).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1521" data-original-width="585" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3mfXs67pqH5tvq_MooTPHkjN9pJJ9xaBIm29CLU9KDsM-Uno8JiuBYB03m_QSGpoPrqzR2BmGBdmq48nh_S8BvqQb8AQVJICgNeYwgghUZKsxElyMeh8jk7jH7-YRmHmt3v2ZaRefjRmn-A3B644KOQ-50YdLTerekfPbi3I7Cg9Ws8NRvrwQMzT-Bg/w246-h640/P_20221108_114200%20(1).jpg" width="246" /></a></div><br /><p dir="ltr" style="background-color: white; box-sizing: inherit; color: #0a0a0a; font-family: "Open Sans", "Helvetica Neue", sans-serif; font-size: 17px; line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 20px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><p></p><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoG6o1lcc3GS1MbR75-c5eSRp_GsbopyDNH4o_RnOhyJgzeKS0FTEj3nqST5-MN6BFIlVbHh3HZ35xofvj7uzummIbIYjgfwopeW3G4sgjqSt6zlbXubg08-jfoOKgbYwKpp7V-ZdlNmHclE5VD6ae3cLaI-09YrFr6GtlVbUKGWz7q6P6l915MEKMTw/s3264/P_20221108_115340.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1836" data-original-width="3264" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoG6o1lcc3GS1MbR75-c5eSRp_GsbopyDNH4o_RnOhyJgzeKS0FTEj3nqST5-MN6BFIlVbHh3HZ35xofvj7uzummIbIYjgfwopeW3G4sgjqSt6zlbXubg08-jfoOKgbYwKpp7V-ZdlNmHclE5VD6ae3cLaI-09YrFr6GtlVbUKGWz7q6P6l915MEKMTw/w400-h225/P_20221108_115340.jpg" width="400" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-pwGcFtYxjx79mhKVb9YI5ig8XMN5D9LCanwVCa6oMW32aUurQlitEkGMHmYfjpdwICGIcPY2k6p2dOF6Dtu8_Dh5S6g9-ji0PNnsz6LOBOLxEG1Kg1jgRI-guHuSGRqIs5DDxDyOpT4nmMZkPTc12zGDbnO1-YGgxD0_V4Zw34E0qma9ebTfrEgHJw/s3264/P_20221108_115624.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1836" data-original-width="3264" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-pwGcFtYxjx79mhKVb9YI5ig8XMN5D9LCanwVCa6oMW32aUurQlitEkGMHmYfjpdwICGIcPY2k6p2dOF6Dtu8_Dh5S6g9-ji0PNnsz6LOBOLxEG1Kg1jgRI-guHuSGRqIs5DDxDyOpT4nmMZkPTc12zGDbnO1-YGgxD0_V4Zw34E0qma9ebTfrEgHJw/w400-h225/P_20221108_115624.jpg" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijlbRC9QE3wxT8DicFUBro90uC_11Ab_pQ3uLXx_Jhh7f3_bqxwsUvrWVMZzucDx0N3kz8FsWH3QNgMbRJNIPlG4p-_5_nazg4zjcWvpiWON6dxkiG5JaYIRtwebPuBg4EytSTG8cx1MiTIghPJzzLn1oXhrgADUYXruotFqQUb6w8dLKswaeXNqkTqA/s3264/P_20221108_115154.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3264" data-original-width="1836" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijlbRC9QE3wxT8DicFUBro90uC_11Ab_pQ3uLXx_Jhh7f3_bqxwsUvrWVMZzucDx0N3kz8FsWH3QNgMbRJNIPlG4p-_5_nazg4zjcWvpiWON6dxkiG5JaYIRtwebPuBg4EytSTG8cx1MiTIghPJzzLn1oXhrgADUYXruotFqQUb6w8dLKswaeXNqkTqA/w360-h640/P_20221108_115154.jpg" width="360" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitI6QHzVAI71poUFY_OKYccQ-oTkJPFL-fQg4BFl9_23WZEjXpZCt9PBdZfRAFc6eS9C1IuTI8qBnSCZQCIV3bLMa0sWnG716AF8xPWq3pI1psq9MomUe0fvDqdBoWx3sefl-JyjyNSZgoufI4usrn7jnVYtH_Yqy-j0P8C-qPM3Fa1OLhqe8_At9TOA/s3264/P_20221108_115715.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1836" data-original-width="3264" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitI6QHzVAI71poUFY_OKYccQ-oTkJPFL-fQg4BFl9_23WZEjXpZCt9PBdZfRAFc6eS9C1IuTI8qBnSCZQCIV3bLMa0sWnG716AF8xPWq3pI1psq9MomUe0fvDqdBoWx3sefl-JyjyNSZgoufI4usrn7jnVYtH_Yqy-j0P8C-qPM3Fa1OLhqe8_At9TOA/w400-h225/P_20221108_115715.jpg" width="400" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTY7fwlYXUu5hC23aZsQtyMDbOVuU-oIObohKLEFeWxX5rtAOootM0nWSpLCJWV2vMqhavjD97P-h1XUMQE0Z11xgXED_NWvzVm5-BQv4y3jKweFVgYeT2f9Gq2rRTvaABrBrdX_zXUNCx_tAMolzBSuyT6XtMpQ6SK7T07vyIedoSTjRdQ9g47x-hNg/s3264/P_20221108_115840.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1836" data-original-width="3264" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTY7fwlYXUu5hC23aZsQtyMDbOVuU-oIObohKLEFeWxX5rtAOootM0nWSpLCJWV2vMqhavjD97P-h1XUMQE0Z11xgXED_NWvzVm5-BQv4y3jKweFVgYeT2f9Gq2rRTvaABrBrdX_zXUNCx_tAMolzBSuyT6XtMpQ6SK7T07vyIedoSTjRdQ9g47x-hNg/w400-h225/P_20221108_115840.jpg" width="400" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPO38Uro7rEc-hsFz8CWVZKZgNX59bmeREHxSUvZaD3rQIOU2zJQtdeEq-wzForJZzju4h-V2LUt9mpSYWKhskrnXqfQb6JZbBKQfj3yBXjFgKh5Y9TLJlPDGaHPSUKDdveLyQX1imSFf4_XakrxDO_2Fu_0rEEasFifXyq_cBiflP2g5j8Q8snbTBrg/s3264/P_20221108_120128.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1836" data-original-width="3264" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPO38Uro7rEc-hsFz8CWVZKZgNX59bmeREHxSUvZaD3rQIOU2zJQtdeEq-wzForJZzju4h-V2LUt9mpSYWKhskrnXqfQb6JZbBKQfj3yBXjFgKh5Y9TLJlPDGaHPSUKDdveLyQX1imSFf4_XakrxDO_2Fu_0rEEasFifXyq_cBiflP2g5j8Q8snbTBrg/w400-h225/P_20221108_120128.jpg" width="400" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBAhSeUZ0qW_FBRqlal_ZMRE5-dbQNAkI83JONKBMUpO4NHe36T2-mw00Wc2FjVBf5hU_eAQyeCsjFQOq3x3qlskT5obdQ-LxCAFRyaiQm4vk_lB_v3za5qu6YSbibYJ8tfXnP8bZ8qNJG8Max5kKGnpaYKV4L54mvqb2YsQjYhM1g1UMJi8DPM8Dztg/s3264/P_20221108_114353.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3264" data-original-width="1836" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBAhSeUZ0qW_FBRqlal_ZMRE5-dbQNAkI83JONKBMUpO4NHe36T2-mw00Wc2FjVBf5hU_eAQyeCsjFQOq3x3qlskT5obdQ-LxCAFRyaiQm4vk_lB_v3za5qu6YSbibYJ8tfXnP8bZ8qNJG8Max5kKGnpaYKV4L54mvqb2YsQjYhM1g1UMJi8DPM8Dztg/w225-h400/P_20221108_114353.jpg" width="225" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHoh5Kw-QYXvdfkTCsXJmKytSdtwaO27TiYaEjmO5FRh6QAn_mfXQ1me-hlfFyI-kqd1Oo9z46CeGl8ysTg3Gk5hm44QVYLLtUrqhatU2vDpoIn2NTaVOFb9JHDeHacXjxBMhQ81OA0NJqPs7k_k5pwyiK0Z93T7HMpIbA53OgLshw3BoOeLtHMQasaA/s3264/P_20221108_114344.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3264" data-original-width="1836" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHoh5Kw-QYXvdfkTCsXJmKytSdtwaO27TiYaEjmO5FRh6QAn_mfXQ1me-hlfFyI-kqd1Oo9z46CeGl8ysTg3Gk5hm44QVYLLtUrqhatU2vDpoIn2NTaVOFb9JHDeHacXjxBMhQ81OA0NJqPs7k_k5pwyiK0Z93T7HMpIbA53OgLshw3BoOeLtHMQasaA/w225-h400/P_20221108_114344.jpg" width="225" /></a></div><br /><p dir="ltr" style="background-color: white; box-sizing: inherit; color: #0a0a0a; font-family: "Open Sans", "Helvetica Neue", sans-serif; font-size: 17px; line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 20px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;"><br /><br /></p><p dir="ltr" style="background-color: white; box-sizing: inherit; color: #0a0a0a; font-family: "Open Sans", "Helvetica Neue", sans-serif; font-size: 17px; line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 20px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><p class="MsoNormal">https://ims.com.br/exposicao/xingu-contatos_ims-paulista/</p></div><br /><br /><p></p>Editorhttp://www.blogger.com/profile/14460974738710140175noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-142939603372540710.post-59664018456779550502022-11-22T10:29:00.008-08:002022-11-23T06:26:56.953-08:00Visita ao Intituto Tomie Ohtake - Exposição "O Rinoceronte: 5 séculos de gravuras do Museu Albertina"<p style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;">No último dia de uma recente visita a São Paulo, aproveitei a dica do colega Amilcar Almeida Bezerra e fui conferir a exposição de gravuras da coleção do Museu Albertina no Instituto Tomie Ohtake. Obras de tirar o fôlego, inclusive a que dá título à mostra, da lavra de <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Albrecht_D%C3%BCrer" target="_blank">Albrecht Dürer</a>, que ilustra um incontável número de livros, em campos tão diferentes quanto a biologia, a história e as artes. Entre outros trabalhos de artistas que admiro, me emocionou muito o "Modo de voar" de <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_de_Goya" target="_blank">Goya</a>, pela minha paixão de infância pela aviação, e por ilustrar a capa de um dos livros mais marcantes pra mim em toda a historiografia, "A noite dos proletários" de Jacques Rancière. Encontrei claro outros favoritos, como Klimt, Klee, Munch e <span>Toulouse-Lautrec</span> - evidente a preferência pela passagem século XIX-XX do coração... A disposição é essencialmente cronológica e não há maiores discussões ou criatividades expográficas. Depois de ter passado por exposições inovadoras no Museu do Ipiranga e na Pinacoteca, ficou uma certa sensação de acomodação, com seus prós e contras. Certamente que seria possível ir além da narrativa óbvia e valorizar mais o esforço de trazer uma coleção de valia como essa, e ainda precisamos insistir mais para que exposições de arte, mesmo canônicas, ambicionem ser mais efetivas em alcançar um público menos acostumado e familiarizado com tal linguagem e seus lugares-comuns, como já foi provado em outras ocasiões e instituições. Isso dito, é perfeitamente possível reconhecer a maestria dos traços de grandes artistas que atravessam os séculos. </span><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiVfifI_354TkSrPyTTFpPzQBzQgDUOvwLlja0LU2Iq_1-HSIR_FpkjHxc3VZtMepKrMFYdD6hai5UCU6IVAvMpt1uA2APWGyYXI0RfG_XVzOtO0Ui4gBSgRP89_Wi3lOoBDd0n98ROauUtvmlS5En8irYvx-ZDJH8oblFfDEewF3MMk661PizED-kVmg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="300" data-original-width="644" height="149" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiVfifI_354TkSrPyTTFpPzQBzQgDUOvwLlja0LU2Iq_1-HSIR_FpkjHxc3VZtMepKrMFYdD6hai5UCU6IVAvMpt1uA2APWGyYXI0RfG_XVzOtO0Ui4gBSgRP89_Wi3lOoBDd0n98ROauUtvmlS5En8irYvx-ZDJH8oblFfDEewF3MMk661PizED-kVmg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt;">Do site: <a href="https://www.institutotomieohtake.org.br/exposicoes/interna/gravuras-do-museu-albertina" target="_blank">https://www.institutotomieohtake.org.br/exposicoes/interna/gravuras-do-museu-albertina </a><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt;">"Os
trabalhos reunidos em O Rinoceronte: 5 Séculos de Gravuras do Museu
ALBERTINA são provenientes do maior acervo de desenhos e gravuras do
mundo, o The ALBERTINA Museum Vienna, fundado em 1776, em Viena, que conta com
mais de um milhão de obras gráficas. A seleção das 154 peças para esta mostra,
organizada pelo curador chefe do museu austríaco, Christof Metzger, em diálogo
com a equipe de curadoria do Instituto Tomie Ohtake, é mais um esforço da
instituição paulistana de dar acesso ao público brasileiro a uma coleção de
história da arte, não disponível em acervos do país.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt;">Com
trabalhos de 41 mestres, do Renascimento à contemporaneidade, a exposição, que
tem patrocínio da CNP Seguros Holding Brasil, chega a reunir mais de dez
trabalhos de artistas célebres, para que o espectador tenha uma visão
abrangente de suas respectivas produções em série sobre papel. “A exposição
constrói uma ponte desde as primeiras experiências de gravura no início do
século XV, pelos períodos renascentista, barroco e romântico, até o modernismo
e à arte contemporânea, com gravuras mundialmente famosas”, afirma o curador.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt;">O
recorte apresentado traça um arco, com obras de 1466 a 1991, desenhado por
artistas marcantes em suas respectivas épocas, por meio de um suporte que, por
sua capacidade de reprodução, desenvolvido a partir do final da Idade Média, democratizou
ao longo de cinco séculos o acesso à arte. O conjunto, além de apontar o
aprimoramento das técnicas, consegue refletir parte do pensamento, das
conquistas e conflitos que atravessaram a humanidade no período.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt;">Do
Renascimento, cenas camponesas, paisagens, a expansão do novo mundo pautado
pela razão e precisão técnica desatacam-se nas calcogravuras (sobre placa de
cobre) de Andrea Mantegna (1431–1506), as mais antigas da mostra, e de Pieter
Bruegel (1525–1569), e nas xilogravuras de Albrecht Dürer (1471 - 1528),
pioneiro na criação artística nesta técnica, cuja obra “Rinoceronte” (1515) dá
nome à exposição. O artista, sem conhecer o animal, concebeu sua figura somente
por meio de descrições. O processo, que ecoou em Veneza, fez com que Ticiano (1488
– 1576) fosse o primeiro a permitir reprodução de suas obras em xilogravura por
gravadores profissionais. Já a gravura em ponta seca, trabalho direto com o
pincel mergulhado nas substâncias corrosivas, possibilitava distinções no
desenho e atingiu o ápice nas obras de Rembrandt (1606–1669), que acrescentou
aos valores da razão renascentista a sua particular fascinação pelas sombras.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt;">Nos
séculos XVII e XVIII, possibilitou-se com a meia tinta, o efeito sfumato, e com
a água tinta, a impressão de diversos tons de cinza sobre superfícies maiores.
Francisco José de Goya y Lucientes (1746–1828) foi um dos mestres desta
técnica, aprofundando a questão da sombra em temas voltados à peste e à
loucura. Enquanto Giovanni Battista Piranesi (1720–1778) tem a arquitetura como
tônica de suas gravuras em água forte, na mesma técnica Canaletto (1697–1768)
constrói panoramas de Veneza.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt;">No
século XIX com a descoberta da litografia, com o clichê e a autotipia foi
possível realizar a impressão em grandes tiragens sem desgaste da chapa de
impressão e a consequente perda de qualidade associada ao processo. Diante
disso, artistas tiveram disponível um amplo espectro de técnicas, a exemplo de
Henri de Toulouse-Lautrec (1864–1901), o primeiro pintor importante a se
dedicar também ao movimento artístico dos cartazes. A metrópole, sua face
boêmia e libertina foram amplamente reproduzidas pelo francês, um dos
pós-impressionistas, como Édouard Vuillard (1868–1940), que revolucionaram a
cromolitografia e influenciaram artistas do final do século XIX e começo do XX,
como Edvard Munch (1863–1944), precursor do Expressionismo, movimento no qual
notabilizaram-se Ernst Ludwig Kirchner (1880–1938), Max Beckmann (1884–1950) e
Käthe Kollwitz (1867–1945). Das joias da coroa austríaca estão dois de seus
principais representantes: Gustav Klimt (1862–1918) e Egon Schiele (1890–1918).
Como reação ao expressionismo, encontra-se George Grosz (1893–1959), um dos
fundadores da Nova Objetividade, corrente de acento realista e figurativo que
respondeu ao febril Período entreguerras.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt;">A
exposição, realizada com a colaboração da Embaixada da Áustria no Brasil, reúne
outros nomes seminais da história da arte moderna como Paul Klee (1879–1940),
um conjunto de várias fases de Pablo Picasso (1881–1973), Henri Matisse (1869–1954),
Marc Chagall (1887–1985); alcança ainda artistas pop, que se utilizaram
particularmente da serigrafia a partir de 1960, como Andy Warhol (1928–1987),
até chegar nos mais contemporâneos como Kiki Smith (1954–), além de outros
mestres do século XX."</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt;"> </span></p></div><p style="background-color: white; box-sizing: inherit; font-family: Abel; font-size: 16px; margin: 1rem 0px; text-align: justify;"></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhosLWO3KO_Ip4DhUw_hRWhq21waZZ6KmU7zTr1m9_k_jV4o91ErH2PLNoLpxSLd57dQVEHdk5goyWzM4FqkNjCWFbT2GZCZoXpPsJ2J9kdS0D03VmQ2Icm08P-fhhtkQXtvw5OO5Wq0x80OGfpUjLLL8n3iYeU37h3tbsRMnmr_IG1veTZYCF4uIbW9Q" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img alt="" data-original-height="403" data-original-width="599" height="269" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhosLWO3KO_Ip4DhUw_hRWhq21waZZ6KmU7zTr1m9_k_jV4o91ErH2PLNoLpxSLd57dQVEHdk5goyWzM4FqkNjCWFbT2GZCZoXpPsJ2J9kdS0D03VmQ2Icm08P-fhhtkQXtvw5OO5Wq0x80OGfpUjLLL8n3iYeU37h3tbsRMnmr_IG1veTZYCF4uIbW9Q=w400-h269" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Francisco Goya, Os provérbios: modo de voar. 1810-1815</td></tr></tbody></table><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEint_MVCuiNmitobTxNdYKrUvOdyEa100nBS8YifrsYKy1eCUaUMAEgLIo9W9KgjWZyL17-b7S5Y4NnqpP0ByCQi4KgJzgg7iH7x3jsSo4Sg6X-HkH3LEbY62JaJBWh_r009Z4BLDoLshSkT9ZT-ZXV-BZMz3iyEAL_8RJDxe4JtVg6exZaokp7JSTraA" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img alt="" data-original-height="510" data-original-width="1024" height="199" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEint_MVCuiNmitobTxNdYKrUvOdyEa100nBS8YifrsYKy1eCUaUMAEgLIo9W9KgjWZyL17-b7S5Y4NnqpP0ByCQi4KgJzgg7iH7x3jsSo4Sg6X-HkH3LEbY62JaJBWh_r009Z4BLDoLshSkT9ZT-ZXV-BZMz3iyEAL_8RJDxe4JtVg6exZaokp7JSTraA=w400-h199" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Jacopo Barbari, Vista de Veneza. 1500</td></tr></tbody></table><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjs1htxorUXFtXfBSQkGi5yLKsh0iGiAAK6kop6p-RuEFFU62CMoBhxNJ2GYODJx4aE88ZpnC9CEM7Z08MyBzHKpP1F2y8yKij_iqrIy36bkd4ceRwE1e879oD-zehEnjnYXepTjLU45W7C2yFzTRjg-Mpkcczg4MewS1AAWMUuaa_jvFX0oP0CHmHDjQ" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img alt="" data-original-height="815" data-original-width="1024" height="318" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjs1htxorUXFtXfBSQkGi5yLKsh0iGiAAK6kop6p-RuEFFU62CMoBhxNJ2GYODJx4aE88ZpnC9CEM7Z08MyBzHKpP1F2y8yKij_iqrIy36bkd4ceRwE1e879oD-zehEnjnYXepTjLU45W7C2yFzTRjg-Mpkcczg4MewS1AAWMUuaa_jvFX0oP0CHmHDjQ=w400-h318" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Pieter Brugel, o velho. A tentação de St. Antônio, 1556</td></tr></tbody></table><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjpEIeWkVaKRK5F-6M5ZA9lx-JuAtbw329UQnzqLNJCDzrawSRYq3-Ctv_UkUmXwqYtefvdGGH2_JivJ04YZMnK2qhKCnaKUzkEIxL9rXjPsMKi0LHrtbe9vrj8ynGFSs2Q_4gM7ETyEixm19fTCDjI7xIhf91vaMfghtjKJgMRRklWWwFdUCm6ExVPEA" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img alt="" data-original-height="624" data-original-width="800" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjpEIeWkVaKRK5F-6M5ZA9lx-JuAtbw329UQnzqLNJCDzrawSRYq3-Ctv_UkUmXwqYtefvdGGH2_JivJ04YZMnK2qhKCnaKUzkEIxL9rXjPsMKi0LHrtbe9vrj8ynGFSs2Q_4gM7ETyEixm19fTCDjI7xIhf91vaMfghtjKJgMRRklWWwFdUCm6ExVPEA" width="308" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Paul Klee, Virgem na árvore. 1903</td></tr></tbody></table><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiCPm75Fq2chVfI2cTAUZug9hloMPgZG6dTBewqN20bvDjgjG3T1Ji2iqJDJccS1Zg5BXG5G9bDJsT2iXbYe09uE_UTqgO1mZauTsPFPzpCKNKR-eekcfhHciPeORaj-OfvlPPJ0Npva0XHERFg1_R9lETqMx1P2XL1gAJp1pvDeRGlJkETAR9sOL5P-w" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img alt="" data-original-height="1200" data-original-width="817" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiCPm75Fq2chVfI2cTAUZug9hloMPgZG6dTBewqN20bvDjgjG3T1Ji2iqJDJccS1Zg5BXG5G9bDJsT2iXbYe09uE_UTqgO1mZauTsPFPzpCKNKR-eekcfhHciPeORaj-OfvlPPJ0Npva0XHERFg1_R9lETqMx1P2XL1gAJp1pvDeRGlJkETAR9sOL5P-w=w272-h400" width="272" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Gustav Klimt, põster da 1ª Exposição de Arte da Associação dos Artistas Plásticos de Sucessão Austríaca (após a censura). 1898 </td></tr></tbody></table><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjqt1fMSTqrM6OL0TJCQo1_8wYfPoFqzXTALRKx3NzcGj1RuAJpsQbNOmU7K2y62hgN1qz5SuKf_lOa4xnIQcoEcUK3EFYsfcdV2cZR2XauvWLJo3D9RQKzeB6BYnJ5_2iHKB51UaNiSQ7WC6ewnIrqPFm12UEmRQ7BFj_F3Of3WywW3zyXSL2egpsbpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img alt="" data-original-height="1182" data-original-width="887" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjqt1fMSTqrM6OL0TJCQo1_8wYfPoFqzXTALRKx3NzcGj1RuAJpsQbNOmU7K2y62hgN1qz5SuKf_lOa4xnIQcoEcUK3EFYsfcdV2cZR2XauvWLJo3D9RQKzeB6BYnJ5_2iHKB51UaNiSQ7WC6ewnIrqPFm12UEmRQ7BFj_F3Of3WywW3zyXSL2egpsbpg" width="225" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Albrechet Dürer, O monstro marinho. 1493 </td></tr></tbody></table><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhABaMf0MA3fMxTXgAivoe0OB8Toz-aDKyMPiXGUwVL_LksdF2NQGQq39CCS3GR-W1TW0Xdh4fh5d1BPr27ra0fhnyN3AePxfGFIdW0I9slcbgaIDs7QXnpFyCWlIMZa5I13A0JltOV5qRle9jqQHaxs3QlfhOe9rbKfg3YtcsgYFDVyufI5i8FfIfskQ" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img alt="" data-original-height="715" data-original-width="563" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhABaMf0MA3fMxTXgAivoe0OB8Toz-aDKyMPiXGUwVL_LksdF2NQGQq39CCS3GR-W1TW0Xdh4fh5d1BPr27ra0fhnyN3AePxfGFIdW0I9slcbgaIDs7QXnpFyCWlIMZa5I13A0JltOV5qRle9jqQHaxs3QlfhOe9rbKfg3YtcsgYFDVyufI5i8FfIfskQ=w315-h400" width="315" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Marc Chagall, Os Pintores. 1923-1927 </td></tr></tbody></table><br /><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjQ08dmBOxWga7J7GvbocLifNtQDq9B4nWwNqFTmguTZlgM8fyeaylB7bUZOpTWP4M-MuOIwk1179OOyMnfLTIZ1_jnRSbnYAmxAjNmeMuqqB_QlZLEWY3XVrmLjv1LBLVN6_5Ao3gpQjD1uHaW_iAy2u5i31SmzpxeLDBsx0S5_cGe5KL6HFosd7fAhQ" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img alt="" data-original-height="3264" data-original-width="1836" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjQ08dmBOxWga7J7GvbocLifNtQDq9B4nWwNqFTmguTZlgM8fyeaylB7bUZOpTWP4M-MuOIwk1179OOyMnfLTIZ1_jnRSbnYAmxAjNmeMuqqB_QlZLEWY3XVrmLjv1LBLVN6_5Ao3gpQjD1uHaW_iAy2u5i31SmzpxeLDBsx0S5_cGe5KL6HFosd7fAhQ=w225-h400" width="225" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Edvard Munch, Madonna. 1895-1902</td></tr></tbody></table><br /><br /><br /><p></p><p style="background-color: white; box-sizing: inherit; font-family: Abel; font-size: 16px; margin: 1rem 0px; text-align: justify;"><br /></p><p style="background-color: white; box-sizing: inherit; margin: 1rem 0px; text-align: justify;"><a href="https://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/1742048718634718-veja-obras-da-exposicao-o-rinoceronte">Algumas obras pela Folha de São Paulo</a><br /></p>Editorhttp://www.blogger.com/profile/14460974738710140175noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-142939603372540710.post-90791923493760075332022-11-07T10:27:00.007-08:002022-11-07T10:33:28.438-08:00Dedo de Prosa no Museu Histórico Abílio Barreto<p> <span style="font-size: 11pt; font-weight: 700; text-align: center; white-space: pre-wrap;">UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS – ESCOLA DE CIÊNCIAS DA INFORMAÇÃO - GRADUAÇÃO EM MUSEOLOGIA</span></p><span id="docs-internal-guid-e4d90659-7fff-5c64-7c74-901324add92d"><p dir="ltr" style="line-height: 1.295; margin-bottom: 8pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">DISCIPLINA FUNÇÃO SOCIAL DOS MUSEUS</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.295; margin-bottom: 8pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">TRABALHO FINAL – ALFREDO L. VIEIRA, DAISE G. CARVALHO, MARIA BEATRIZ M. SILVA, VITOR G. SANTOS</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.295; margin-bottom: 8pt; margin-top: 0pt; text-align: center;"><span style="font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">“DEDO DE PROSA” NO PARQUE DO MUSEU HISTÓRICO ABÍLIO BARRETO </span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.295; margin-bottom: 8pt; margin-top: 0pt; text-align: center;"><span style="font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"></span></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAA9x0ZxiTKg8WwfN6T64XlW5VwoL-oyXKLzv1fRhvIhFrTZeg06yBoCRISUhEbT8LdKa-M4KnzsM_1-deoWC_9UOS9vdIllwdQIQGvnIiqjrZf4RT2z2DeKoOoBP3blS7tPZY8ghP7y4BkAEgP0_gQAab_TFfUq9dxLtAwd7gixa3hqML6do7AOCE7g/s1261/Foto%201.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="769" data-original-width="1261" height="244" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAA9x0ZxiTKg8WwfN6T64XlW5VwoL-oyXKLzv1fRhvIhFrTZeg06yBoCRISUhEbT8LdKa-M4KnzsM_1-deoWC_9UOS9vdIllwdQIQGvnIiqjrZf4RT2z2DeKoOoBP3blS7tPZY8ghP7y4BkAEgP0_gQAab_TFfUq9dxLtAwd7gixa3hqML6do7AOCE7g/w400-h244/Foto%201.png" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">1 - capa do trabalho</td></tr></tbody></table><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div></span><p></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.295; margin-bottom: 8pt; margin-top: 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Para elaboração do trabalho final desta disciplina, consideramos que o museu, enquanto instituição, assume a função social de servir a sua comunidade, estabelecendo comunicação contínua com a mesma. Além disso, através de ações articuladas com o acervo, ele deve munir a sociedade de aparato representacional potente, capaz de projetar questões concernentes ao contexto daquelas pessoas, fazendo-as refletir sobre estruturas e processos presentes em suas próprias vidas. Podemos observar a importância deste processo através de um trecho da Mesa Redonda de Santiago que fala que o museu </span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.295; margin-bottom: 8pt; margin-left: 198pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">“pode contribuir para o engajamento destas comunidades na ação, situando suas atividades em um quadro histórico que permita esclarecer os problemas atuais, isto é, ligando o passado ao presente, engajando-se nas mudanças de estrutura em curso e provocando outras mudanças no interior de suas respectivas realidades nacionais.” (Mesa Redonda de Santiago, 1972)</span></p><br /><div style="line-height: 1.8; margin-bottom: 8pt; margin-top: 0pt; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;"><span style="font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> Para explorar os efeitos que o museu exerce ao cumprir (ou não) sua função social, consideramos pertinente nos focar em um museu de cidade. O Museu Histórico Abílio Barreto (MHAB) foi inaugurado em 1943, com o objetivo de dedicar-se à produção e à difusão de conhecimento sobre a cidade de Belo Horizonte. Porém, esta pesquisa se foca muito menos no edifício sede ou no casarão da Fazenda do Leitão, e sim nos jardins do museu. Esses jardins, segundo descrição encontrada no site da Prefeitura de Belo Horizonte, foram concebidos para serem locais de educação e lazer. Certamente há uma programação cultural frequente nos jardins, e o museu possui acervo em sua área externa, porém algumas dúvidas permanecem: esses eventos convidam a população a desfrutar do museu como um todo? Os jardins são vistos apenas como espaços de entretenimento sem relação nenhuma com o MHAB? As pessoas que frequentam esse espaço estão cientes de que ele pertence ao conjunto arquitetônico e de funcionamento do museu? E como averiguar as noções que as pessoas têm a respeito do museu e de seus jardins?</span></div><div style="line-height: 1.8; margin-bottom: 8pt; margin-top: 0pt; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;"><span style="font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span id="docs-internal-guid-a5b9acfd-7fff-c734-d7ee-3475619db6ef"><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 8pt; margin-top: 0pt; text-indent: 14.15pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">Para realizarmos a proposta, nos dividimos em 2 duplas, e cada uma visitou o museu para realizar a pesquisa de campo em dias diferentes, a primeira dupla foi em um dia de semana, onde não havia muito movimento e as pessoas estavam menos acanhadas a interagirem com os entrevistadores, já a segunda dupla, foi em um domingo, onde especialmente, ocorreu a realização de um show no local. Neste dia, foi bem mais fácil a realização do trabalho, pois as pessoas estavam mais abertas para o diálogo (inclusive um dos entrevistadores tomou uma cerveja oferecida pelo entrevistado). Foram realizadas entrevistas bastante amistosas nesse dia, houve uma grande troca de experiências, principalmente por parte dos entrevistados, onde eles compartilharam diversos momentos e fatos de sua vida, que principalmente, se relacionavam com o museu. O clima amistoso estava mais que comprovado, pois ao longo das entrevistas as próprias pessoas que estavam passeando pelo local, estavam interagindo entre si, comentando sobre diversos assuntos, sendo eles, política, o museu, o cantor que se apresentou e etc.</span></p><div><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;"><br /></span></div></span></span><h1><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSUPrKdzJi1eOt2k65dzN-idfOdXSpifFOUWY-2or5b8tKgpul-lO0t04EtC7AEb5YUy3EMb8UV0LJe2q2SnzF5ocyhpmrYKAPt2GWxCV_4_jP8yvcSEgH88jaUFb5YbgDONTzZUHamc6j_0dqn9FkqEMEtyvoBk2kjV0M12ippJoLzYqHZI8izrXtWA/s769/Foto%202.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="416" data-original-width="769" height="216" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSUPrKdzJi1eOt2k65dzN-idfOdXSpifFOUWY-2or5b8tKgpul-lO0t04EtC7AEb5YUy3EMb8UV0LJe2q2SnzF5ocyhpmrYKAPt2GWxCV_4_jP8yvcSEgH88jaUFb5YbgDONTzZUHamc6j_0dqn9FkqEMEtyvoBk2kjV0M12ippJoLzYqHZI8izrXtWA/w400-h216/Foto%202.png" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">2 - Visitantes do jardim do Museu Histórico Abílio Barreto e Casarão ao fundo</td></tr></tbody></table></h1></div><div style="line-height: 1.8; margin-bottom: 8pt; margin-top: 0pt; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;"><br /><div><span id="docs-internal-guid-48b41c2f-7fff-d0ee-58b4-b81a3b5adcbb"><div style="line-height: 1.295; margin-bottom: 8pt; margin-top: 0pt;"><span face="Calibri, sans-serif" style="font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Já pelos resultados, podemos extrair algumas coisas interessantes, primeiro devemos observar a faixa etária dos entrevistados, que flutua em uma média entre os 35 e 60 anos (haviam algumas que tinham idades fora desse espectro). Outra coisa interessante a se notar é sobre o que as pessoas acham do local, uma grande maioria fez grandes elogios, falas como “local de terapia” e de “descanso emocional” foram frequentes, mostrando que a calmaria e a tranquilidade do lugar é um ponto forte na atração do público., e sobre a duração da permanência dos visitantes na praça é bem variável , tendo visitantes que informaram ficar no local por até 4 horas, assim sendo possível concluir que falta de tempo para a visitação ao museu, não é um problema na maioria dos casos. Já sobre a pergunta que falava sobre a entrada no museu, podemos identificar 2 respostas interessantes, uma onde o entrevistado disse que o museu era interessante, mas “não muito convidativo” e outra onde um estrangeiro entrevistado disse não ter entrado pois o idioma predominante no museu é o português. Essas respostas nos levam a pensar numa possibilidade de intervenção no museu que faça com que ele seja mais atrativo para o público, podendo ser por exemplo, a inserção de legendas em outros idiomas (visto que Belo Horizonte é uma cidade que atrai muitos turistas) e também alguma ação que faça com que o público se sinta cativado a entrar. Sobre a história da casa onde o museu está localizado, grande parte estava ciente, mas quando falamos sobre o outro prédio, a situação muda, vários entrevistados diziam não saber sobre a função do edifício, mostrando a nós uma noção territorial do museu limitada (deve ser combatida com ações que introduzem a área local e os seus arredores aos visitantes da praça). Após o final da entrevista, convidamos os entrevistados a participarem de uma roda de conversa e uma visita ao museu, para conversarmos um pouco sobre o lugar e fazer uma troca de experiências, porém, nenhum entrevistado se disponibilizou.</span></div><div><span face="Calibri, sans-serif" style="font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div></span></div></div><span id="docs-internal-guid-eb6cbe02-7fff-2d0a-dbe8-005b306a1e45"><h2 style="line-height: 1.295; margin-bottom: 8pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">REFERÊNCIAS</span></h2><p dir="ltr" style="line-height: 1.295; margin-bottom: 8pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">IBRAM, Instituto Brasileiro de Museus & Programa Ibermuseus. </span><span style="font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Mesa redonda sobre la importancia y el desarrollo de los museos em el mundo contemporáneo: Mesa Redonda de Santiago de Chile, 1972.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.44; margin-bottom: 0pt; margin-top: 16pt;"><span style="font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">MOUTINHO, M.. Sobre o conceito de museologia social. </span><span style="font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">C</span><span style="font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">adernos de Sociomuseologia</span><span style="font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> Centro de Estudos de Sociomuseologia</span><span style="font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">, América do Norte, 1, Mai. 2009.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.44; margin-bottom: 0pt; margin-top: 16pt;"><span style="font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">PREFEITURA DE BELO HORIZONTE. </span><span style="font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Museu Histórico Abílio Barreto - MHAB</span><span style="font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">. [</span><span style="font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">S. l.</span><span style="font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">], 25 jan. 2018. Disponível em: https://prefeitura.pbh.gov.br/fundacao-municipal-de-cultura/museus/mhab. Acesso em: 9 out. 2022.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.44; margin-bottom: 0pt; margin-top: 16pt;"><span style="font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">PREFEITURA DE BELO HORIZONTE. </span><span style="font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">BH em Cantos: Museu Histórico Abílio Barreto</span><span style="font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">. [</span><span style="font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">S. l.</span><span style="font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">], 17 ago. 2017. Disponível em: https://prefeitura.pbh.gov.br/noticias/bh-em-cantos-museu-historico-abilio-barreto. Acesso em: 9 out. 2022.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.44; margin-bottom: 0pt; margin-top: 16pt;"><span style="font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">ROSAS MANTECON, Ana. U</span><span style="font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">sos y desusos del patrimonio cultural: retos para la inclusión social en la ciudad de México.</span><span style="font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> An. mus. paul.</span><span style="font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> [online]. 2005, vol.13, n.2 [cited 2014-08-19], pp. 235-256 .</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.44; margin-bottom: 0pt; margin-top: 16pt;"><span style="font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">SANTOS, M. Capítulo IV - reflexões sobre a nova museologia. </span><span style="font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Cadernos de Sociomuseologia</span><span style="font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> Centro de Estudos de Sociomuseologia</span><span style="font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">, América do Norte, 18, Jun. 2009.</span></p><div><span style="font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div></span><p dir="ltr" style="line-height: 1.295; margin-bottom: 8pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span id="docs-internal-guid-98a7310a-7fff-00a4-732f-82a779335ab6"></span></span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 8pt; margin-top: 0pt; text-align: justify; text-indent: 14.15pt;"><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><p></p><div><span style="font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div>Editorhttp://www.blogger.com/profile/14460974738710140175noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-142939603372540710.post-36504911337165632372022-11-07T10:18:00.003-08:002022-11-23T06:57:14.176-08:00Proposta para o Museu de Artes e Ofícios - Legendas expandidas como intervenção <div><div style="text-align: justify;">Grupo responsável pelo trabalho de intervenção museal proposta dentro da disciplina Função Social dos Museus :</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Evelyn Martins</div><div style="text-align: justify;">Juliane Martins</div><div style="text-align: justify;">Kézia Miguel</div><div style="text-align: justify;">Vitú de Souza</div><h2 style="text-align: justify;">Museu de Artes e Ofícios (MAO)</h2><div style="text-align: justify;">O Museu de Artes e Ofícios é constituído pela coleção de objetos industriais e pré-industriais, que pautam as narrativas dos trabalhos exercidos na região de Minas Gerais.</div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Sua composição enquanto museu, partiu de uma frente de trabalho que envolveu diversos pesquisadores da Museologia, oriundos de perspectivas diferentes tanto sobre o acervo e exposição do museu, quanto a narrativa central do museu em si.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A assinatura da Expografia por Maria Ignez, dentro do projeto museográfico de Pierre Catel, apontou para uma perspectiva rasa e conivente do que foram os trabalhos forçados no Brasil, ponto este que inaugura uma ruptura na curadoria do museu já no início do projeto. O historiador Nicolau Sevcenko entendia que o Museu de Artes e Ofícios tinha o dever de contextualizar o trabalho escravo no Brasil, em seu texto de consultoria.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><h2 style="text-align: justify;">O Acervo Flávio Gutierrez</h2><div style="text-align: justify;">Dentre o acervo com diversos objetos (de aspecto) tecnológico sobre a evolução do trabalho humano no Brasil, observamos uma divisão de objetos de comércios, objetos de saberes específicos e de uso doméstico.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Todos recolhidos durante a acumulação de pertences matérias da Coleção Flávio Gutierrez, durante sua composição no Museu, muito se reflete no remanejamento desse acervo, entretanto nos relatórios e nas pesquisas pós composição do Museu, não surge o questionamento de o que leva um colecionador de objetos reunir em seu entendimento pessoal de patrimônio próprio, objetos que são vinculados ao</div><div style="text-align: justify;">trabalho escravo no Brasil.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Afinal, porque expor uma balança de escravizados de uma coleção privada, numa</div><div style="text-align: justify;">cidade republicana?</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://i.em.com.br/fDSSIMMOI1ZpzfGuUp94TxqHSqU=/332x0/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2021/06/20/1278251/20210618175733176113u.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="443" data-original-width="332" height="443" src="https://i.em.com.br/fDSSIMMOI1ZpzfGuUp94TxqHSqU=/332x0/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2021/06/20/1278251/20210618175733176113u.jpg" width="332" /></a></div><br /> </div><h2 style="text-align: justify;">A Balança de Escravizados</h2><div style="text-align: justify;">A Balança de Escravizados, presente na exposição do MAO, está disposta sem qualquer reflexão e problematização, pois corrobora com o processo de espetacularização da memória colonial, revivendo imageticamente o poder e tirania de uma elite colonial, que pautou e subjugou a produção industrial sob o trabalho forçado.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div><div style="text-align: justify;">Tanto a comissão curatorial do museu quanto diversos pesquisadores, entram em dissenso sobre a efetividade daquele objeto, bem como sua contribuição com o restante do acervo. Ciente disso, e em respeito a sua expografia original e restritamente inalterada, realiza um processo de apagamento de sua existência, agindo tal qual a sociedade brasileira, prática com o racismo todos os dias.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ao expor a Balança é necessário refletir que o Tráfico de Africanos pelo oceano Atlântico, escravizou, estuprou e torturou mais de 4 milhões de pessoas, por um período de tempo de 3 séculos (XVI ao XIX). Sendo desta maneira, a representação de uma memória traumática, para diversos dos descendentes (africanos em diáspora) deste processo. Expor sobre a perspectiva de remontar ou pautar uma história que em específico é falsa, uma vez que esta balança não possui históricos concretos, de utilização em território brasileiro, corroborando assim somente na manutenção e horror visual da austeridade branca hegemônica, racista que age de formas subconscientes nas sequelas e mazelas de diversos brasileiros, todos os dias.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O exercício de apologia a regimes políticos genocidas é crime comum em diversos países, pouco se faz na violência conceitual aplicada aos usos de objetos dessa natureza e tipologia em diversos museus do Brasil, e nesse sentido o Grilhão e a Suástica, possuem pesos diferentes e contextos diferentes, mas atuam em funções similares na perpetuação da memória e soberba de eurodescendentes.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><h2 style="text-align: justify;">Referência</h2><div style="text-align: justify;">GONÇALEZ, Sofia. O Trabalhador Negro no Museu de Artes e Ofícios:</div><div style="text-align: justify;">Representação e Silenciamento. Programa de Pós-Graduação Interunidades em</div><div style="text-align: justify;">Museologia da Universidade de São Paulo (PPGMus-USP). 3° Sebramus. Pará.</div><div style="text-align: justify;">2021. p.1-22.</div></div>Editorhttp://www.blogger.com/profile/14460974738710140175noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-142939603372540710.post-49197735750253363552022-11-07T10:10:00.005-08:002022-11-07T10:19:11.758-08:00Intervenção no Museu Casa Kubitschek<p> <span style="font-size: 12pt; font-weight: 700; text-align: justify; white-space: pre-wrap;">UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS – UFMG</span></p><span id="docs-internal-guid-94bc7b87-7fff-0246-92b1-c430980deba3"><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">ESCOLA DA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO – ECI</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">CURSO DE GRADUAÇÃO EM MUSEOLOGIA</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">FUNÇÃO SOCIAL DOS MUSEUS</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">PROFESSOR: LUIZ HENRIQUE ASSIS GARCIA</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">ALUNOS(AS): </span><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Ana Beatriz Foscolo Gomes, Adriana Lage B. Souza, Maria Elisa Pereira Aguiar, Marco Tulio Dias M. B. Ferreira, Nara Santana da Silva e Thais de Souza Costa</span></p><div><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div><h2 style="text-align: center;"><span style="font-size: 16px; white-space: pre-wrap;">TRABALHO DE CAMPO - FUNÇÃO SOCIAL DOS MUSEUS</span></h2><div><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSv9uQkQsrnyBCYyjbSfqAtMxLiCZY-O_0tRgEsLJdwMjIxH1RF0TKgdMH_NgpK4xG4gdfSi5nk9veoB-wXNACiblZRrEpzxu_NI-vBYExyJlJQIh3nFss83bFUl3YCyFecwrKQkKFURT2mOFIRdvb5B-kt2tpjXcM1uZ1KAVzDyIa2dP01MZEaNNnrw/s352/1.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="289" data-original-width="352" height="329" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSv9uQkQsrnyBCYyjbSfqAtMxLiCZY-O_0tRgEsLJdwMjIxH1RF0TKgdMH_NgpK4xG4gdfSi5nk9veoB-wXNACiblZRrEpzxu_NI-vBYExyJlJQIh3nFss83bFUl3YCyFecwrKQkKFURT2mOFIRdvb5B-kt2tpjXcM1uZ1KAVzDyIa2dP01MZEaNNnrw/w400-h329/1.png" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">01 - Fachada da Casa Kubitschek<br /></td></tr></tbody></table><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div></span><h2 style="text-align: left;"><span style="font-size: 16px; white-space: pre-wrap;">1. EMBASAMENTO HISTÓRICO </span></h2></div><div style="text-align: justify;"><span id="docs-internal-guid-ee515260-7fff-430a-583b-89a2800fdbb6"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">O Museu Casa Kubitschek (MCK) é um museu histórico localizado na orla da Lagoa da Pampulha, mais especificamente em uma edificação construída na década de 1940, a qual foi destinada para ser, além de residência de fim de semana do então prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek, modelo para o projeto arquitetônico desenvolvido pelo prefeito, pelo arquiteto Oscar Niemeyer, o paisagista Burle Marx e o pintor Cândido Portinari: A Pampulha.</span></span></div><div><span style="font-size: 12pt; text-align: justify; text-indent: 36pt; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div><div><span style="font-size: 12pt; text-align: justify; text-indent: 36pt; white-space: pre-wrap;">Como reflexo de tais idealistas, a casa possui um telhado em forma de asa de borboleta e planos inclinados, marcas da arquitetura de Niemeyer. A instituição ocupa 680 m² de um terreno de 2.800 m², sendo reconhecida como um dos exemplos da arquitetura modernista brasileira presente na região. Sua história esbarra na vida de dois patronos: a família Kubistchek e a família Guerra, sendo os últimos os responsáveis pela assinatura do Termo de Desapropriação em 2005 - o qual transferiu o imóvel para a prefeitura. Em 2008 iniciou-se as obras de reestruturação da arquitetura para os moldes originais desenhados por Niemeyer, bem como a adaptação do espaço para a instalação do Museu Casa Kubitschek, tendo como base o projeto desenvolvido pela Diretoria de Patrimônio da Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte.</span></div><div><span id="docs-internal-guid-a2a165e3-7fff-5eb8-d6c4-709eb4f842ed"><div><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="font-size: 12pt; text-align: justify; text-indent: 36pt;"><br /></span></span></div><div><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="font-size: 12pt; text-align: justify; text-indent: 36pt;">A articulação de todos esses elementos resultou em uma residência singular, que recebeu proteção legal por meio do tombamento Federal (1997), Estadual (2009) e Municipal (2003) (Plano Museológico, p.12). O tombamento estadual da Casa Kubistchek foi aprovado pelo Conselho Estadual do Patrimônio Cultural – CONEP - em 30 de junho de 2009 e inscrito nos Livros n.° II, III e IV, respectivamente, do tombo de Belas Artes, do tombo Histórico, das obras de Artes Históricas e dos Documentos Paleográficos ou Bibliográficos e do tombo das Artes Aplicadas. </span></span></div><div><span style="font-size: 12pt; font-weight: 700; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div><div><span style="font-size: 12pt; font-weight: 700; white-space: pre-wrap;">2. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO e JUSTIFICATIVA</span></div><div><span style="font-size: 12pt; text-align: justify; text-indent: 36pt; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div><div><span style="font-size: 12pt; text-align: justify; text-indent: 36pt; white-space: pre-wrap;">Tendo em vista a relevância então mencionada, a importância cultural que o MCK expressa para a interpretação crítica do Complexo da Pampulha através do seu acervo institucional e operacional fica clara. Sendo assim, além de suas atribuições museais obrigatórias, possui um papel crucial no debate sobre o que significa morar e transformar um espaço geográfico em um lugar cultural. </span></div><div><span style="font-size: 12pt; text-align: justify; text-indent: 36pt; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div><div><span id="docs-internal-guid-26341e71-7fff-d340-d016-6593c9083d1f"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Desta forma, o grupo busca propor uma reflexão ao lado dos visitantes espontâneos da instituição e um grupo de estudantes de Paisagismo da Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG) sobre os argumentos até então tecidos pela exposição “A casa que mora em mim”. Em suma, o objetivo central é refletir sobre o lugar do público a partir de seus pontos de vista e considerações. Para tal feito, será utilizada a metodologia de entrevistas in loco. Sendo assim, questionamos: O que o motiva estar ali? Qual o que espera encontrar? Quer se encontrar na exposição e/ou entrar em contato com questões que nunca pensou? De que forma o público consegue perceber o espaço como lugar de conhecimento a partir do que observa na exposição? </span></span></div><div><span><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></div><div><span id="docs-internal-guid-51b7bfa3-7fff-8d80-5078-091080a9afd0"><div><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="font-size: 12pt; text-align: justify; text-indent: 36pt;">Para nortear nossas perguntas, refletiremos sob a perspectiva da Função Social do Museu, conforme definição apresentada na conclusão da Mesa Redonda de Santiago em 1972: “ (...) o museu é uma instituição a serviço da sociedade, da qual é parte integrante e que possui nele mesmo os elementos que lhe permitem participar na formação da consciência das comunidades que ele serve” (p. 360/361). Somado a isso, nos norteia também a definição de PRIMO (2009. p 361) perante o conceito de Museu Integral, sendo ele um espaço "destinado a proporcionar à comunidade uma visão de conjunto de seu meio material e cultural". Dessa forma, justificamos a nossa ideia por entendermos que o entender o público é um instrumento que permite a instituição museal aperfeiçoar suas ações de comunicação, educação e formação de consciências. </span></span></div><div><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="font-size: 12pt; text-align: justify; text-indent: 36pt;"><br /></span></span></div><div><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="font-size: 12pt; text-align: justify; text-indent: 36pt;">No que tange a Instituição, o estudo pretende contribuir para elucidar algumas das condições que podem promover o acesso ao museu e, eventualmente, incentivar a participação da comunidade em um esforço da instituição em atender o conceito de Museologia Social que, segundo MOUTINHO (2009), “traduz uma parte considerável do esforço de adequação das estruturas museológicas aos condicionalismos da sociedade museológicas aos condicionalismos da sociedade contemporânea.”</span></span></div><div><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="font-size: 12pt; text-align: justify; text-indent: 36pt;"><br /></span></span></div><h2 style="text-align: left;"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="font-size: 12pt; text-align: justify; text-indent: 36pt;">3. ROTEIRO DA ENTREVISTA</span></span></h2><div><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span id="docs-internal-guid-afa8c841-7fff-e056-e2a2-0aceedc7d814"><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 12pt; margin-top: 12pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">A publicação Tecnologia Social da Memória (2009) apresenta as etapas do desenvolvimento de projetos de memória e procura sistematizar a maneira de realizar entrevistas de modo a obter dos entrevistados a melhor forma de narração de suas experiências.</span></p><div><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;"><span id="docs-internal-guid-31f96d3e-7fff-f52d-68ed-42d8a459a2ad"><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 12pt; margin-left: 144pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">“Roteiro de Perguntas - O roteiro é uma sequência de perguntas elaboradas pelo entrevistador (ou pelo grupo) que o ajuda a preparar-se para a entrevista. Não deve ser entendido como um questionário rígido, mas como um guia para estimular o entrevistado.” (Tecnologia Social da Memória, 2009).</span></p><div><span style="font-size: 10pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;"><span id="docs-internal-guid-20cac4c0-7fff-4669-ad2b-0dd8bbaea14a"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">Perguntas introdutórias sobre o visitante - Perguntas de desenvolvimento - Perguntas Descritivas: aquelas que recuperam detalhes envolventes e familiarizados para os(as) entrevistados(as). </span></span></span></div><div><span style="font-size: 10pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;"><span><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;"><br /></span></span></span></div><div><span style="font-size: 10pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;"><span><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEg7SJn4_iqjxCB8JUdpltroPhpj4o6ZkrV4zHYUGLiqwiFZ4mLKzuBqIbn5q-hnVUdc7-3XBeQXCWW9zDKYr1L35nkwFAm-GgGXc6xXTA-oWeSsx2ohZiG9ecFtO8cz9K45GELkHrgQ4H4hcpJyGrzLIJvZHkpU-ZNLhB6rEp8vKRAt05JAzOFmqO5g/s2213/FOTO%201.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="2213" data-original-width="1860" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEg7SJn4_iqjxCB8JUdpltroPhpj4o6ZkrV4zHYUGLiqwiFZ4mLKzuBqIbn5q-hnVUdc7-3XBeQXCWW9zDKYr1L35nkwFAm-GgGXc6xXTA-oWeSsx2ohZiG9ecFtO8cz9K45GELkHrgQ4H4hcpJyGrzLIJvZHkpU-ZNLhB6rEp8vKRAt05JAzOFmqO5g/w269-h320/FOTO%201.jpg" width="269" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">02 - Entrevistas</td></tr></tbody></table><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggGjR4glo54T_YFVqHi1Np_mJfiuhK2mfi7aTVE58Rah76JWqrC1Z_YZrDhl-byWvP4ietFNKGSg5nzJ60s-J_cCkdYMHp_o0WJRKSuXxYeHTtegfr2SSsOh2QKu1Y_WyWmmZuMbx8aEFafTtBUJB7OSiNMThCxAFzSfCfXcjaxsqBjBI0nITGEX_BQQ/s3146/FOTO%202.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="3146" data-original-width="1860" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggGjR4glo54T_YFVqHi1Np_mJfiuhK2mfi7aTVE58Rah76JWqrC1Z_YZrDhl-byWvP4ietFNKGSg5nzJ60s-J_cCkdYMHp_o0WJRKSuXxYeHTtegfr2SSsOh2QKu1Y_WyWmmZuMbx8aEFafTtBUJB7OSiNMThCxAFzSfCfXcjaxsqBjBI0nITGEX_BQQ/s320/FOTO%202.jpg" width="189" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">03 - Entrevistas</td></tr></tbody></table><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgst5PLO3GSELxAkDWyE4VxuBlHjuCkziARqaQQEXZY3SFF2Lf0-jZkj8hrNL3VAS4qFcNJGaDQh699CgWSE4GbqSkamu60t7-1ckuDkrwqKC3QDZBk9uhCUhJdn1sRNLWvgpNAuphNgm9QpbmgJRJguUQk_XLKemlEwhh1sdqHTjXLY5eHn8Ih48y4Yw/s2965/FOTO%203.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="2965" data-original-width="1814" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgst5PLO3GSELxAkDWyE4VxuBlHjuCkziARqaQQEXZY3SFF2Lf0-jZkj8hrNL3VAS4qFcNJGaDQh699CgWSE4GbqSkamu60t7-1ckuDkrwqKC3QDZBk9uhCUhJdn1sRNLWvgpNAuphNgm9QpbmgJRJguUQk_XLKemlEwhh1sdqHTjXLY5eHn8Ih48y4Yw/s320/FOTO%203.jpg" width="196" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">04 - Entrevistas</td></tr></tbody></table></span></span><h2><span style="font-size: 10pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;"><span>4. MODELO DO FORMULÁRIO PARA A PESQUISA</span></span></h2><div><span style="font-size: 10pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7QI9gPDOL7Iy5vpT2sn4hlg6cNYlRNkeqIWximb0SrT98gMIgDBhZCNTwaioaKDFxjZNGV665FLC8sPKU7IXdJe6bVIll9Yq3c_EdlHWCws-cGF0gdpw5_wJM1ZYz2Dw5morwyaF93eOFr2Jpm616wLXoJpA0GmJxSYIfbeVGZsV180bS7Y7SRrQz8w/s897/11111111111111.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="615" data-original-width="897" height="438" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7QI9gPDOL7Iy5vpT2sn4hlg6cNYlRNkeqIWximb0SrT98gMIgDBhZCNTwaioaKDFxjZNGV665FLC8sPKU7IXdJe6bVIll9Yq3c_EdlHWCws-cGF0gdpw5_wJM1ZYz2Dw5morwyaF93eOFr2Jpm616wLXoJpA0GmJxSYIfbeVGZsV180bS7Y7SRrQz8w/w640-h438/11111111111111.png" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">05 - Formulário</td></tr></tbody></table><br /></span><h2 style="text-align: left;"><span style="font-size: 10pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;"><span>5 - DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO DE CAMPO</span></span></h2></div><span style="font-size: 10pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;">O grupo se reuniu para a definição da proposta de intervenção no Museu Casa Kubitschek, que tem relevância histórica e que, de alguma forma, contribui para o desenvolvimento sócio-cultural da população local, bem como para os visitantes da capital.</span></div></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;"><span><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;"><br /></span></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;"><span id="docs-internal-guid-8ea8b30e-7fff-8705-de6f-663b10c42bfb"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">Foram abordados visitantes avulsos e também, integrantes do grupo de estudantes da disciplina de Paisagismo da UEMG, estavam participando de uma visita guiada a respeito dos jardins de Burle Max e da arquitetura do museu. </span></span></span></div></span></span></div></span></span></div><div><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="font-size: 12pt; text-align: justify; text-indent: 36pt;"><br /></span></span></div><div><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="font-size: 12pt; text-align: justify; text-indent: 36pt;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhUQC4bbD8x5HnWjjI_PB_SiunsObplbFCBSoeAdWbFMH2q2lMJQeA4aAfhd5BDh4e6rZgKuRBeHV4hughcjZObfBBbKvUWfYqY3Xqf69UGd7KekaMOKMBbtBrXoog-Y6lQ4fJn4SW_y7JBG4cGfWse0dDRegY6oRBdjS7IFHHOMQPsgSBn_hcXe0-4aw" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img data-original-height="557" data-original-width="860" height="207" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhUQC4bbD8x5HnWjjI_PB_SiunsObplbFCBSoeAdWbFMH2q2lMJQeA4aAfhd5BDh4e6rZgKuRBeHV4hughcjZObfBBbKvUWfYqY3Xqf69UGd7KekaMOKMBbtBrXoog-Y6lQ4fJn4SW_y7JBG4cGfWse0dDRegY6oRBdjS7IFHHOMQPsgSBn_hcXe0-4aw=w320-h207" title="6 - Entrevistas" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">6 - Entrevistas<br /><br /></td></tr></tbody></table><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgB_YvnrjLSp1IP_U4WDikRF1a1KxB8l3tNj54SLLQjV1stZ5yBG_gkmnwkrNjzBVJVX4xCXipuixNx6eF4MI99E2CK934IbRr2OvkL-fa9-37hmxmt9lUZGhnHKrHp1kU-GTlMUCIpPK37ibvI32kKn8kju7hCtacO24RzQiHuSmd7s3FqfpCcFRA-gA" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img alt="" data-original-height="3510" data-original-width="2683" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgB_YvnrjLSp1IP_U4WDikRF1a1KxB8l3tNj54SLLQjV1stZ5yBG_gkmnwkrNjzBVJVX4xCXipuixNx6eF4MI99E2CK934IbRr2OvkL-fa9-37hmxmt9lUZGhnHKrHp1kU-GTlMUCIpPK37ibvI32kKn8kju7hCtacO24RzQiHuSmd7s3FqfpCcFRA-gA" width="183" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">7 - Cartaz usado para atrair o público</td></tr></tbody></table>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEi2E1Sou4PVGnzpHxg3ZECfypLFdjudR5c2sawlNp8VZTqFbtrf0Y6ht8pAeomshOl6GXt1VW7RApUY6aMKalFIGxkhOg9eiotR4FiF180uosIuZA1r6QVeGPMKImE32TAck4DY0ie_PAfK0lEpx4wKpf66WvEca6PQyVmUk1ORHLjFpVnnPDZcyZG4wQ" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img alt="" data-original-height="539" data-original-width="829" height="208" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEi2E1Sou4PVGnzpHxg3ZECfypLFdjudR5c2sawlNp8VZTqFbtrf0Y6ht8pAeomshOl6GXt1VW7RApUY6aMKalFIGxkhOg9eiotR4FiF180uosIuZA1r6QVeGPMKImE32TAck4DY0ie_PAfK0lEpx4wKpf66WvEca6PQyVmUk1ORHLjFpVnnPDZcyZG4wQ" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">8 - Estudantes da UEMG</td></tr></tbody></table><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEh2iRU-wmg_99V7D3_Pya1Zt9OmKthT5DlldszBCmR2mXYIHGfkNG2d1J-GZebaczBYxsxme1dGHmvy8iucBMJQ1_WxCWcOHFqhjB1cBI8djHe9TNX0r3cmvuyjNoi3v56AhXVvCN06YI0kDRGGjqInduomkobrpGZTcgGIvYseeqJiRngvJ0qBqjixqw" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img alt="" data-original-height="671" data-original-width="923" height="233" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEh2iRU-wmg_99V7D3_Pya1Zt9OmKthT5DlldszBCmR2mXYIHGfkNG2d1J-GZebaczBYxsxme1dGHmvy8iucBMJQ1_WxCWcOHFqhjB1cBI8djHe9TNX0r3cmvuyjNoi3v56AhXVvCN06YI0kDRGGjqInduomkobrpGZTcgGIvYseeqJiRngvJ0qBqjixqw" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">9 - Participação dos estudantes</td></tr></tbody></table><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhhXfHAvbqt4u4E6_aaIvJ7Wlcb_B-hanTcnQybi4gYTXJpvAXetPS-9mT_9Slok4b_g-lOF44AyGr7aamOJHGIfQa6POpQF8RPbYEEE5LsyKeJKLg9wdoh1K0dYYwvs1vKstHJ1mrI83KPwEYUk8mq2H1U7EU3fzDgbOmA61hpN0HjXOZ6erynpKIOdg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img alt="" data-original-height="2822" data-original-width="1837" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhhXfHAvbqt4u4E6_aaIvJ7Wlcb_B-hanTcnQybi4gYTXJpvAXetPS-9mT_9Slok4b_g-lOF44AyGr7aamOJHGIfQa6POpQF8RPbYEEE5LsyKeJKLg9wdoh1K0dYYwvs1vKstHJ1mrI83KPwEYUk8mq2H1U7EU3fzDgbOmA61hpN0HjXOZ6erynpKIOdg" width="156" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">10 - Entrevista dinâmica</td></tr></tbody></table><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhV9bWUeV0xa5yToOlrBMgxsAIeQUMiDWwdhsjemsvx0USB4CAacLyXV__ZE_fBCGavxOq_Qd1CskCpLwk0osAtAgZyJhH5RSgmIKhE3_SAvKgqkg1OM_jZ06_gH52_SUIkeOmLiuGoMg5LSrKL3O0VtYpsYum26sPrhziAdURUSf8jp6IGmEtbze0_7g" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="750" data-original-width="992" height="303" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhV9bWUeV0xa5yToOlrBMgxsAIeQUMiDWwdhsjemsvx0USB4CAacLyXV__ZE_fBCGavxOq_Qd1CskCpLwk0osAtAgZyJhH5RSgmIKhE3_SAvKgqkg1OM_jZ06_gH52_SUIkeOmLiuGoMg5LSrKL3O0VtYpsYum26sPrhziAdURUSf8jp6IGmEtbze0_7g=w400-h303" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">11 - Equipe responsável pela elaboração do trabalho</td></tr></tbody></table><br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgAZqaf2XjqZx5s0jiPbThNq66cYON_6W65dX3HpZpJ4OMdwoe_xA8lT97nfBL75EVqkv6VllOw0U_V1KszV9Ybc0kcABseRLQcR2Er5VyAOVEema4zTGCGhKCUAmYOgg6QNPu6_ZW4uHZZgBtHjWRNFdPppYlQyR0ESquIXjBnl5hc64TqqETEeK8X5Q" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img alt="" data-original-height="1466" data-original-width="1860" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgAZqaf2XjqZx5s0jiPbThNq66cYON_6W65dX3HpZpJ4OMdwoe_xA8lT97nfBL75EVqkv6VllOw0U_V1KszV9Ybc0kcABseRLQcR2Er5VyAOVEema4zTGCGhKCUAmYOgg6QNPu6_ZW4uHZZgBtHjWRNFdPppYlQyR0ESquIXjBnl5hc64TqqETEeK8X5Q" width="305" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">12 - Integrantes do grupo com supervisora do MCK</td></tr></tbody></table><br /><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEghsO9G1Iz_3-hS5hULO5FnRpxQFkFCN3939A7khRO7Cr_PuBs9WNIwFz9v-DxA7Ihc_xDpDrD09oQmBHGym_rXLf2z6bsN_x3mrsjF_QI3DPIG3X3RbbBFmNV8fyAVBmuzc8QVEVe2wl01dPXCCjeVM5P3ATftpcKMmiMCbpbKyftC3bEpQhCVvSzgpQ" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="1252" data-original-width="2012" height="199" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEghsO9G1Iz_3-hS5hULO5FnRpxQFkFCN3939A7khRO7Cr_PuBs9WNIwFz9v-DxA7Ihc_xDpDrD09oQmBHGym_rXLf2z6bsN_x3mrsjF_QI3DPIG3X3RbbBFmNV8fyAVBmuzc8QVEVe2wl01dPXCCjeVM5P3ATftpcKMmiMCbpbKyftC3bEpQhCVvSzgpQ" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">13 - Recortes da exposição "A casa que mora em mim"</td></tr></tbody></table></span></span><h2 style="text-align: left;"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="font-size: 12pt; text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span style="font-size: 12pt; font-weight: 700; text-indent: 36pt;">6. Conclusões </span></span></span></h2><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="font-size: 12pt; text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span id="docs-internal-guid-5a8e1b0b-7fff-7e5e-997e-bb8955bd820d"><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 12pt; margin-top: 12pt; text-indent: 35.4331pt;"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">Diante da análise dos dados coletados, foi possível perceber algumas características e comportamentos específicos dos visitantes em relação à instituição e às expectativas que estes possuíam sobre o museu. Em primeiro lugar, foi perceptível que muitos não sabiam da existência do museu naquela região, ainda que fossem moradores de Belo Horizonte e que a casa já estivesse instalada como museu há 9 anos. Também foi possível encontrar visitantes de fora de Belo Horizonte, sendo esse um elemento que revela o potencial turístico que a instituição possui. Além disso, foi possível observar que as visitas são realizadas, na maior parte das vezes, por duplas ou grupos, podendo ser visto como um ambiente no qual os indivíduos gostam de ir na companhia de outras pessoas. Entre essas pessoas, estão amigos, familiares, casais e grupos escolares/acadêmicos, fato que demonstra, neste sentido, a capacidade que o espaço museal possui como meio de socialização dos indivíduos.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 12pt; margin-top: 12pt; text-indent: 35.4331pt;"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">A respeito das expectativas sobre o museu, é correto afirmar que foram encontradas diversas perspectivas em relação à história da casa e da figura histórica à qual pertenceu o local, o presidente Juscelino Kubitschek. Sob esse viés, espera-se que o museu conte mais sobre a história do imóvel e de Juscelino, e as características típicas da arquitetura moderna do conjunto arquitetônico da Pampulha. Seguindo essa mesma linha, ao mesmo tempo em que a exposição sobre bordados era esperada por alguns, para outros foi uma surpresa, pois não imaginavam encontrar uma exposição temática. Somado a isso, as impressões que os visitantes geralmente possuíam do museu eram positivas, dando foco principalmente aos jardins de Burle Marx e às características arquitetônicas do local. Com isso, o ambiente museológico servia como um local de salvaguarda e valorização do patrimônio da cidade. De encontro com o anseio de muitos visitantes encontraram, dentro da casa-museu, objetos da exposição e do espaço museológico que geram identificação com características do próprio cotidiano. Entre os itens citados, móveis, plantas e peças de bordado foram mencionados nas opções propostas em nossa pesquisa, mostrando o fato de que o museu pode gerar identificação com os visitantes, tanto em relação ao acervo quanto aos detalhes das construções e dos jardins. Foram obtidos resultados de satisfação dos entrevistados, </span><span style="font-size: 12pt; text-indent: 35.4331pt;">que alegaram ter gostado da temática e do acervo exposto, demonstrando interesse em visitá-la novamente, além de convidarem outras pessoas. Outras pessoas demonstraram interesse em retornar ao museu para conhecer exposições com outros temas. Por exemplo, propostas de exposições sobre a história de Belo Horizonte e, em especial, de Juscelino Kubitschek. </span></p><span id="docs-internal-guid-4796cd84-7fff-1add-7339-fe0322173e2d"><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 12pt; margin-top: 12pt; text-indent: 35.4331pt;"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">Sobre o tipo de público presente no museu, percebeu-se que de um universo de treze pessoas entrevistadas, a maior parte delas possuem o hábito de frequentar museus de forma assídua, com a frequência de pelo menos uma vez ao mês. Em menor número estavam aquelas que visitavam museus com uma frequência menor, de pelo menos uma vez ao ano. Após conhecerem o museu, os indivíduos demonstraram preferências relacionadas à construção do espaço, aos jardins, ao acervo e à exposição que está ali, intitulada </span><span style="font-size: 12pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">“A casa que mora em mim”</span><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">. Desse modo, também houve uma preferência por uma maior divulgação do museu e das atividades que a instituição realiza através de redes sociais, sendo o instagram uma das plataformas mais requisitadas. Universidades, rádio, televisão e centros de cultura também foram meios de comunicação e locais citados como meios de divulgação das atividades do museu, visto que muitos não sabiam a respeito do museu e das atividades educativas que são desenvolvidas no ambiente. A partir disso, foi possível concluir que existe grande interesse no que diz respeito à participação de atividades educativas desenvolvidas pelo museu. Também foi perceptível o alto número de pessoas com crianças dentro do convívio, sendo os grupos escolares, os panfletos e os e-mails as formas de divulgação consideradas mais eficientes. </span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 12pt; margin-top: 12pt; text-indent: 35.4331pt;"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">Diante das observações realizadas pelos estudantes, foi possível perceber que a função do museu enquanto instituição não está somente ligada à conservação e salvaguarda do patrimônio histórico. Percebemos que o museu tem um importante papel de promover, além das funções supracitadas, o conhecimento acerca das exposições montadas dentro do espaço museológico e do museu como um todo. Através das exposições e dos recursos educativos, pode-se utilizar uma série de abordagens para transmitir informações e, em adição a isso, fazer com que o indivíduo construa a própria capacidade crítica dentro das narrativas que o museu oferece. Com isso, o visitante pode, dentro das possibilidades que o local apresenta, identificar-se ou não com o que lhe é apresentado. A partir disso, é possível constatar a capacidade de apresentação ao público de um novo ponto de vista sobre uma série de questões do mundo que o cerca, que possuem relação com a sociedade, com a memória, com a história e com a identidade. </span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 12pt; margin-top: 12pt; text-indent: 35.4331pt;"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">Por outro lado, percebemos que o pouco tempo para a construção da ideia central para o projeto e sua aplicação em curto período do dia na instituição, foram pontos negativos nesse processo de trabalho de campo. A limitado número de entrevistados, com a sua maioria de um mesmo núcleo de estudo, torna o resultado ainda insatisfatório para uma conclusão categórica sobre a função social dos museus. No entanto, é possível verificar nesse universo mediano que os museus dispõem de elementos capazes de desempenhar essa função social, por meio do lazer; do entretenimento; da propagação do conhecimento científico, histórico e artístico; podendo influenciar na construção de um pensamento e senso crítico diante do mundo. </span></p><div><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;"><h1 dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 12pt; margin-top: 12pt;"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS</span></h1><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">BERNARDES, Ana K, LIMA, Claudia, ARAÚJO, Vanessa B. </span><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline;">Plano Museológico Museu Casa Kubitschek</span><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">. PMBH. SMC. FMC. Diretorias de Museus. Museu Casa Kubitschek, 2020-2024.</span></p><br /><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">MOUTINHO, M.. Sobre o conceito de museologia social. </span><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline;">In.: Cadernos de Sociomuseologia Centro de Estudos de Sociomuseologia</span><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">, América do Norte, 1, Mai. 2009.</span></p><br /><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">PRIMO, J. Pensar contemporaneamente a museologia.</span><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline;"> In.: Cadernos de Sociomuseologia Centro de Estudos de Sociomuseologia</span><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">, América do Norte, 16, Jun. 2009.</span></p><br /><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">RAMOS, Francisco Régis Lopes. </span><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline;">A danação do objeto: o museu no ensino de História</span><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">. Chapecó: Argos, 2004.</span></p><br /><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline;">RELATÓRIO FINAL DA PESQUISA O “não público” dos museus: levantamento estatístico sobre o "não ir" a museus no Distrito Federal</span><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">. CPIM/DEPMUS/IBRAM. Brasília,09/2012.</span></p><br /><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">SANTOS, M. C. T. M. (1). Reflexões sobre a nova Museologia. </span><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline;">In.: Cadernos De Sociomuseologia</span><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">, 18(18). Disponível em: <https://revistas.ulusofona.pt/index.php/cadernosociomuseologia/article/view/363>. Acessado em:26/09/2022</span></p><br /><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">TECNOLOGIA SOCIAL DA MEMÓRIA (2009). Fundação Banco do Brasil, Abravídeo e Museu da Memória. Disponível em: <https://acervo.museudapessoa.org/pt/entenda/portfolio/publicacoes/metodologia/tecnologia-social-da-memoria-2009>. Acessado em :25/09/2022</span></p><br /></span></div></span><div><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;"><br /></span></div></span>
<br /><br /></span></span></div></span></div></span></div></span>Editorhttp://www.blogger.com/profile/14460974738710140175noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-142939603372540710.post-75148090856700076902022-11-01T15:49:00.010-07:002022-11-01T16:00:38.487-07:00Onde estão as Mulheres na Ciência?<p></p><div style="text-align: justify;"><div>DISCIPLINA FUNÇÃO SOCIAL DOS MUSEUS - ECI102</div><div>PROFESSOR: LUIZ H. GARCIA</div><div>ALUNOS(A):Aléxia Domingues, Ana Carolina</div><div>Fiuza,Bia Pimentel, Bruna Caroline, Laura Braga</div><div>Melo, Marcelo Henrique de Souza, Nana Fernandes</div><div>Albuquerque.</div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Onde estão as mulheres na ciência? - Essa foi a pergunta geradora da intervenção realizada no Espaço do Conhecimento como trabalho final para a disciplina Função Social dos Museus, do curso de Museologia da UFMG. O tema foi escolhido com o objetivo de dar visibilidade para mulheres que contribuíram (e contribuem) ao longo dos anos para o campo científico e acadêmico, mas que tiveram seu protagonismo apagado e esquecido. É pelo resgate dessas figuras e vozes que pensamos em uma intervenção que trouxesse o rosto, história e contribuição dessas mulheres cientistas para dentro do Espaço do Conhecimento.</div><p></p><p style="text-align: justify;">A instituição não foi escolhida por acaso, já que muitos fatores contribuíram para a escolha do grupo, alguns como: ser um espaço de divulgação científica; um museu que pertence à Universidade Federal de Minas Gerais e estar localizado no Circuito Liberdade. Somente esses motivos já seriam suficientes para a escolha, já que a intervenção é, principalmente, um questionamento sobre as figuras hegemônicas que representam o meio científico. Mas o grupo não parou por aí.</p><p style="text-align: justify;">Uma das integrantes, bolsista da instituição na área de estudos de público, forneceu ao grupo informações muito relevantes que foram fundamentais para a escolha definitiva do Espaço do Conhecimento como objeto de intervenção neste trabalho. A instituição, a partir de pesquisas de público, possui dados que foram levados em consideração, sendo eles: mais da metade do público que visita o Espaço do Conhecimento são mulheres, muitas delas que foram ou são estudantes universitárias. Ou seja, a instituição possui um público majoritariamente feminino e que está incluído, de alguma forma, no meio científico, mas uma pergunta ainda permanece: Onde estão essas mulheres cientistas dentro de um espaço de divulgação da ciência?</p><p style="text-align: justify;">As respostas, o grupo busca trazer dentro da intervenção realizada.</p><p style="text-align: justify;">A intervenção foi feita utilizando cartazes em tamanho A4 que trazem os rostos e contribuições dessas mulheres para a ciência. É importante ressaltar que um recorte interseccional foi feito pelo grupo, ou seja, na intervenção tratamos sobre mulheres negras, indígenas e da comunidade LGBT, nessa tentativa de pautar outras minorias sociais no campo científico e acadêmico. Além disso, tivemos como inspiração uma intervenção realizada no prédio da Escola de Ciência da Informação da UFMG, promovida pela Rede Museologia Kilombola, que questiona o espaço dos negros dentro da Museologia e do campo da ciência, trazendo uma discussão sobre uma perspectiva museal antirracista.</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCrNO2ITg6SYkx6CzSI1ErzQILsl_isYwLFvpjy7lWP0debdVeAj7q4WOTeXUjP40kHqlWGXYaQlM_9MQAJMJbDk_BzLMoXd3RxBhpfKx7pYpNtFWwMrfRWgkDEsvOz-Tfba9CWJF-r3tjQ9sCt5Pwl5lsSDflNP7MfcTd2vwI8cHFZXm7ZzW__pU5Ag/s496/Sem%20t%C3%ADtulo.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="215" data-original-width="496" height="174" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCrNO2ITg6SYkx6CzSI1ErzQILsl_isYwLFvpjy7lWP0debdVeAj7q4WOTeXUjP40kHqlWGXYaQlM_9MQAJMJbDk_BzLMoXd3RxBhpfKx7pYpNtFWwMrfRWgkDEsvOz-Tfba9CWJF-r3tjQ9sCt5Pwl5lsSDflNP7MfcTd2vwI8cHFZXm7ZzW__pU5Ag/w400-h174/Sem%20t%C3%ADtulo.png" title="Intervenção realizada no prédio da Escola de Ciência da Informação da UFMG pela Rede Museologia Kilombola" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Intervenção realizada no prédio da Escola de Ciência da Informação da UFMG pela Rede Museologia Kilombola</td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;"><br /></p><h3 style="text-align: justify;">Referências</h3><p style="text-align: justify;">D’MASCHIO, Ana Luísa. 23 cientistas brasileiras que todos precisam conhecer. Porvir. Março de 2022. Disponível em: <https://porvir.org/23-cientistas-brasileiras-que-todos-precisam-conhecer/></p><p style="text-align: justify;">LINO, Tayane Rogeria; MAYORGA, Cláudia. As mulheres como sujeitos da Ciência: uma análise da participação das mulheres na Ciência Moderna. Saúde & Transformação Social / Health & Social Change, vol. 7, núm. 3, 2016, pp. 96-107, Universidade Federal de Santa Catarina Santa Catarina, Brasil. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/2653/265347623012.pdf</p><p style="text-align: justify;">LÔBO, Jade Alcântara. Entrevista com Elisa Pankararu: movimento de mulheres indígenas e feminismo indígena. Epistemologias do Sul, v. 5, n. 2, p. 58-65. Santa Catarina, 2021. Disponível em:<https://revistas.unila.edu.br/epistemologiasdosul/article/view/3505/2969>.</p><p style="text-align: justify;">NAVAS, Ana Maria; CONTIER, Djana; MARANDINO, Martha. Controvérsia científica, comunicação pública da ciência e museus no bojo do movimento CTS. Ciência & Ensino, v. 1, nov. 2007.</p><p style="text-align: justify;">SILVA, Luisa Alcantara e. Vida Transviada. Revista Trip, São Paulo, outubro de 2019. Disponível em: <https://revistatrip.uol.com.br/trip/joao-w-nery-o-primeiro-trans-homem-a-fazer-uma-cirurgia-de-readequacao-sexual-no-brasil></p><p style="text-align: justify;">YAWALAPITI. Watatakalu. Um feminismo indígena. Museu da Pessoa. Dezembro de 2019. Disponível em: <Museu da Pessoa></p><p style="text-align: justify;">YORK, Sara W. / GONÇALVES Jr, Sara Wagner Pimenta. ORCID. Publicado em setembro de 2022. Disponível em: <YORK, Sara W. / GONÇALVES Jr, Sara Wagner Pimenta (0000-0002-4397-891X) (orcid.org)></p><p style="text-align: justify;">WAGENSBERG, Jorge. O museu “total”, uma ferramenta para a mudança social. História, Ciências, Saúde: Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 12, p. 309-321, 2005. Disponível em: https://bit.ly/3BDIyIe</p><p style="text-align: justify;">IHAC recebe pesquisadoras indígenas como visitantes em projeto de pesquisa internacional. Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos - Universidade Federal da Bahia. Disponível em: <https://ihac.ufba.br/pt/31411/></p><p style="text-align: justify;">Conheça a história de Enedina Marques, a primeira engenheira negra do Brasil. Portal Geledés. Disponível em: <https://www.geledes.org.br/conheca-a-historia-de-enedina-marques-a-primeira-engenheira-negra-do-brasil/?gclid=Cj0KCQiAmpyRBhC-ARIsABs2EArBs1NQkVcShikzI4S4drjn9e-cmKgXBooswfxSQTsTV-oM0XzZsvMaAl8EEALw_wcB></p><p style="text-align: justify;">Conceição Evaristo. Literafro. Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas</p><p style="text-align: justify;">Gerais. Disponível em: <http://www.letras.ufmg.br/literafro/autoras/188-conceicao-evaristo></p><p style="text-align: justify;">Elis Alberta Ribeiro dos Santos. Disponível em: <Elis Alberta Ribeiro dos Santos | Escavador></p><p style="text-align: justify;">Sara Wagner York. Disponível em: <Sara Wagner York | Escavador></p>Editorhttp://www.blogger.com/profile/14460974738710140175noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-142939603372540710.post-24548938885633177332022-10-16T05:48:00.004-07:002022-10-16T05:59:53.558-07:00Resenhas em homenagem ao dia dos professores<p> </p>
<span style="color: white;"><iframe allow="autoplay; clipboard-write; encrypted-media; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="true" frameborder="0" height="705" scrolling="no" src="https://www.facebook.com/plugins/post.php?href=https%3A%2F%2Fwww.facebook.com%2Fliteralmentedetudo%2Fposts%2Fpfbid0tbAuGXDXSn5tcGuLYqN74nUgMyVpCuT4uDPiRXau7oQzwAGfpaUCMwKA2FZdWxXKl&show_text=true&width=500" style="border: none; overflow: hidden;" width="500"></iframe></span>
<iframe src="https://www.facebook.com/plugins/post.php?href=https%3A%2F%2Fwww.facebook.com%2Fliteralmentedetudo%2Fposts%2Fpfbid0ZU2uWE8QvbEKbi49caUF2JqoQuZaent9bbv75cyW7FvLjXiK9ejGDuMNkow2UcX7l&show_text=true&width=500" width="500" height="705" style="border:none;overflow:hidden" scrolling="no" frameborder="0" allowfullscreen="true" allow="autoplay; clipboard-write; encrypted-media; picture-in-picture; web-share"></iframe>
<iframe src="https://www.facebook.com/plugins/post.php?href=https%3A%2F%2Fwww.facebook.com%2Fliteralmentedetudo%2Fposts%2Fpfbid027b3nmY9mytxqVXx6dyATjGVddTtdeqzU3a27kMp7FXioHBXUso2wVMvrwjCJxPHAl&show_text=true&width=500" width="500" height="725" style="border:none;overflow:hidden" scrolling="no" frameborder="0" allowfullscreen="true" allow="autoplay; clipboard-write; encrypted-media; picture-in-picture; web-share"></iframe>
<iframe src="https://www.facebook.com/plugins/post.php?href=https%3A%2F%2Fwww.facebook.com%2Fliteralmentedetudo%2Fposts%2Fpfbid021KVFyczwbc9RXGEZPwaTsT97mbsXez9EzPkHTHq2BvAEkU9NMmgAvreDYYe84mxml&show_text=true&width=500" width="500" height="582" style="border:none;overflow:hidden" scrolling="no" frameborder="0" allowfullscreen="true" allow="autoplay; clipboard-write; encrypted-media; picture-in-picture; web-share"></iframe>
<iframe src="https://www.facebook.com/plugins/post.php?href=https%3A%2F%2Fwww.facebook.com%2Fliteralmentedetudo%2Fposts%2Fpfbid0YnVuVdGu1nkrQkXQtNUat8E24awvKynVKGwP3336nSiASF3SGvkwg6QhxtTEXRsgl&show_text=true&width=500" width="500" height="618" style="border:none;overflow:hidden" scrolling="no" frameborder="0" allowfullscreen="true" allow="autoplay; clipboard-write; encrypted-media; picture-in-picture; web-share"></iframe>
<iframe src="https://www.facebook.com/plugins/post.php?href=https%3A%2F%2Fwww.facebook.com%2Fliteralmentedetudo%2Fposts%2Fpfbid022amXGr4pNjK6smpw5zvgr5PxecLH1JWawsshXmfvxrsGbWhfDGZxiTStDd61SSBsl&show_text=true&width=500" width="500" height="488" style="border:none;overflow:hidden" scrolling="no" frameborder="0" allowfullscreen="true" allow="autoplay; clipboard-write; encrypted-media; picture-in-picture; web-share"></iframe>
<iframe src="https://www.facebook.com/plugins/post.php?href=https%3A%2F%2Fwww.facebook.com%2Fliteralmentedetudo%2Fposts%2Fpfbid04SERRVdDKdtMHYjuiYeWCBQ3HYrhWBf6Ne8RtXnV7ft1y5HKELyZuZw2rixuR7Qnl&show_text=true&width=500" width="500" height="706" style="border:none;overflow:hidden" scrolling="no" frameborder="0" allowfullscreen="true" allow="autoplay; clipboard-write; encrypted-media; picture-in-picture; web-share"></iframe>
<iframe src="https://www.facebook.com/plugins/post.php?href=https%3A%2F%2Fwww.facebook.com%2Fliteralmentedetudo%2Fposts%2Fpfbid0TGQRvqnZoW1A8xzmmgmH1S3ickE5NtFL33YQwKvZrme3SaAt5ZJWVuuUYrzg4Frxl&show_text=true&width=500" width="500" height="705" style="border:none;overflow:hidden" scrolling="no" frameborder="0" allowfullscreen="true" allow="autoplay; clipboard-write; encrypted-media; picture-in-picture; web-share"></iframe>
<iframe src="https://www.facebook.com/plugins/post.php?href=https%3A%2F%2Fwww.facebook.com%2Fliteralmentedetudo%2Fposts%2Fpfbid0m9nsBz1kPMrjvcL1wgAXmks258fgiEV4ZDLpXyvSUWEhug5UBvMh2fhKKAFW3X9El&show_text=true&width=500" width="500" height="706" style="border:none;overflow:hidden" scrolling="no" frameborder="0" allowfullscreen="true" allow="autoplay; clipboard-write; encrypted-media; picture-in-picture; web-share"></iframe>
<iframe src="https://www.facebook.com/plugins/post.php?href=https%3A%2F%2Fwww.facebook.com%2Fliteralmentedetudo%2Fphotos%2Fa.953465221797309%2F953922268418271%2F%3Ftype%3D3&show_text=true&width=500" width="500" height="423" style="border:none;overflow:hidden" scrolling="no" frameborder="0" allowfullscreen="true" allow="autoplay; clipboard-write; encrypted-media; picture-in-picture; web-share"></iframe>Metamuseuhttp://www.blogger.com/profile/01015538917884738790noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-142939603372540710.post-46780030276730230832022-07-22T09:21:00.005-07:002022-07-22T09:24:50.224-07:00JORNALISMO LGBTQIA+: O JORNAL LAMPIÃO DA ESQUINA COMO OBJETO DE RESISTÊNCIA<p>UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS</p><div>ESCOLA DE CIÊNCIAS DA INFORMAÇÃO</div><div>DISCIPLINA METODOLOGIA HISTÓRICA EM MUSEUS</div><div><br /><span style="font-size: 12pt; text-align: center; white-space: pre-wrap;">Alexsandro Claudio</span></div><div><span style="font-size: 12pt; text-align: center; white-space: pre-wrap;">Daniel Augusto Volante Daldegan de Paula</span></div><div><span style="font-size: 12pt; text-align: center; white-space: pre-wrap;">Ingrid Gabriele Fernandes Fonseca</span></div><div><span style="font-size: 12pt; text-align: center; white-space: pre-wrap;">Lara do Prado Cunha</span></div><div><span style="font-size: 12pt; text-align: center; white-space: pre-wrap;">Vitor Luiz Medeiros de Souza</span></div><div><span style="font-size: 12pt; text-align: center; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div><div><span style="font-size: 12pt; text-align: center; white-space: pre-wrap;"><b>JORNALISMO LGBTQIA+: O JORNAL LAMPIÃO DA ESQUINA COMO OBJETO DE RESISTÊNCIA</b></span></div><div><span style="font-size: 12pt; text-align: center; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div><div><span style="text-align: center; white-space: pre-wrap;"><p dir="ltr" style="font-size: 12pt; line-height: 1.8; margin-bottom: 12pt; margin-top: 12pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline;">Flávia Péret, pesquisadora sobre a Imprensa Gay no Brasil, responde:</span></p><p dir="ltr" style="font-size: 12pt; line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">No mês de junho de 2022 foi realizada uma entrevista online via whatsapp com Flávia Péret, durante a entrevista perguntamos sobre a pesquisa que Peret fez para seu livro Imprensa Gay no Brasil. A pergunta feita era sobre o porquê do Jornal Lampião da Esquina ter sido considerado tão relevante, a resposta foi: “O que destacava o Lampião eram os Conteúdo das reportagens. Antes do Lampião o que existiam eram iniciativas mais “leves” onde a comunidade gay falava mais sobre eventos sociais e fofocas, muitas vezes reforçando estereótipos do homem gay. O Lampião era um jornal inteiro de muitas páginas e conteúdos de matérias de pesos com pesquisas consistentes. Faziam reportagens complexas, abordaram temáticas como racismo, homofobia, etc.” </span></p><p dir="ltr" style="font-size: 12pt; line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;"><br /></span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;"></span></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpi_1AGNhC8ysemfzNmQ2syyIy-7QoK_8gLjKO0PymLAjrDzlvcZcNysXpEXy_XQix1DfFecT_LQNbBfv7b3cesfxwU5ZBt7xl1nJkHrQKzGH5E-N0g5-dY8__P8Kfl9o70rqhD2AoVVmOBDfAs3YxhA2v6yThT1ifz1wcnk_2GSRYyUaGjwlo_96klQ/s2560/Imagem%2001.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="2560" data-original-width="1707" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpi_1AGNhC8ysemfzNmQ2syyIy-7QoK_8gLjKO0PymLAjrDzlvcZcNysXpEXy_XQix1DfFecT_LQNbBfv7b3cesfxwU5ZBt7xl1nJkHrQKzGH5E-N0g5-dY8__P8Kfl9o70rqhD2AoVVmOBDfAs3YxhA2v6yThT1ifz1wcnk_2GSRYyUaGjwlo_96klQ/s320/Imagem%2001.jpg" width="213" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span id="docs-internal-guid-b986ccf1-7fff-dc5c-885c-957f57c33eaa"><b><span style="color: #cccccc; font-size: x-small;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">01 - Flávia Péret. </span><span style="background-color: black; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Foto: Bianca de Sá</span></span></b></span></td></tr></tbody></table><p></p><div class="separator" style="clear: both; font-size: 12pt; text-align: center;"><br /></div><p dir="ltr" style="font-size: 12pt; line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">A leitura do livro de Peret (A Imprensa Gay no Brasil) despertou uma vontade no grupo de pesquisar um pouco mais sobre o jornal Lampião da Esquina, e com isso descobrimos muitas coisas interessantes. </span></p><p dir="ltr" style="font-size: 12pt; line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;"><br /></span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;"></span></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="font-size: 12pt; margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLwYZCLL_yH0hMms_q6KIyfWdvBps2OiliDC6RA5F_5h0Yx8jjRHi2M38lrWwWOGpStHXnjzCejyMq4Nz06VyOMvEzs8BoRucxqHxACb9Y4u8YwPmrGiwYG1kxSD3KdjfeXSYllw0tTDog62ePabbglD6I837EsZtDJCj6xynTcrNUFXHDMWvf_oDfOA/s1218/Imagem%2002.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1218" data-original-width="815" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLwYZCLL_yH0hMms_q6KIyfWdvBps2OiliDC6RA5F_5h0Yx8jjRHi2M38lrWwWOGpStHXnjzCejyMq4Nz06VyOMvEzs8BoRucxqHxACb9Y4u8YwPmrGiwYG1kxSD3KdjfeXSYllw0tTDog62ePabbglD6I837EsZtDJCj6xynTcrNUFXHDMWvf_oDfOA/s320/Imagem%2002.jpg" width="214" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span id="docs-internal-guid-7cd21b3a-7fff-5a74-5a23-86f2ed50af4d"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><b><span style="font-size: x-small;">02 - Livro: A imprensa gay no brasil - Flávia Péret </span></b></span></span></td></tr></tbody></table><p></p><div class="separator" style="clear: both; font-size: 12pt; text-align: center;"><br /></div><p></p><p dir="ltr" style="font-size: 12pt; line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline;">Concepção do Jornal Lampião da Esquina</span></p><p dir="ltr" style="font-size: 12pt; line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">Um dos pioneiros dentre a imprensa alternativa que discutiu a homossexualidade de forma política, múltipla e afirmativa, foi o célebre Jornal Lampião da Esquina. Este promoveu proposições de desconstruções de estigmas estacionados na sociedade sobre a homoafetividade como também construiu alianças junto aos movimentos considerados minoritários, colocando em destaque pautas sobre o feminismo, ambientalismo, assim como incluindo o movimento negro e questões indígenas em suas publicações. </span></p><p dir="ltr" style="font-size: 12pt; line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;"><br /></span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="font-size: 12pt; margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjE-D1UJVTvWhSwOFG_Igye_q4RLEDwP3ff9t1DncLdkYALL2cLGr-rH6aDhJo7wV5Y8vJYKUOojtiiHRY_v4hgvLQt4_YfIhsSSvmXNWXZnNQuvGFYEN6mWOomesC96ovtbZazDSPxbNqSf2lMtLYSyvtivsBhzj1C4naQ6FSSCu_bpnlqLDIi_cCJtA/s600/Imagem%2003.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="350" data-original-width="600" height="234" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjE-D1UJVTvWhSwOFG_Igye_q4RLEDwP3ff9t1DncLdkYALL2cLGr-rH6aDhJo7wV5Y8vJYKUOojtiiHRY_v4hgvLQt4_YfIhsSSvmXNWXZnNQuvGFYEN6mWOomesC96ovtbZazDSPxbNqSf2lMtLYSyvtivsBhzj1C4naQ6FSSCu_bpnlqLDIi_cCJtA/w400-h234/Imagem%2003.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span id="docs-internal-guid-82d77286-7fff-144a-fd7a-1323f6aa3f5f"><span style="font-family: Arial; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><b><span style="font-size: x-small;">03 - Exemplares do jornal Lampião da Esquina</span></b></span></span></td></tr></tbody></table><span style="font-family: Arial; font-size: 12pt;"><br /></span><p></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 12pt;">O Lampião da Esquina surge em um período ditatorial no Brasil. Uma época marcada pela repressão e por perseguições, passando só então as temáticas do jornal concebíveis devido a abertura política que aconteceu na segunda metade da década de 70, em um momento que ocorreu a diminuição da censura no país.</span></p><p dir="ltr" style="font-size: 12pt; line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">Sendo assim, a ideia do jornal nasce de um encontro do ativista gay e editor-chefe da Gay Sunshine, Winston Leyland, com intelectuais brasileiros. Nesse momento, João Silvério Trevisan, Jean-Claude Bernardet, Aguinaldo Silva e Peter Fry em reunião na casa do artista plástico Darcy Penteado decidem organizar no Brasil uma publicação de cunho político definido, colocando à tona a questão dos direitos gays. Reunidos em colaboração com Adão Costa, Antônio Chrysóstomo, Clóvis Marques, Francisco Bittencourt, Gasparino Damata e João Antônio Mascarenhas, publicam em abril de 1978, na cidade do Rio de Janeiro, a edição número 0 do Lampião da Esquina.</span></p><p dir="ltr" style="font-size: 12pt; line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;"><br /></span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="font-size: 12pt; margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjq6kxI-y505325okVCF2u4fPowPzvyAGWQAbgbAzyWjmL6olWx3YG2cPYDi7pIuB2LjSYLZVXlnnl6La91TMmZCdptacpa6z11QHbWAUAMIjhyUMkKiXyWlD05gY_fIROqd1SWxfd6yPqXh4s9OoqudyOkqm6azK9p_6Ys4atVi0JDClgrW2Py3e-iTw/s472/Imagem%2004.jpeg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="472" data-original-width="355" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjq6kxI-y505325okVCF2u4fPowPzvyAGWQAbgbAzyWjmL6olWx3YG2cPYDi7pIuB2LjSYLZVXlnnl6La91TMmZCdptacpa6z11QHbWAUAMIjhyUMkKiXyWlD05gY_fIROqd1SWxfd6yPqXh4s9OoqudyOkqm6azK9p_6Ys4atVi0JDClgrW2Py3e-iTw/s320/Imagem%2004.jpeg" width="241" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span id="docs-internal-guid-46ab7bde-7fff-a80c-d1c5-8a279cb10aa2"><span style="font-family: Arial; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><b><span style="font-size: x-small;">04 - Lampião da Esquina nº 0</span></b></span></span></td></tr></tbody></table><span style="font-family: Arial; font-size: 12pt; font-weight: 700;"><br /></span><p></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 12pt; font-weight: 700;">As pautas parceiras do Lampião da Esquina: </span></p><p dir="ltr" style="font-size: 12pt; line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">Conforme nossa pesquisa foi se desdobrando, ficava claro que o Lampião abarcava em suas matérias muito mais que apenas as reivindicações dos públicos homossexuais. Em diversas manchetes o jornal denunciava e chamava a atenção para pautas tão urgentes quanto a sua inicial. Em capas como: “Brasil, campeão mundial de Travestis”, “Lesbianismo, machismo, aborto, discriminação” e “Negros, qual o lugar deles?” Lampião demarcava com veemência seu posicionamento sociopolítico e deixava claro quais eram pautas que eram parceiras.</span></p><p dir="ltr" style="font-size: 12pt; line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">Na maioria das vezes o jornal trazia discussões com grande densidade e pessoas de referência para falar de alguma pauta específica, como Abdias do Nascimento para discutir sobre o movimento negro. O jornal também não se eximia das articulações políticas e trouxe o Presidente Lula para uma matéria exclusiva onde se discutia sobre as articulações populares, greve e feminismo. Apesar de explorar muitos temas com um tom satírico, o jornal não se limitava a isso e em cada linha escrita era possível obter informações pertinentes, sempre com uma linguagem crítica e bem embasada. </span></p><p dir="ltr" style="font-size: 12pt; line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;"><br /></span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="font-size: 12pt; margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLzw3T4Ewh7-_t6RlOD_ImNaLVhL41Akm_RwQDHnpjeNaULRKJkyXsJmZl-nFQfqZtpBCOk8XRoXuWv9u5rGYgw-SEbCvtntcBdy7mBDdOD81Y5BZV_w6EZeaMie-V2nvHPgYzX_F5NF__HgNXc9wxXCUpM7GDav5AmtmChWagpB6mRmgNs85xhUIelw/s481/Imagem%2005.jpeg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="481" data-original-width="358" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLzw3T4Ewh7-_t6RlOD_ImNaLVhL41Akm_RwQDHnpjeNaULRKJkyXsJmZl-nFQfqZtpBCOk8XRoXuWv9u5rGYgw-SEbCvtntcBdy7mBDdOD81Y5BZV_w6EZeaMie-V2nvHPgYzX_F5NF__HgNXc9wxXCUpM7GDav5AmtmChWagpB6mRmgNs85xhUIelw/s320/Imagem%2005.jpeg" width="238" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span id="docs-internal-guid-01e50449-7fff-2ae7-d98d-132946e7edae"><span style="font-family: Arial; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><b><span style="font-size: x-small;">05 - Lampião da Esquina nº 14</span></b></span></span></td></tr></tbody></table><p></p><span style="font-size: 12pt;"><br /></span><p dir="ltr" style="font-size: 12pt; line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline;">Capas que Instigam:</span></p><p dir="ltr" style="font-size: 12pt; line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">Como dizem, “A primeira impressão é a que fica”, isso para um jornal é imprescindível, é o que chama a atenção e faz os leitores diferenciarem seu periódico escolhido dos demais. A produção e design do jornal do Lampião, bebiam de diversas referências estéticas, em contraponto de uma ausência de recursos. </span></p><p dir="ltr" style="font-size: 12pt; line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">Algo a se falar sobre a capa é o símbolo do jornal. O chapéu de cangaceiro representa o Lampião (nome do jornal e figura histórica do sertão brasileiro), possui círculos brancos e pretos decorativos e um triângulo no centro. O mais peculiar são os dois círculos e o retângulo (ou cilindro) embaixo do chapéu que servem para representar um rosto mas também representa o formato de um pênis. </span></p><p dir="ltr" style="font-size: 12pt; line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;"><br /></span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="font-size: 12pt; margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRgzspUfp2RNwzLmqQMMccc95lJ_JTZG7j-0Ya2t4bfyuSOPCKRppQDt3tZa9ceWFkhvXlm9Xo_PJXC7k3PPHeMfi40ftwbWJYrklSlOBHIg82lmBOwq8_oHPwOda3zQMFMDBTmPmlpZpqY4XnOPs3ANzqlaCrBmCPgwPv4_5c0AwigiZDcoOu27H_UA/s808/Imagem%2006.jpeg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="171" data-original-width="808" height="85" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRgzspUfp2RNwzLmqQMMccc95lJ_JTZG7j-0Ya2t4bfyuSOPCKRppQDt3tZa9ceWFkhvXlm9Xo_PJXC7k3PPHeMfi40ftwbWJYrklSlOBHIg82lmBOwq8_oHPwOda3zQMFMDBTmPmlpZpqY4XnOPs3ANzqlaCrBmCPgwPv4_5c0AwigiZDcoOu27H_UA/w400-h85/Imagem%2006.jpeg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span id="docs-internal-guid-1480c5b6-7fff-a6d8-e828-235b5c506ce3"><span style="font-family: Arial; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><b><span style="font-size: x-small;">06 - Destaque da logo do Jornal Lampião da Esquina</span></b></span></span></td></tr></tbody></table><br /><p></p><p dir="ltr" style="font-size: 12pt; line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">Apresentar alguma notícia impactante ou alguma imagem atrativa é parte fundamental para a capa de qualquer tipo de projeto midiático que a apresenta, isso não seria diferente com o “Lampião da Esquina’’. Começando com a utilização de uma segunda cor, além do preto, o que o destaca dos demais jornais que são bastante preto no branco, eles utilizavam o verde ou o amarelo para dar um tom mais vibrante a capa, isso também mostra a característica de sempre utilizar bastante cores da comunidade, onde a bandeira que utilizam para representar o movimento possui a formação do arco-íris. As edições deveriam então suprir a necessidade de chamar atenção, fazer uma crítica, ter uma identidade visual e ainda sim, serem produzidas num esquema de cooperativismo e em curto período. </span></p><p dir="ltr" style="font-size: 12pt; line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;"><br /></span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="font-size: 12pt; margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9kPo5gq3Xxi_Ry_Lvmxn5t1vFvwOx11khY5-90GRfndu621ap2iO_sEUSC5fv1OWPgMDG9jhMwc-0X4oo8nIPYUzauH1ol-KKddIjCZmr3gu3ILUrW3f2D3SG-dDmYRa8yQepNidX3814T3-fk8hkbMwJhbxWBwqgsKzlodPUnb7cYc0aV_mqpkF0rw/s507/Imagem%2007.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="507" data-original-width="391" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9kPo5gq3Xxi_Ry_Lvmxn5t1vFvwOx11khY5-90GRfndu621ap2iO_sEUSC5fv1OWPgMDG9jhMwc-0X4oo8nIPYUzauH1ol-KKddIjCZmr3gu3ILUrW3f2D3SG-dDmYRa8yQepNidX3814T3-fk8hkbMwJhbxWBwqgsKzlodPUnb7cYc0aV_mqpkF0rw/s320/Imagem%2007.png" width="247" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span id="docs-internal-guid-27533787-7fff-3d10-7c7d-a04400529af7"><span style="font-family: Arial; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><b><span style="font-size: x-small;">07 - Lampião da Esquina nº 13</span></b></span></span></td></tr></tbody></table><span style="font-family: Arial; font-size: 12pt;"><br /></span><p></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 12pt;">As capas possuíam o estilo próximo das pornochanchadas e das charges (aqui no Brasil) e estilo diretamente vinculado à cultura visual Queer, pós moderna que ocorria e pautava a arte nos anos 70 (Nos Estados Unidos e Europa). </span></p><p dir="ltr" style="font-size: 12pt; line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">A última coisa a se falar sobre a capa do Lampião são as chamadas principais escritas. Nem sempre o que estava estampado na capa do jornal estava presente dentro do mesmo, essa composição “caótica” se repetiu até o fim da produção do jornal, curioso pensar nisso porque normalmente a capa é onde se encontra as notícias mais importantes presente naquela edição, o Lampião fazia essa inversão para apresentar outros fatos e, às vezes, não sendo, necessariamente, a matéria mais importante que estava sendo noticiada. Ou seja, a seleção das notícias que se tornaram chamadas não foram hierarquizadas. No Lampião todas as possibilidades de chamar atenção, eram utilizadas, mas não necessariamente direcionadas à matéria mais relevante.</span></p><p dir="ltr" style="font-size: 12pt; line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;"> </span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="font-size: 12pt; margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiV3Ks4eoR7PkxN6-yHcYiOlwJUQc5BVcteAnOhlUy514Vt31SdgljFioNDxw8aEhOi6rkVI90Hejf5EOV1_lMqmE0G9lEdh-yHda7j_uIPaupTVTSjdbi_qSUiUzi1G0Es280tb0IOlx3-oPfg-6TSxwpdOk_iKvR_hDF97vAkuDBOvaJlfmNNUVVjDA/s523/Imagem%2008.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="523" data-original-width="391" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiV3Ks4eoR7PkxN6-yHcYiOlwJUQc5BVcteAnOhlUy514Vt31SdgljFioNDxw8aEhOi6rkVI90Hejf5EOV1_lMqmE0G9lEdh-yHda7j_uIPaupTVTSjdbi_qSUiUzi1G0Es280tb0IOlx3-oPfg-6TSxwpdOk_iKvR_hDF97vAkuDBOvaJlfmNNUVVjDA/s320/Imagem%2008.png" width="239" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span id="docs-internal-guid-32244dc3-7fff-d82f-8e43-e14e03d302e7"><span style="font-family: Arial; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><b><span style="font-size: x-small;">08 - Lampião da Esquina nº 15</span></b></span></span></td></tr></tbody></table><p></p><p dir="ltr" style="font-size: 12pt; line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline;"><br /></span></p><p dir="ltr" style="font-size: 12pt; line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline;">Referências Bibliográficas:</span></p><span style="background-color: #444444; color: #cccccc; font-size: 12pt;"><br /></span><p dir="ltr" style="font-size: 12pt; line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="background-color: #444444; color: #cccccc;"><span style="font-family: Arial; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">CAE RODRIGUES, Jorge. </span><span style="font-family: Arial; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline;">Impressões de identidade: um olhar sobre a imprensa gay no Brasil</span><span style="font-family: Arial; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">. 1. ed. Rio de Janeiro: eduff, 2010</span></span></p><span style="background-color: #444444; color: #cccccc; font-size: 12pt;"><br /></span><p dir="ltr" style="font-size: 12pt; line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="background-color: #444444; color: #cccccc;"><span style="font-family: Arial; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">PÉRET, Flávia. </span><span style="font-family: Arial; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline;">Imprensa gay no Brasil: entre a militância e o consumo</span><span style="font-family: Arial; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">. Publifolha, 2011.</span></span></p><p dir="ltr" style="font-size: 12pt; line-height: 1.8; margin-bottom: 12pt; margin-top: 12pt; text-align: justify;"><span style="background-color: #444444; color: #cccccc;"><span style="font-family: Arial; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">SANTOS, Wendel Souza. </span><span style="font-family: Arial; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline;">O movimento LGBT no Brasil (1978- 1981): um estudo sobre o Jornal Lampião da Esquina</span><span style="font-family: Arial; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">. 2015.</span></span></p></span></div><div><span style="font-size: 12pt; text-align: center; white-space: pre-wrap;"><span id="docs-internal-guid-0137097e-7fff-3826-54a4-1844e559a6ee"><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 12pt; margin-top: 12pt;"><br /></p><div><span style="font-family: Arial; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline;"><br /></span></div></span></span></div>Editorhttp://www.blogger.com/profile/14460974738710140175noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-142939603372540710.post-31404355883457166232022-07-18T12:45:00.004-07:002022-07-22T08:49:22.753-07:00Os espaços de socialização da comunidade LGBT de Belo Horizonte<div style="text-align: left;">UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS<br />ESCOLA DE CIÊNCIAS DA INFORMAÇÃO</div><div style="text-align: left;">DISCIPLINA METODOLOGIA HISTÓRICA EM MUSEUS</div><div style="text-align: left;"><br /><span style="font-size: 12pt; text-align: center; white-space: pre-wrap;">Beatriz Queroz Figueiredo<br /></span><span style="font-size: 12pt; text-align: center; white-space: pre-wrap;">Camila Bueno Marques Salera<br /></span><span style="font-size: 12pt; text-align: center; white-space: pre-wrap;">Ingrid Ferreira das Dores Andrade<br /></span><span style="font-size: 12pt; text-align: center; white-space: pre-wrap;">Isabelle Iennaco<br /></span><span style="font-size: 12pt; text-align: center; white-space: pre-wrap;">Maíra Paula Gil<br /></span><span style="font-size: 12pt; text-align: center; white-space: pre-wrap;">Raphaela Luiza Damato Lima</span></div><div style="text-align: left;"><span style="font-size: 12pt; text-align: center; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div><div style="text-align: left;"><span id="docs-internal-guid-4d09141c-7fff-b879-8a46-f5e3c60f86e5"><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify; text-indent: 42.5197pt;"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">O trabalho “Espaços de socialização da comunidade LGBTQIA +” foi concebido por alunas no sexto período do curso de Museologia da Universidade Federal de Minas Gerais. O intuito do estudo consistiu na busca de uma maior compreensão do porque esses espaços são considerados LGBT friendly, bem como entender as pessoas LGBTs como sujeitos sociais que circulam ao mesmo tempo de forma livre, segundo a lei escrita e restrita, levando em conta os espaços que são de fato seguros para a existência queer.</span></p><br /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify; text-indent: 42.5197pt;"><span id="docs-internal-guid-3630d7ff-7fff-e85f-f693-11094445e5a7"><a href="https://www.guiagaybh.com.br/a-cidade" style="text-decoration-line: none;"><span style="color: #1155cc; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; text-decoration-line: underline; text-decoration-skip-ink: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">https://www.guiagaybh.com.br/a-cidade</span></a> </span></p><br /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify; text-indent: 42.5197pt;"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">A escolha dos locais: Café Cultura Bar, Café com Letras, Café Cine Belas e o próprio Cine Belas ocorreu em virtude da presença desses espaços no Guia Gay BH. O fato de um encontrar-se relativamente perto dos demais foi fator fundamental na escolha. Outro ponto importante é a localização na região da Savassi, conhecido point LGBT da cidade onde andam, segundo as pessoas mais conservadoras,“pessoas estranhas” e com roupas igualmente estranhas. A presença dos locais supracitados no Roteiro GLBT BH do “Jornal Rainbow”, acervo do professor Luiz Morando foi essencial para a consolidação de nossa escolha. O trabalho do referido docente de coleta e seleção para a construção da coleção que foi ponto de partida para esse trabalho deu-se em virtude da ausência de um número significativo de publicações acerca da temática LGBT na atualidade, ao menos no que diz respeito à realidade brasileira.</span></p><br /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify; text-indent: 42.5197pt;"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Com a realização do trabalho, temos como objetivo a aplicação das metodologias para a realização de uma pesquisa histórica e a laboração da mesma baseada em bibliografia, trabalho de campo, análise e purificação das fontes para a construção de algo sólido acerca dos espaços de socialização da comunidade em questão. A metodologia aplicada foi: visita ao acervo do professor Luiz, pesquisa bibliográfica e realização de entrevistas. A efetivação das últimas foi primordial para entendermos a realidade desses estabelecimentos, suas relações com a população LGBT e a efetiva acolhida ou não da diversidade, tendo em vista duas negativas de entrevista quando o assunto foi revelado.</span></p><br /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify; text-indent: 42.5197pt;"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">O Café Cultura Bar mudou de dono há onze anos e o local que antes era um café cultural atualmente apresenta a proposta de ser um bar. O público alvo aparentemente segue sendo, segundo a entrevista com um funcionário da casa “mais de esquerda”. A tentativa dupla de realização da entrevista com algum funcionário do Café com Letras foi frustrada, assim como ocorreu no Café Cine Belas. O Cine Belas Artes (atual Una Cine Belas Artes), que também fez parte de nossa pesquisa, foi inaugurado como cinema em 1992 e conta com um histórico cultural e de resistência que vai muito além de sua trajetória como cinema de arte. O local anteriormente era a sede do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFMG. Fomos bem recepcionadas quando em trabalho, contudo, tivemos que falar com várias pessoas até que alguém concedesse uma curta entrevista sobre os frequentadores LGBTs. </span></p><div><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div><div><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-left: 108pt; margin-top: 0pt; text-align: justify; text-indent: 47.9055pt;"><span style="font-size: 10pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">(...)os atuais grandes centros urbanos não podem ser considerados simplesmente como cidades que cresceram demais - daí suas mazelas e distorções. A própria escala de uma megacidade impõe uma modificação na distribuição e na forma de seus espaços públicos, nas suas relações com o espaço privado, no papel dos espaços coletivos e nas diferentes maneiras por meio das quais os agentes (moradores, visitantes, trabalhadores, funcionários, setores organizados, segmentos excluídos, “desviantes”, etc.) usam e se apropriam de cada uma dessas modalidades de relações espaciais. (MAGNANI, 2002, p.8)</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-left: 108pt; margin-top: 0pt; text-align: justify; text-indent: 47.9055pt;"><span style="font-size: 10pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;"><br /></span></p><span id="docs-internal-guid-8385ab26-7fff-146e-3af5-762aa687a4ec"><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify; text-indent: 42.5197pt;"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">Durante a realização da pesquisa foi possível constatar a presença senão de algum grau de preconceito, ao menos certo receio em tocar nesse “tema tabu” que é a população LGBT. Os espaços sociais podem, de acordo com Miége ser locais “ de resistência, uma auto-organização diante do espaço público burguês, no âmbito dos movimentos sociais”. Conseguimos constatar que mesmo sob uma represália muitas vezes sutil como “os olhares, as atitudes veladas, os comentários” descritos por Peret, a população LGBT segue frequentando os espaços e transformando ora um cinema de arte, ora um café em pontos de encontro relativamente seguros para a comunidade.</span></p><br /><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify; text-indent: 42.5197pt;"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">Uma questão que à primeira vista não ficou muito clara acerca dessas vivências tidas como “fora do normal” é o medo de simplesmente falar sobre a população LGBT. Após um exercício mental de ler nas entrelinhas à moda de Zadig no conto de Voltaire “O cão e o cavalo” - conseguimos perceber que a vida cor de rosa é apenas uma licença poética concedida à Édith Piaf, nem sempre as informações encontram-se claras o suficiente à primeira vista, logo, uma análise mais aprofundada pode acabar com construções utópicas. Sobre a prática da pesquisa em campo, nos conta Georges Duby que: “A distância entre essa verdade que o historiador persegue e que se esquiva sempre, e o que manifestam os testemunhos que está em condições de interrogar” é um processo inerente da purificação das fontes tão necessária para a construção de algo com alicerces sólidos.</span></p><div><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;"><br /></span></div><div><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;"><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline;">Referências Bibliográficas</span></p><span style="background-color: #444444; color: #cccccc; font-family: arial;"><br /></span><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="background-color: #444444; color: #cccccc; font-family: arial;"><span style="font-size: 10pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">MAGNANI, José Guilherme Cantor. De perto e de dentro: notas para uma etnografia urbana. </span><span style="font-size: 10pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline;">Revista brasileira de ciências sociais</span><span style="font-size: 10pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">, v. 17, p. 11-29, 2002.</span></span></p><span style="background-color: #444444; color: #cccccc; font-family: arial;"><br /></span><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="background-color: #444444; color: #cccccc; font-family: arial;"><span style="font-size: 10pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">MIÈGE, Bernard. Mutações no espaço público contemporâneo: Sete considerações fundamentais sobre o espaço público contemporâneo. </span><span style="font-size: 10pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">In</span><span style="font-size: 10pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">: SOUSA , Mauro Wilton de; </span></span></p><span style="background-color: #444444; color: #cccccc; font-family: arial;"><br /></span><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="background-color: #444444; font-size: 10pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;"><span style="color: #cccccc; font-family: arial;">PERET, Luiz Eduardo Neves. Pegação, Cidadania e Violência: as Territorialidades do Imaginário da População LGBT do Rio de Janeiro. Revista Contemporânea ed.14, vol.8, n1, 2010. p. 63 - 76</span></span></p><span style="background-color: #444444; color: #cccccc; font-family: arial;"><br /></span><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="background-color: #444444; font-size: 10pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;"><span style="color: #cccccc; font-family: arial;">GINSBURG, Carlo. Sinas: raízes de um paradigma indiciário. Mitos, emblemas, sinais. São Paulo: Companhia das Letras, 1993, p.143-179. </span></span></p><span style="background-color: #444444; color: #cccccc; font-family: arial;"><br /></span><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="background-color: #444444; color: #cccccc; font-family: arial;"><span style="font-size: 10pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">VOLTAIRE. O cão e o cavalo. </span><span style="font-size: 10pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">In</span><span style="font-size: 10pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">: CONTOS. São Paulo: Nova Cultural, 2003. cap. 3, p. 14-17.</span></span></p><span style="background-color: #444444; color: #cccccc; font-family: arial;"><br /></span><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 12pt; margin-top: 12pt; text-align: justify;"><span style="background-color: #444444; font-size: 10pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;"><span style="color: #cccccc; font-family: arial;">DUBY, Georges. A História Continua. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed. 1993, 162 p. (Caps. III, IV)</span></span></p></span></div></span></span></div></span></div>Editorhttp://www.blogger.com/profile/14460974738710140175noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-142939603372540710.post-59859760667440866312022-07-18T12:37:00.003-07:002022-07-18T12:37:33.461-07:00A Influência da imprensa no estigma da AIDS sobre a comunidade LGBTQIA+<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="color: #cccccc;"><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">Universidade
Federal de Minas Gerais </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="color: #cccccc;"><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">Escola
de Ciência da Informação </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="color: #cccccc;"><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">Disciplina:
Metodologia de Pesquisa Histórica em Museus </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="color: #cccccc;"><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">Professor:
Luiz Henrique Garcia</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="color: #cccccc;"><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">Alunos:
Bárbara Oliveira, Lorrayne Drumond, Natália Oliveira, Odirlei Almeida, Sâmara
Rebeca, Thamires Caetano.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="color: #cccccc;"><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">Data:
06/07/2022</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><o:p><span style="color: #cccccc;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="color: #cccccc;"><b><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">A
Influência da imprensa no estigma da AIDS sobre a comunidade LGBTQIA+</span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><o:p><span style="color: #cccccc;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="color: #cccccc;"><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">As
informações sobre a Síndrome da Imunodeficiência Humana, mais conhecida como
AIDS, no Brasil na década de 80, foi acompanhada pelos brasileiros principalmente
pela mídia impressa. É possível notar ainda nos dias de hoje, o lugar
privilegiado que a mídia e o acesso à informação têm sobre a formação da
opinião pública. Não é de se espantar, portanto, que naquela época, sem
internet e com poucos canais de informação, e com a influência do preconceito
já existente contra LGBTQIA+, a ideia da AIDS como, informalmente chamada, de
“peste gay” ou “castigo divino” fosse difundida e a aceita.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="color: #cccccc;"><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">A
comunidade LGBTQIA+ que vivia um período de muita luta por seus direitos
básicos de existência aliados a falta de conhecimentos sobre a doença (até pela
própria medicina) junto à moral cristã, que era uma vertente extremamente
forte, e a forma que a imprensa brasileira simplesmente replicava o que a
imprensa internacional difundia, davam seguimento e voz ao preconceito e
discurso de ódio já presente na sociedade em relação a esse grupo. </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="color: #cccccc;"><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">Mesmo
antes do primeiro caso da doença ser confirmado no Brasil, os homossexuais
foram apontados como principal “grupo de risco” de contaminação pelo HIV e isso
fez a AIDS ser considerada por muitos como uma doença de gay, estigma que
existe até os dias atuais. Como se não bastasse, a primeira morte confirmada de
um brasileiro com a doença foi a do costureiro Markito, que era um homem gay.
Os jornais noticiavam o medo, o preconceito e a moralização da epidemia. A
comunidade médica, que não era livre de ideais individuais e que enfrentava uma
doença desconhecida, influenciava em tais estigmas, quando todos que
manifestavam a doença eram tratados como "gays ou drogados". Dessa
forma, o estigma foi se concretizando sobre a comunidade LGBTQIA+ como sendo os
grandes portadores da doença, e foi essa a ideia que perpetuou no imaginário
brasileiro por algum tempo. </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="color: #cccccc;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: #444444; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-family: Arial, "sans-serif";">Algumas reportagens em revistas de grande circulação (Veja,
Istoé, …) expunham trechos que davam espaço a homossexuais com AIDS para
falarem sobre sua vida, sobre a doença e suas relações, após a morte de Cazuza,
sua mãe ficou conhecida como a "mãe dos aidéticos" e se preocupava em
ajudar e a difundir informações. É possível notar a influência dos ideais de
alguns jornais em suas reportagens, que no geral foram sendo suavizadas com o
passar dos anos e com a evolução do conhecimento médico em relação à doença.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="color: #cccccc;"><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">O
tratamento pela imprensa, dava voz ao estigma já presente na sociedade em
relação a esse grupo. Paulo Ricardo Diniz Filho (2014) apresenta como os
‘desvios sociais’, apresentados por Howard Becker e Erwing Goffman, foram
estigmatizados pela sociedade, levando uma pessoa ou grupo a ser reconhecido
apenas por uma característica e por seus estereótipos. Os conceitos e estigmas
foram sendo construídos e difundidos pela sociedade, perpassando por questões
morais, religiosas e sociais.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="color: #cccccc;"><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">Com
o passar do tempo é possível notar as mudanças em como a AIDS e esses estigmas
eram tratados, até mesmo nas palavras usadas, as palavras "aidéticos"
e "drogados" foram trocadas por "vítimas do HIV" e
"usuários de drogas", termos homofóbicos foram banidos e o discurso
foi sendo alterado. </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="color: #cccccc;"><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">A
imprensa, ainda é um grande difusor de opiniões e se mantém necessária como uma
forma de promover campanhas de conscientização sobre HIV e AIDS e da
diminuição de estigmas, principalmente o de como a doença não está relacionada
a homossexualidade, além de reduzir o preconceito sofrido por soro-positivos e
em como se proteger do vírus. </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><span style="color: #cccccc;"><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;"><span style="color: #cccccc;"><b><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: #444444; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-family: Arial, "sans-serif";">REFERÊNCIAS </span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><o:p><span style="color: #cccccc;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="color: #cccccc;"><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">DA
SILVA VIANNA, ELIZA . Aids a contrapelo: experiência da doença e relações de
poder. HISTÓRIA: DEBATES E TENDÊNCIAS (PASSO FUNDO) , v. 21, p. 155-171, 2021.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><o:p><span style="color: #cccccc;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="color: #cccccc;"><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">FAUSTO
NETO, Antônio. Comunicação e mídia impressa: Estudo sobre Aids. São Paulo:
Hacker Editores, 1999. </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><o:p><span style="color: #cccccc;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="color: #cccccc;"><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">FILHO,
Paulo Ricardo Diniz. Outsiders e Estigma: Duas perspectivas sobre o desvio
social. 2014. </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><o:p><span style="color: #cccccc;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="color: #cccccc;"><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">GARCIA,
S.KOYAMA,M. A. H. Estigma, discriminação e HIV/Aids no contexto brasileiro,
1998 e 2005. Revista de Saúde Pública, v. 42, n. suppl 1, p. 72–83, jun. 2008.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><o:p><span style="color: #cccccc;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="color: #cccccc;"><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">LOPES,
Pablo de Oliveira. NEVES, Paulo Sérgio da Costa. PEREIRA, Lucas de Almeida. Uma
visão interdisciplinar da AIDS na década de 1980: em cena, jornalismo e saúde.
Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 05, Ed. 08,
Vol. 09, pp. 46-69. Agosto de 2020. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: </span><a href="https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/visao-interdisciplinar"><span style="font-family: Arial, "sans-serif"; text-decoration: none;">https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/visao-interdisciplinar</span></a><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">, DOI:
10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/saude/visao-interdisciplinar</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><o:p><span style="color: #cccccc;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="color: #cccccc;"><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">MOREIRA
V, MENESES AM, ANDRADE DB, ARAÚJO MC. Fenomenologia do estigma em HIV/AIDS:
“coestigma”. Mental. 2010;8(14):115-31.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><o:p><span style="color: #cccccc;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="color: #cccccc;"><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">SILVA,
Letícia Gonçalves Ozório; NETO, Paulo Bungart. A sombria história da
“peste-gay”: a autoficção de Caio Fernando Abreu e o retrato do estigma da AIDS
no Brasil.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><o:p><span style="color: #cccccc;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="color: #cccccc;"><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">SILVA,
F. R.; GUEDES, R. da S. A mídia impressa e a construção narrativa sobre a AIDS
no Brasil no final do século XX: Uma relação perigosa. Rev. C&Trópico, v.
44, n. 1, p. 121-140, 2020. DOI:
https://doi.org/10.33148/cetropicov44n1(2020)art7 O Brasil é caracterizado como
um país de ampla di</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><o:p><span style="color: #cccccc;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="color: #cccccc;"><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">TERTO
JR, Veriano. Homossexualidade e saúde: desafios para a terceira década de
epidemia de HIV/AIDS. Horizontes antropológicos, v. 8, p. 147-158, 2002.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><o:p><span style="color: #cccccc;"> </span></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="color: #cccccc;"><span style="font-family: Arial, "sans-serif";">ZANATTA,
Elaine Marques. Documento e identidade: o movimento homossexual no Brasil na
década de 80. Cadernos AEL, 1996.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><span style="color: #cccccc;"><br style="mso-special-character: line-break;" /></span>
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><br /><p></p>Editorhttp://www.blogger.com/profile/14460974738710140175noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-142939603372540710.post-6592369579052423812022-07-18T12:30:00.002-07:002022-07-18T12:31:11.825-07:00O QUE SÃO OS NOSSOS LUGARES DE ONTEM HOJE? UM ESBOÇO CARTOGRÁFICO DOS ESPAÇOS LGBTQIA+ DE BELO HORIZONTE (1970-1990)<p><span style="color: #cccccc;"> <span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS – UFMG</span></span></p><span id="docs-internal-guid-16117875-7fff-aba7-d0ec-11e642de7630"><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 4pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="color: #cccccc;">ESCOLA DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO</span></span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 4pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="color: #cccccc;">CONSERVAÇÃO E MUSEUS II</span></span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 4pt; margin-top: 0pt;"><span style="color: #cccccc;"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">PROFESSORA:</span><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> Luiz Henrique Garcia</span></span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.28; margin-bottom: 8pt; margin-top: 0pt;"><span style="color: #cccccc;"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">ALUNA:</span><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> Alice Rodrigues, Elison Vitor, Flávia Torres, Daise Garcia, Evelyn </span></span></p><div><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="color: #cccccc;"><br /></span></span></div><div><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="color: #cccccc;"><br /></span></span></div><div><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span id="docs-internal-guid-24b7402b-7fff-219f-c6fa-5efc8bce6455"><p dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;"><span style="color: #cccccc;">Todos os dias, a gente acorda, se conecta à internet e se informa, informa e opina sobre o lugar que mora. Posta fotos, vídeos e faz outras infinidades de coisas que nos dizem sobre hábitos cotidianos dessa cidade. São coisas que dizem sobre o lugar e suas dinâmicas. Quando pensamos</span></span><span style="color: #cccccc; font-size: 12pt; text-indent: 35.45pt;"> a cidade como geografia das experiências, os lugares adquirem identidades tão diversas quanto as subjetividades que os ocupam, sejam para construir experiências significativas, sejam como espaços de fluxo.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: #cccccc;"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">Nesse espectro das dinâmicas sociais (especialmente na modernidade e todo o seu aparato contemporâneo), o espaço acresce a elas o sentido do novo. Os lugares se movimentam dentre os espaços da cidade e a cidade se transforma a cada demanda da especulação imobiliária, tendências econômicas, políticas, demográficas e ideológicas. Ver imagens da Belo Horizonte dos anos 1970, nós, </span><span style="font-size: 12pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">90's e 00's kids</span><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">, é como avistar o desconhecido e reconstruir imagens de um cotidiano desconhecido. E esse cotidiano está além da objetividade daquele lugar. O cotidiano dos anos 1970 está repleto de uma forma de se vestir, de falar, de uma estética material, ideologias e pessoas que minimamente compartilhamos o fundamental nos dias de hoje. Não porque se perde, mas porque a cidade é esse lugar rotativo e transformador a cada geração, a cada demanda de pensamento. </span></span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: #cccccc;"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">Durante a pesquisa que empreendemos sobre os espaços de sociabilidade LGBTQIA+ em Belo Horizonte dos anos 1970 e 1980, nós nos deparamos com um universo social totalmente adverso ao de 2022. Durante o levantamento dos dados, encontramos muitas saunas e boates inauguradas na cidade, primordialmente nos anos 1980 (e essa abertura advém do fortalecimento das lutas LGBTQIA+ ao longo do século XX). Ao filtrarmos os metadados de pesquisa, nós nos deparamos com vários artigos de opiniões, peças teatrais, entrevistas em jornais de grande circulação na cidade dedicadas ao tema. Isso demonstra a significância da cidade e seus lugares para as subjetividades que nela habitam, que os lugares não são espaços neutros e a sua edificação, especialmente os lugares de sociabilidade, expressam as lutas daqueles que dedicam as suas vidas pelo direito de ocupá-los. Falar de cidade é falar de direitos, e assim cartografamos alguns desses lugares e os apresentamos tal qual são hoje mediados pela seguinte pergunta: o que a imagem do presente permite narrar sobre o passado? Nessa pesquisa, ao fotografarmos o hoje com o intento de sabermos que há naqueles endereços hoje, questionamos como seria? Quem frequentaria? Quais vivências ocorreram ali? Essa a intrigante pergunta sobre o lugar; para além do que era, quais memórias se constituíram ali? Qual o significado desses lugares quando se pensa a sociabilização? Dentre esses lugares há saunas dedicadas ao público masculino. Qual a importância desse espaço para a promoção de encontros, o conforto e segurança para a expressão da sexualidade, afetos e dos encontros? Quando se pensa em bares ou nas festas LGBTQIA+ em que havia um círculo principal de amigos e se estendia à agregados e pessoas recém conhecidas que encontravam ali um ambiente seguro para experienciar o universo </span><span style="font-size: 12pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;">queer</span><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline;"> ou até mesmo as festas panfletadas entre os membros da comunidade… há tudo nisso uma dinâmica social e a rotatividade ou, melhor dizendo, a revitalização, a reinvenção e as novas significações desses lugares e do espaço urbano em si. Isso diz sobre as nossas lutas diárias enquanto pessoas, enquanto coletivos, independente das classificações das nossas identidades e dos interesses que sustentam as nossas ocupações.</span></span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span id="docs-internal-guid-0c940090-7fff-cffb-45f8-4528dc380214"></span></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img height="269" src="https://lh6.googleusercontent.com/bm68AUsKQvbDtcVjLLK01bF1V8eig0uxSdtVxYVHNX1Z0X0upQuYWKTb9H_Oe46FO5PPtdT41iwjomtyigvqO4AHwE8217lVCbkt7OLQLluCc2QtZOXMlrW3t4SV12Hwbq42odoiwYmoISqaJ9mOOw" style="font-size: 12pt; margin-left: auto; margin-right: auto; margin-top: 0px;" width="539" /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>0 - Cartografia de Belo Horizonte: locais visitados</b></td></tr></tbody></table><br /></span></span></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img height="209" src="https://lh4.googleusercontent.com/MUAakxiKXMy5xqWaOt9IfeNN-X0qlVvaX7QVaK-iDvRKNJ4ZAKxm141r3VFpsyudec-AyFJHmfjzRupkzR7SBBjuzBAOnInuEsUENpL-pKxTsKLXrUIpBdOUr677_gawJ8s8BhLVOBeOKl82Qt_v1w" style="margin-left: auto; margin-right: auto; margin-top: 0px;" width="347" /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>01 - SOHO: Rua Santa Rita Durão, 674. Funcionários</b></td></tr></tbody></table><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img height="240" src="https://lh3.googleusercontent.com/P9xPzpIjty0mbNXufx65WdPQbshJydch_PRx-XCVDnfU6J3YmmvipFDCSoWe2sBu-KxENWJfi39dNjzIL7RM0mucKuNjRHNMUzRhL-gvjQM6zUueUV1pCEsha96SF9J4Feh4K1-V_kijYUoSILynrA" style="font-size: 12pt; margin-left: auto; margin-right: auto; margin-top: 0px; white-space: pre-wrap;" width="369" /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>02 - TOCA: Rua Aimorés, 1855. Lourdes<br /></b></td></tr></tbody></table><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img height="238" src="https://lh6.googleusercontent.com/Z9waFRWS2GYuqWhyXuvHwiAMpSNUbRwqsIjbMqsW351ag49xzQFRm30x_-MzcmqXZg9ePQ7lmKpheSZi6lE6cJNlR9Kku24aWJaNHXrvRodM6EFE01mFgfly04YQ5Hk0Kb19Qjd5A8SCIhMhimAjgQ" style="color: #44546a; font-size: 12pt; font-style: italic; margin-left: auto; margin-right: auto; margin-top: 0px; white-space: pre-wrap;" width="322" /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>03 - ALIÁS: Rua Gonçalves Dias, 2217. Lourdes</b></td></tr></tbody></table><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img height="273" src="https://lh5.googleusercontent.com/Zdi3_SwagQk_ppkhg5OfPc362VG8ShnSerM7r8Ii8gcZQHYyYqVXuE9XiLRej4JUGtWVHjNi4Efx9HMiWmeA-Qp-7Z7XCDjNtv7MiE4iEcAwJxHv9V5L_IfGrzRxz6kfVB1hh6cm_yCL9s1ooZcm7w" style="font-size: 12pt; margin-left: auto; margin-right: auto; margin-top: 0px; white-space: pre-wrap;" width="410" /><br /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>04 - ZUUM: Av. Bias Fortes, 541; esquina com Bernardo Guimarães. Lourdes</b></td></tr></tbody></table><br /></span><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img height="243" src="https://lh3.googleusercontent.com/f8SG4xmhgJ0fv8CmEeyvK9yr2iSbPxgNMQ9QeTARcBd2ElTsK9qd7GIC1-XHQzia6c6_CHFoGzPxI6XJoAqgYPqahXeoPvfl_ESO8HPI45n93yUb04dMssq-PgOMl0amOpKxqsFn-_rMDXOYyGaQug" style="margin-left: auto; margin-right: auto; margin-top: 0px;" width="390" /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>05 - LULU: Rua Leopoldina, 415. St. Antônio</b></td></tr></tbody></table><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img height="234" src="https://lh3.googleusercontent.com/n2eof31XRQHe8YEIuQ6uRb1BN3DdA6waB3wDj1jJGpPy-fpc8c1Dlr5CXQtSp3JvSba23A-yVHyw6d9iagtpljtHP2ktsdpzoGdUtLuUkwraETG7pWFUFt3wK11KGcy2_rtS6D3BQcQRS5xDZbvDqw" style="font-size: 12pt; margin-left: auto; margin-right: auto; margin-top: 0px; white-space: pre-wrap;" width="359" /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>06 - CARBONARA RESTAURANTE: Praça Raul Soares, 350. Centro</b></td></tr></tbody></table><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img height="273" src="https://lh6.googleusercontent.com/ooSQUNvkLCaKd8ZgneiXtlIn43qnu9aMiJROUrMf4vlA9ndPwn_lqkq1OiS1TZyj82f7Jx8-hQyhaMnYsNkyxV9XvNM3Iddw7kBXLWlVzHfi9RIvuSWCWvFcTQOgtfTYp2npsvHnUbOHdVZLz41ZiQ" style="font-size: 12pt; margin-left: auto; margin-right: auto; margin-top: 0px; white-space: pre-wrap;" width="410" /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>07 - VAPORE - Rua Timbiras, 2523. Lourdes</b></td></tr></tbody></table><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img height="273" src="https://lh5.googleusercontent.com/GamvzXnxnmXDj1KZRVxZtyOY1Di9HStkbK17lsS9ww6fGTn1TdZqjO4gtdN5Bv8Qhns95muE8m8ISZZvRikjITwroXHV8JxIbE4ceHSjz93zjHfP9r_LpmKFsGrFUVKeNga6VDTg1A8cSwu_2flI1w" style="font-size: 12pt; margin-left: auto; margin-right: auto; margin-top: 0px; white-space: pre-wrap;" width="410" /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>08 - SAUNA NETURNO: Rua Guajajaras, 2099. Barro Preto</b></td></tr></tbody></table><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img height="239" src="https://lh4.googleusercontent.com/r9OGI2rUIavxGMI9gBfi6fBZRaFSkKSpF8MFwrNhhz_zuiYL35lMrnnLHwIcQFjxJCk_PjJu_PKUQ2yJplhOQT0l25Gt17-7aC-SzYOZAm_sDsdStt_ku-HxLWfIrS2Q_Ns_AfuN59wnebS9cTiwIQ" style="font-size: 12pt; margin-left: auto; margin-right: auto; margin-top: 0px; white-space: pre-wrap;" width="373" /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>09 - PHSYQUE AND BODY THERMAS: Rua Timbiras, 2040. <br />Lourdes</b></td></tr></tbody></table><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img height="273" src="https://lh6.googleusercontent.com/EK3HgGLOB6boI1F131nUbfxeKGXldjMVXJo8Ix7acYVZwaEnyZZ69MXmfOI19MjbNR8OsLD5KwStbTmrET7_TzITQupulM_goPpKUY1ZaYlm_GS-XLgxQT7EyCDOBtJrwsw-cAOJ_XufuV4XR8Lzfg" style="font-size: 12pt; margin-left: auto; margin-right: auto; margin-top: 0px; white-space: pre-wrap;" width="410" /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>10 - EROS MIX CLUB: Rua Aimorés, 1840. Lourdes</b></td></tr></tbody></table><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img height="273" src="https://lh5.googleusercontent.com/L8jToW4q0zX1uWxPvSlVNaSNon4823YUQSJsyuv77cDLF_Hj82n-HyrSdjhKvWOES34qCXzRKK_brt1BGXu18SetNbXApx51t-sSvIf3OmyXSduV_ceTZuFsYhV1Cr93yJhEj5PHKYolulKsy_CaMA" style="font-size: 12pt; margin-left: auto; margin-right: auto; margin-top: 0px; white-space: pre-wrap;" width="410" /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>11 - JOSEFINE: Rua Antônio Albuquerque, 729. Savassi</b></td></tr></tbody></table><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img height="243" src="https://lh6.googleusercontent.com/DqvhW1ezkeAHl4g2_MP5Gbg4g9fjojVCZx-DewuGB3-qWGBrNgAlY9jAkS1tOSPqSL2WHUmrammiHrcsbEsWXFxqahsRHbk-JMNokzPE7P5X7G6hXmqY80i4LwsI7rBsBPjT_LTVdF5k9bDm63Eawg" style="font-size: 12pt; margin-left: auto; margin-right: auto; margin-top: 0px; white-space: pre-wrap;" width="352" /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>12 - RAINBOW: Rua Goitacazes, 1361. Barro Preto</b></td></tr></tbody></table><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img height="306" src="https://lh6.googleusercontent.com/Jljjwq3bJJSvzz6wpV1K-Jh8znExQzoHOl_JrHoIvaz6DdY4jtSnFCryxBoi-aB_VRT5iRhbKiQnPOi08p-KdlH-YLuRoMWeV_L4-Mpz96_QS_oM6GqXCgPG59MExNP0Cydp1LOK0t8eLIHrHZgwVg" style="font-size: 12pt; margin-left: auto; margin-right: auto; margin-top: 0px; white-space: pre-wrap;" width="410" /><br /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>13 - BELAS ARTES, ESPAÇO URBANO: Rua Gonçalves Dias, 1581. Lourdes<br /></b></td></tr></tbody></table><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img height="240" src="https://lh5.googleusercontent.com/_Uj6DSVbBdRx659kN_JbUAnNVoR6RStXnBeYj1EHpnFfhUHX9NMI2m-eys9CkDomYx_KYolj9TnyzO71KNGpTHTuJbQdqH0AA17s8njEeom_15lk6XnNG_VwQoVrbsdNf2lnKXFN4MRtyHzvCV84lg" style="margin-left: auto; margin-right: auto; margin-top: 0px;" width="359" /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>14 - CINE SHOPPING ROMA: Av. Santos Dumont, 477. Centro</b></td></tr></tbody></table><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img height="219" src="https://lh6.googleusercontent.com/EK3HgGLOB6boI1F131nUbfxeKGXldjMVXJo8Ix7acYVZwaEnyZZ69MXmfOI19MjbNR8OsLD5KwStbTmrET7_TzITQupulM_goPpKUY1ZaYlm_GS-XLgxQT7EyCDOBtJrwsw-cAOJ_XufuV4XR8Lzfg" style="font-size: 12pt; margin-left: auto; margin-right: auto; margin-top: 0px; white-space: pre-wrap;" width="343" /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>15 - CAFÉ BELAS ARTES: Rua Aimorés, 1840. Lourdes</b></td></tr></tbody></table><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img height="251" src="https://lh5.googleusercontent.com/gwlJ2g-wLfNqjAeC0Aq7Z9hrs3WEy1DB9ORgdpSORyx8pfOzVT59iKnXL9-uKTlksYaUMXUoXwWI0XYx6R-4m_F1SFb9YVxbjSUbKQOsZm-feShPMpb1debJhGVef21e7lpGQuyUMvDfxwieNJqB_g" style="font-size: 12pt; margin-left: auto; margin-right: auto; margin-top: 0px; white-space: pre-wrap;" width="347" /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>16 - CAFÉ COM LETRAS: Rua Antônio Albuquerque, 718. Lourdes</b></td></tr></tbody></table><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img height="317" src="https://lh6.googleusercontent.com/it2HQWJ4Tio9g21UnprMYrW2QOtuqoRl2d1B83tPK8grg2z7pB3WmVlat0bgNdAj5IRVEJ8wAnd_o631A5LzzcDucxMQvRkVVgXt7T_IyjuULEkpIMYkkiYviZ2GWBpIz_APoUX1cNCklfPhpISF-Q" style="font-size: 12pt; margin-left: auto; margin-right: auto; margin-top: 0px; white-space: pre-wrap;" width="427" /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>17 - CAFÉ DO CASTELO: Rua da Bahia, 1149. Centro</b></td></tr></tbody></table><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img height="218" src="https://lh6.googleusercontent.com/c4m86rnKR5OGNmb7QWDWdFXLiic2FABIDZX8eaMydGADeAE7lVTi8XalJFkbrMr0rv4HC2Zqz8lpSv0C8Y4haRMZrcjeuFmFGbvq-6XmtNi7nXH8InamE120jMC9ZsRIfz3A1l-3pcHA_MNMgG2XBQ" style="font-size: 12pt; margin-left: auto; margin-right: auto; margin-top: 0px; white-space: pre-wrap;" width="388" /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>18 - GIZ BAR: Av. Contorno, 2395. St. Tereza </b></td></tr></tbody></table><span id="docs-internal-guid-6d0ac68e-7fff-33e3-ca2a-71c158291da1"><p dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="color: #cccccc;">REFERÊNCIAS</span></span></p><span style="color: #cccccc;"><br /></span><p dir="ltr" style="line-height: 1.28; margin-bottom: 8pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="color: #cccccc;">BOURDIEU, Pierre. Espaço físico, espaço social e espaço apropriado. São Paulo: Estudos Avançados. 2013.</span></span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.28; margin-bottom: 8pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="color: #cccccc;">MAGNANI, José Guilherme Cantor. De perto e de dentro: notas para uma etnografia urbana. Revista Brasileira de Ciências Sociais [online]. 2002, v. 17, n. 49 [Acessado 13 Abril 2022] , pp. 11-29.</span></span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.28; margin-bottom: 8pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="color: #cccccc;">CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. A era da informação: economia, sociedade e cultura. Volume 1. São Paulo: Editora Terra e Paz S.A, 1999. Pp. 571</span></span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.28; margin-bottom: 8pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="color: #cccccc;">MAGNANI, José Guilherme Cantor. De perto e de dentro: notas para uma etnografia urbana. Revista Brasileira de Ciências Sociais [online]. 2002, v. 17, n. 49 [Acessado 13 Abril 2022] , pp. 11-29.</span></span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.28; margin-bottom: 8pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="color: #cccccc;">PERET, Luiz Eduardo Neves. Pegação, Cidadania e Violência: as Territorialidades do Imaginário da População LGBT do Rio de Janeiro. Revista Contemporânea ed.14, vol.8, n1, 2010. p. 63 - 76.</span></span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.28; margin-bottom: 8pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="color: #cccccc;">QUEIROZ, Luiz Gonzaga Morando. Vestígios de proativismo LGBTQIA em Belo Horizonte (1950-1996). Revista Unilab. vol 1, n. 4, 2008.</span></span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.28; margin-bottom: 8pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="color: #cccccc;">SANTOS, Leonel Cardoso dos. Gradientes Hierárquicos ‘na Balada’: Etnografia, Corpos e Sociabilidades nas Boates GLS de Belo Horizonte. 2012. 116 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) - Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2012.</span></span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.28; margin-bottom: 8pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="color: #cccccc;">MIÈGE, Bernard. Sete considerações fundamentais sobre o espaço público contemporâneo. 2014</span></span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.28; margin-bottom: 8pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="color: #cccccc;">Scott, J. (2017). Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & Realidade. V. 20 n. 2. Porto Alegre, 1995</span></span></p><div><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="color: #cccccc;"><br /></span></span></div></span><div style="text-align: center;"><span id="docs-internal-guid-9d9724f9-7fff-b58a-9b23-a8e7f947cc3b"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="color: #cccccc;"><span style="border: none; display: inline-block; height: 240px; overflow: hidden; width: 359px;"></span></span></span></span></div>Editorhttp://www.blogger.com/profile/14460974738710140175noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-142939603372540710.post-6180132120856439592022-07-18T11:04:00.005-07:002022-07-18T11:08:29.259-07:00ESTUDO DA HISTÓRIA CULTURAL DA REPRESENTATIVIDADE GLS/LGBTQIA+ NO FIM DA DÉCADA DE 70, NO BRASIL, A PARTIR DA EDIÇÃO EXPERIMENTAL (nº 0) DO JORNAL IMPRESSO LAMPIÃO DA ESQUINA <p class="MsoNormal" style="border: none; margin-bottom: 0cm; mso-border-shadow: yes; mso-padding-alt: 31.0pt 31.0pt 31.0pt 31.0pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt;">UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS
GERAIS
05/07/2022<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; margin-bottom: 0cm; mso-border-shadow: yes; mso-padding-alt: 31.0pt 31.0pt 31.0pt 31.0pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt;">ESCOLA DE CIÊNCIAS DA INFORMAÇÃO<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; margin-bottom: 0cm; mso-border-shadow: yes; mso-padding-alt: 31.0pt 31.0pt 31.0pt 31.0pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt;">METODOLOGIA DE PESQUISA HISTÓRICA EM
MUSEUS<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; margin-bottom: 0cm; mso-border-shadow: yes; mso-padding-alt: 31.0pt 31.0pt 31.0pt 31.0pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt;">PROF. LUIZ HENRIQUE GARCIA<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; margin-bottom: 0cm; mso-border-shadow: yes; mso-padding-alt: 31.0pt 31.0pt 31.0pt 31.0pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt;">ALUNO: VITOR GOMES DOS SANTOS<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="border: none; margin-bottom: 0cm; mso-border-shadow: yes; mso-padding-alt: 31.0pt 31.0pt 31.0pt 31.0pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><b><span face=""Arial","sans-serif"" style="color: #212529; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: Arial;">ESTUDO DA
HISTÓRIA CULTURAL DA REPRESENTATIVIDADE GLS/LGBTQIA+ NO FIM DA DÉCADA DE 70, NO
BRASIL, A PARTIR DA EDIÇÃO EXPERIMENTAL (nº 0) DO JORNAL IMPRESSO LAMPIÃO DA
ESQUINA <o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Ao fim da
década de 70, em meio a ditadura militar no Brasil, mas já na fase de abertura
política, Winston Leyland, editor da Gay Sunshine (revista voltada para o
público homossexual de São Francisco, Califórnia) se reunia com mais onze
militantes intelectuais que eram autodeclarados homossexuais (HEEREN, 2011,
p.47) (LAMPIÃO, 2016). Segundo Agnaldo Silva, tudo começou quando Winston
Leyland, da Gay Sunshine Press, esteve no Brasil coletando material para uma
antologia de autores homossexuais latino-americanos. (LAMPIAO, 1978, p.5). Em
nenhuma fonte consultada foi possível compreender quantos foram, ou em qual
deles surgiu a ideia de formar um corpo editorial, com essas onze pessoas, mas
é distinguível ter havido mais de um encontro, sendo sediados tanto no Rio de
Janeiro, como em São Paulo, e também que em uma dessa reuniões se teve a ideia
de criar um jornal, brasileiro, que compreendesse a vida social e as ambições
civis do segmento homossexual da população, assim como suas tramas com as
demais minorias (HEEREN, 2011, p.47) (LAMPIÃO, 2016) (LAMPIÃO, 1978, p. 2),
chegando a abordar até mesmo a questão dos direitos dos animais, afirmando que
esta conquista tornava esse grupo, a mais exótica das minorias: <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 180pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span face="Arial, "sans-serif"" style="line-height: 150%;">“E LAMPIÃO reafirma aqui seu conceito de minoria: é um grupo sobre
o qual a sociedade repressiva mantém seus tacões, mesmo que ele não seja
minoritário, como as mulheres (...).” (LAMPIÃO, 1978, p. 11)</span><span face="Arial, "sans-serif""><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 40.5pt; text-justify: inter-ideograph;"><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"> Mais tarde, esse <i>start</i> foi classificado como compromisso histórico pela própria
imprensa alternativa. Assim, foi criado Lampião da Esquina e ficou decidido que
o seu Conselho Editorial fosse formado por: Adão Costa, Aguinaldo Silva,
Antônio Chrysóstomo, Clóvis Marques, Darcy Penteado, Francisco Bittencourt,
Gasparino Damata, Jean-Claude Bernadet, João Antônio Mascarenhas, João Silvério
Trevisan e Peter Fry (HEEREN, 2011, p.47). É importante ressaltar que foram
enviados diversos convites a mulheres para fazer parte do corpo editorial, mas
nenhuma se pronunciou (LAMPIÃO, 1978, p.4). Encarregados de traçar e manter a
linha editorial do periódico, lançaram primeiramente uma edição experimental,
de número 0 - lançada em abril de 1978, com a mensagem “circulação restrita” em
sua capa – que traz a nota editorial “Saindo do Gueto” na página de abertura,
deixando claro sua postura e seu lugar de incursão. <o:p></o:p></span></p>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6YTTzb-Cumourg8KJJUul6zA1eRZVK-KGz6tJlp6l4iLTA0aepteRCPYPIiBP5C9XKEXhrhRTj9nmxPkEe2Ja0ZFemVJpZhb0cNSSgZmUiZygfC6PfXRe2znbes7qIkDVhFhlW4ScsmhQ-qVLaPtFSByu56jB6JgFFZFa_fwdO4Vvo-9Hm2sWegEIjA/s1212/imagem%201.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="237" data-original-width="1212" height="63" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6YTTzb-Cumourg8KJJUul6zA1eRZVK-KGz6tJlp6l4iLTA0aepteRCPYPIiBP5C9XKEXhrhRTj9nmxPkEe2Ja0ZFemVJpZhb0cNSSgZmUiZygfC6PfXRe2znbes7qIkDVhFhlW4ScsmhQ-qVLaPtFSByu56jB6JgFFZFa_fwdO4Vvo-9Hm2sWegEIjA/s320/imagem%201.png" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>01 - Cabeçalho da edição experimental - Nº 0 - <br />jornal Lampião da esquina</b></td></tr></tbody></table>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 180pt; text-align: justify; text-indent: 32.25pt; text-justify: inter-ideograph;"><span face="Arial, "sans-serif"" style="line-height: 150%;">“Ventos favoráveis sopram no rumo de uma certa liberalização
do quadro nacional em ano eleitoral, a imprensa notícia promessas de um
Executivo menos rígido, fala-se na criação de novos partidos, de anistia, de
uma investigação das alternativas propostas faz até com que se fareje uma
“abertura do discurso político brasileiro”.” (...) “É preciso dizer não ao
gueto e, em consequência sair dele. O que nos interessa é destruir a
imagem-padrão que se faz do homossexual, segundo o qual ele é um ser que vive
nas sombras, que prefere a noite, que encara a sua preferência sexual como uma
espécie de maldição (...).” “(...) Falando da discriminação, do medo, dos
interditos ou do silêncio, vamos também soltar a fala da sexualidade no que ela
tem de positivo e criador.” (LAMPIÃO, 1978, p.2).</span><span face="Arial, "sans-serif""><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 40.5pt; text-justify: inter-ideograph;"><a name="_heading=h.gjdgxs"></a><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Havia interesse de se estudar,
inicialmente, a representação do homossexual através das matérias do jornal, ao
longo de sua história, em paralelo com o contexto social, político, da época,
que o jornal buscava embarcar. Entretanto, por se tratar de um jornal
subversivo, político - de militância, voltado para mudar as estruturas da
linguagem (dos fatos) amplamente associada a representação do homossexual
brasileiro - mostra-se extremamente complexo em suas relações e, até mesmo,
denso em seu conteúdo. Assim, geralmente as matérias surgem como indícios de
diversos aspectos do <i>status quo </i>que
eram impedimentos para o trabalho da equipe editorial, ou mesmo, enquanto
resistências concernentes à conquista dos direitos humanos e da liberdade de expressão
deste segmento da população, nos trazendo profícuas análises e infinitos
caminhos possíveis de serem percorridos. Dado a fertilidade do material, o
estudo resolveu restringir sua abordagem ao momento da incursão inicial do
jornal Lampião da esquina, sua edição de lançamento. Esta autoproclamada
“edição experimental”, nos interessa tanto, justamente por condensar esta tal
densidade de conteúdo, aflorando perceptivelmente suas complexidades. Como por
exemplo, quando uma carta selecionada, intitulada de Apelo ao jovem guei,
levemente embasada em argumentos teológicos, afirma que “muitos (homossexuais)
adotam habitualmente um comportamento artificial em consequência de
discriminações mais ou menos veladas a que estão sujeitos.” (LAMPIÃO, 1978,
p.15). Tal visão encontra eco constante no artigo “Qual é a da nossa
imprensa?”, onde Frederico Jorge Dantas,<span style="color: #666666;"> </span></span><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="color: #cccccc;">questiona o momento atual e a inserção de uma imprensa
homossexual, falando de sua dificuldade com o boletim EROS, onde encontrou
“barreiras praticamente intransponíveis, quase todas erguidas pelas pessoas a
quem ele dirigia o boletim” (LAMPIÃO, 1978, p.5):</span><span style="color: #212529;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 180pt; text-align: justify; text-indent: -189pt; text-justify: inter-ideograph;"><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"> “Repressões sociais que nos são impostas pelo grupo
majoritário onde o machista credenciado desrespeita a própria regra das
liberdades individuais.” (...). (...)
“Reflexo exato da corrupção moral em que se encontra envolvida a
homossexualidade, vítima dessa discriminação esmagadora, a que continua sendo
imposta pelo estilo machista.” (...) “Dolorosos processos de autocondenação
destroem centenas de homofilios incapazes de enquadrar dentro de uma definição
social estável. Esta insegurança acaba originando comportamentos agressivos e
em alguns casos, contrário ao bem estar social do nosso próprio grupo. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 40.5pt; text-justify: inter-ideograph;"><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">E
sendo grave, afirma, “reconheço ser a bicha atual um estágio necessário para se
atingir um tipo ideal de homossexual conscientizado de sua própria realidade
sexual.” Chega finalmente a admitir “E procuro apoio naqueles que defendem a
tese de que o homossexual tem necessidades de se desenvolver dentro de uma
realidade contrária a esta” </span><span face=""Arial","sans-serif"" style="color: #cccccc; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Arial;">(LAMPIÃO,
1978, p.5).</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="color: #212529; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Arial;"> </span><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Talvez
indicando a necessidade que iria ao encontro, um pouco mais tarde, do
desenvolvimento e aplicação constantes das Teorias Queer.<o:p></o:p></span></p>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLXQxK8cJsNBEpMGRqfmpwiUax9s9a7v2eifpDgJ4LCoBaN3ruf5NBMBk8dxppLDxds8RY7_GHavwCp-k3-bT0m7rUmQux8aLDmxp56cN2vKHRqjdR0ny7C03LqDwMmniNwWIqQTk3w_QdAVZFV2G6ZvvHINuH8qaYHn65nOR4QZa6S2MlXT9PHqivCA/s525/imagem%202.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="525" data-original-width="375" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLXQxK8cJsNBEpMGRqfmpwiUax9s9a7v2eifpDgJ4LCoBaN3ruf5NBMBk8dxppLDxds8RY7_GHavwCp-k3-bT0m7rUmQux8aLDmxp56cN2vKHRqjdR0ny7C03LqDwMmniNwWIqQTk3w_QdAVZFV2G6ZvvHINuH8qaYHn65nOR4QZa6S2MlXT9PHqivCA/w286-h400/imagem%202.png" width="286" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>02 - Capa da edição experimental - N° 0 - <br />jornal Lampião da esquina</b></td></tr></tbody></table>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 40.5pt; text-justify: inter-ideograph;"><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">De
fato, a representação do homossexual aparece de forma bem tensionada, na sessão
Tendências por exemplo, aparece o artigo Três vezes Darcy Penteado, que fala de
três projetos do artista pela cidade, dentre eles uma peça teatral chamada a
engrenagem do meio, onde um dos três protagonistas é um travesti. Pode-se
retirar o seguinte trecho da reportagem: “nela a temática homossexual é tratada
de maneira séria, direta, e os personagens são pessoas comuns, não caricaturas
ou “doentes” mentais, como tem acontecido sempre em peças do gênero. <span style="color: #cccccc;">(LAMPIÃO,
1978, p. 13).</span> E em diversos locais do jornal o vocábulo irmãos, clama por união
e tomada de autoconsciência coletiva. </span><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="color: #cccccc;">“Sabe, digo isso porque é difícil um homossexual sem a carga de
maldição que lhe impuseram.” (LAMPIÃO, 1978, p.7).</span></span><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 40.5pt; text-justify: inter-ideograph;"><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Havia
o forte entrave da censura à grande imprensa. Na imprensa brasileira o único
jornal de grande circulação que abordava a homossexualidade era o Jornal
Notícias Populares, jornal conhecido por sua abordagem sensacionalista ao
extremo, de vocabulário depreciativo e que trazia temáticas principalmente
ligadas a violência, crime e sexo (LAMPIÃO, 2016), ainda, João Silvério
Trevisan afirma que quando a palavra “lésbica” aparecia na edição da Folha de
São Paulo, eles cortavam e escreviam “feminista. Esses eram, portanto, fatores
desfavoráveis as discussões de gênero e representatividade GLS. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"> A saída a
censura era editar jornais alternativos – a chamada imprensa nanica. Um dos
nomes mais relevantes do jornalismo nanico era o Pasquim (falar mais). Entretanto,
o cineasta Luiz Carlos Lacerda afirma que ele tinha um corpo editorial
extremamente machista e homofóbico. Havia também jornais mimeografados, de
baixíssima circulação, como o Eros (LAMPIÃO, 1978, p. 5) e o GENTE GAY
(LAMPIÃO, 1978, p.14). Nessa conjectura, em 1976, no breve período de dois
meses, no Jornal da Última Hora, o ousado buscou instaurar-se através da Coluna
do Meio. <span style="color: #cccccc;">De </span></span><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="color: #cccccc;">“cunho
informativo social e burlesco” (LAMPIÃO, 1978, p. 6) promovendo o “encontro” de
ideias dispersas, pela falta de espaço, para se discutir a temática
homossexual. Na época, recebia de 30 a 40 cartas por dia. Apesar disso, Celso
Curi, jornalista idealizador da coluna, acabou demitido, recebeu ameaças
(LAMPIÃO, 2016), e foi processado pelo Ministério Público do Estado de São
Paulo (LAMPIÃO, 1978, p. 6). A reportagem sobre o acontecimento, ocupa três
páginas desta edição de nº 0, e reporta se tratar do primeiro processo contra
homossexualismo na história judicial do Brasil. De um lado, evidenciando os
entraves políticos e sociais da época, e de outro, demonstrando a crescente
relevância da temática. </span><span style="color: #212529;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 40.5pt; text-justify: inter-ideograph;"><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Portanto,
o Lampião não foi o primeiro jornal para o público homossexual, mas foi o
primeiro, a tratar da questão estrutural da linguagem que sustenta as relações
sociais e a visão do homossexual na sociedade brasileira sob uma ótica crítica,
ou seja, foi o primeiro a abordar a sexualidade de maneira pontual no Brasil.
(SANTOS, 2015, p. 136). Cada edição teve uma circulação de 10 a 15 mil
exemplares em todo o país (FERREIRA, 2012. p. 4).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 40.5pt; text-justify: inter-ideograph;"><b><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">NAS RUAS<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 40.5pt; text-justify: inter-ideograph;"><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Na
época, os travestis e homossexuais eram marginalizados de forma violenta. O
documentário Lampião da Esquina da diretora Lívia Perez, ainda no primeiro
minuto, mostra uma reportagem do começo da década de 80 onde entrevistados
afirmam coisas como “eu acho que não deveria existir homossexual”, outro fala
“acho que deveria acabar de um jeito ou de outro, prendendo... matando...”,
enquanto um outro entrevistado ao ser questionado se ele acha que devem matar
travestis, afirma que “se a lei permitir.... seria uma boa”. O filme pode ser
conferido abaixo:</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 40.5pt; text-justify: inter-ideograph;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="357" src="https://www.youtube.com/embed/ZsyTMvs6S8I" width="429" youtube-src-id="ZsyTMvs6S8I"></iframe></div><br /><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br /></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="color: #212529; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Arial;"> </span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="color: #cccccc;"> Vale ainda
ressaltar outros assuntos que aparecem nessa edição como: prisioneiros de
consciência e o “apoio moral” da Anistia; homossexuais nos campos de
concentração, como eles eram distinguidos e o apagamento da temática na memória
coletiva; contos e poemas; tendências em voga (marcava uma sessão); sexualidade
de figuras emblemáticas da política; “marginalização” do gozo feminino e do
gozo homossexual; inseminação artificial em casais de lésbicas; arte
erótico-homossexual brasileira, os limites entre erótico e pornografia, e os
parâmetros que formulam o estatuto moral/imoral. E na seção Cartas na Mesa: Homossexualismo no
futebol, TV-Globo estereotipando a representação de seus atores como mais
“viris” do que realmente são, expectativas sobre a revista, solicitações de
fotos de homens nus, reclamações, queixas contra a polícia, e até desabafos.</span><span style="color: #212529;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="color: #cccccc;">REFERÊNCIAS:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><span style="color: #cccccc;">FERREIRA, Carlos. Imprensa Homossexual: Surge o Lampião da
Esquina. Revista Alterjor 1(1), São Paulo, 2012. P 1-13.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><span style="color: #cccccc;">HEEREN, José Augusto de Castro. O armário invertido:
comunicação e discurso sob a luz de Lampião. 2011. 238 f. Dissertação
(Mestrado)- Faculdade Cásper Líbero, Programa de Mestrado em Comunicação, São
Paulo, 2011. p. 45-49.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="color: #cccccc;"><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt;">LAMPIÃO da Esquina. Lívia Perez. São Paulo, Doctela/Canal
Brasil, 2016. Disponível em: </span><a href="https://www.youtube.com/watch?v=ZsyTMvs6S8I&t=1165s"><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Lampião da Esquina - Agnus Guei do Labedisco</span></a><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><span style="color: #cccccc;">LAMPIÃO DA ESQUINA. Rio de Janeiro. Editora Lampião,
circulação restrita, nº 0, 1978. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="color: #cccccc;"><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">PERET, L.E.N.
Pegação, Cidadania e Violência: as territorialidades do imaginário da população
LGBT do Rio de Janeiro. In: Revista Contemporânea. Ed. 14. Vol. 8. Nº 1. 2010.</span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="color: #cccccc;"><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt;">SANTOS, Wendel Souza.
O movimento LGBT no Brasil (1978- 1981): um estudo sobre o Jornal
Lampião da Esquina. Temática. 2015.
Disponível em: </span><a href="https://periodicos.ufpb.br/index.php/tematica/article/view/25245/13733."><span face="Arial, "sans-serif"" style="font-size: 12pt;">https://periodicos.ufpb.br/index.php/tematica/article/view/25245/13733.</span></a></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="color: #212529; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: Arial;"><o:p></o:p></span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"></p>Editorhttp://www.blogger.com/profile/14460974738710140175noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-142939603372540710.post-46661257419489298812022-06-22T20:48:00.030-07:002022-06-23T07:43:40.686-07:00<div><h2 style="text-align: left;"><span style="font-family: times;"><b style="text-align: justify; text-indent: 47.2px; white-space: pre-wrap;"><u>CENTRO DE ARTE POPULAR</u> </b><span style="text-align: justify; text-indent: 47.2px; white-space: pre-wrap;">- Belo Horizonte</span></span></h2><h2 style="text-align: center;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><span style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Ao fazermos algumas visitas ao </span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Centro de Arte Popular,</span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span>localizado na Rua Gonçalves Dias, próximo à Praça da Liberdade, </span><span style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">ficaram para nós, do grupo de estudos Som e Museologia - SOMMUS, algumas impressões...</span></span></h2><span id="docs-internal-guid-9ad19313-7fff-eb60-d1ea-2b866b4cb24f"><p dir="ltr" style="line-height: 1.295; margin-bottom: 8pt; margin-top: 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"></span></p></span><blockquote style="border: medium none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px;"><blockquote style="border: medium none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px;"><span></span></blockquote><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZejoDnhilFnDcflX6Q59m5yl_MX8KxFfGhCk7no3oU47Y9TG899PLQEXsC-wZs4pGTfYaZ0V3hKVI5nf7mAcexeRfk3PcBWOxtHxMCbQf8v1n75G0Fb-sla8K4_2HnU7_TSfLSJplECyn76V9mv2xb6aSjDiygzxC5aY5XSUjxZsErWoqtDn5x0yC/s4608/IMG_1516.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3456" data-original-width="4608" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZejoDnhilFnDcflX6Q59m5yl_MX8KxFfGhCk7no3oU47Y9TG899PLQEXsC-wZs4pGTfYaZ0V3hKVI5nf7mAcexeRfk3PcBWOxtHxMCbQf8v1n75G0Fb-sla8K4_2HnU7_TSfLSJplECyn76V9mv2xb6aSjDiygzxC5aY5XSUjxZsErWoqtDn5x0yC/s320/IMG_1516.JPG" width="320" /></a></div><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikWK6swOG8v94nU5aTyqL_tr6870OSaNq7CZIhQEPi2XihMf8LEV4k5fZEEuQ513729exYbw1JflmxdjSN3Lx-CKas5HZbkmnJ7awqSBJd_MeAlYI1Yek9rLV1_RxWUDn8jPBaqj5VZjfxTiPvRQKatJyxU72XTAmJKJAkHdH3HnK6QOceiTXhuE2j/s4608/IMG_1399.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3456" data-original-width="4608" height="238" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikWK6swOG8v94nU5aTyqL_tr6870OSaNq7CZIhQEPi2XihMf8LEV4k5fZEEuQ513729exYbw1JflmxdjSN3Lx-CKas5HZbkmnJ7awqSBJd_MeAlYI1Yek9rLV1_RxWUDn8jPBaqj5VZjfxTiPvRQKatJyxU72XTAmJKJAkHdH3HnK6QOceiTXhuE2j/w318-h238/IMG_1399.JPG" width="318" /></a></div></div></blockquote><div dir="rtl" style="text-align: right;"> </div><blockquote style="border: medium none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"><div style="text-align: left;"><div style="text-align: right;"><span style="font-family: times; font-size: x-small;"> - Casarão no estilo eclético projetado em 1928, na Rua Gonçalves Dias.</span></div><div style="text-align: right;"><span style="font-family: times;"><span style="font-size: x-small;">- Talhas em pedra o feitas por Mestre Juca, em Ouro Preto. Artista nascido em 1923.</span> </span></div></div></blockquote><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span> </span><span> </span><span> </span></span>Como uma das salas estava interditada, não conseguimos ver todo o acervo do local, o que certamente atrapalhou nossa experiência. Já nas salas em que pudemos observar as obras não conseguimos ver um uso do som enquanto um recurso museal bem trabalhado: ora os vídeos não estavam com um volume adequado, ora ruídos de outros equipamentos atravessavam a sala, desnorteando a escuta de algum objeto sonoro. Isso quando os aparelhos não estavam funcionando corretamente ou não possuíam legenda nenhuma que nos permitia identificar o que estava sendo reproduzido.</p><p style="text-align: left;"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><img alt="" data-original-height="780" data-original-width="1040" height="185" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhmM9IRkTc9_cKoHJesa-S3NyNurK41iq_GxSZpBtejVufI1ANU4mTc0uat557O_LrAZksJamEnwu6HdSqGxrCizXJMgcIzJQkf5_bAvGvUxwo58Niv_H8s3axAs45SBbhgPzJUyxIkRZGF63SzenLnKWpGraIQgsbj2v-MX23_ah4B9Zr76gPzBndL=w246-h185" width="246" /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigCpBIQHwPqCM-yHaDY0l2HxOMyLv6MU8IIOG50o0yPRVqvxAUSpbZAbvHfSRwSQSTuqVhfdpEaP5--j3G05x9JgoBaOK9CR4DFKKj9RQP99YMI9x7paTATOWfze6H537hACYkauzuX0Sv__XgpCGkMdDNEGHvmxSMp_E97PSHAP3LqBawKwJgRYYs/s4608/IMG_1402.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3456" data-original-width="4608" height="184" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigCpBIQHwPqCM-yHaDY0l2HxOMyLv6MU8IIOG50o0yPRVqvxAUSpbZAbvHfSRwSQSTuqVhfdpEaP5--j3G05x9JgoBaOK9CR4DFKKj9RQP99YMI9x7paTATOWfze6H537hACYkauzuX0Sv__XgpCGkMdDNEGHvmxSMp_E97PSHAP3LqBawKwJgRYYs/w245-h184/IMG_1402.JPG" width="245" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhmM9IRkTc9_cKoHJesa-S3NyNurK41iq_GxSZpBtejVufI1ANU4mTc0uat557O_LrAZksJamEnwu6HdSqGxrCizXJMgcIzJQkf5_bAvGvUxwo58Niv_H8s3axAs45SBbhgPzJUyxIkRZGF63SzenLnKWpGraIQgsbj2v-MX23_ah4B9Zr76gPzBndL" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><br /></a></div></div><div style="text-align: right;"><span style="font-family: times; font-size: x-small;">No primeiro andar, na
exposição temporária, haviam caixas de sons que estavam desligadas, um
silêncio...</span></div><div style="text-align: right;"><span style="font-family: times; font-size: x-small;">Projeção em uma das paredes durante uma de nossas visitas...</span></div><div style="text-align: right;"><span style="font-family: times;"><br /></span></div><p></p><p></p><div style="text-align: justify;">Por não conhecermos nada de como era a vida da maioria dos artistas escolhidos - somente vemos raros depoimentos nas televisões usadas pela exposição - pouco podemos saber de suas particularidades e da originalidade em seus processos criadores. Uma grande perda da potencialidade ao exibir uma obra de arte é não sabermos nada sobre o processo artístico de cada um dos artistas. A exposição poderia ter optado em ter dado um destaque maior para suas vivências individuais e para a oralidade. Se os ouvíssemos, ou a seus familiares, amigos, pessoas que os conheceram... seríamos capazes de entender melhor suas peças, dos locais onde viveram e seus contextos de vida.</div><p dir="ltr" style="line-height: 1.295; margin-bottom: 8pt; margin-top: 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEih5ixN5Vyh3ZcDCH7Jet17sGcIEOZAjtY8VoxicPAQq2za4tsORZExJsjZSr85lOhAMM0ZvCCNx9caD9LWEOPs_K8e0cg8hfm5kO6fUA3Hjfk-PZHaDlVr87k5FsaFgtHICBVNCTJh9CzaupiU7ERv6eLIiFeGCNzuaLGVUJyk9SnE4u-eNwW3IpZB/s4608/IMG_1412.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4608" data-original-width="3456" height="315" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEih5ixN5Vyh3ZcDCH7Jet17sGcIEOZAjtY8VoxicPAQq2za4tsORZExJsjZSr85lOhAMM0ZvCCNx9caD9LWEOPs_K8e0cg8hfm5kO6fUA3Hjfk-PZHaDlVr87k5FsaFgtHICBVNCTJh9CzaupiU7ERv6eLIiFeGCNzuaLGVUJyk9SnE4u-eNwW3IpZB/w236-h315/IMG_1412.JPG" width="236" /></a><img border="0" data-original-height="4608" data-original-width="3456" height="316" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilxi1SWTbvaiCKDhpCNqMYw5qe37L36MbvQavdtLwGNrANie-L7iCN6NCp_cHQabdxZ4KUnBPVmnXP6nfNlBCSYog7j9LP9JWTp3BvujmdCfuCS4gxChp6I2A0Yq4X379pAp_RHEDwCxkbR4J9B52ptnmW7IGlUgNZ_xcFsel__fD53zRfH-4cNS0A/w237-h316/IMG_1405.JPG" width="237" /></div></div><h4 style="text-align: left;"><span style="font-weight: normal;"><span style="font-family: times;"><span style="font-size: x-small;"><div style="text-align: right;"><span style="text-indent: 47.2px;">- São Francisco com pombo (1983), de Mestra Zefa. Josefa Alves dos Reis nasceu em Poço Verde - SE,</span><span style="text-indent: 47.2px;"> 1925.</span></div></span><span style="font-size: x-small;"><div style="text-align: right;"><span style="text-indent: 35.4pt;">- Cristo Crucificado (1978), de Maurino Araújo. Artista nascido em Rio Casca - MG, em 1923.</span></div></span></span></span></h4><div style="text-align: right;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7tk7Bohv182SFPITcG8phihxQb7-pLT_vtb8Nd1bea7yCuHqcSuT_YzD2lBxlu_oGrjIyY_34sW9fkpEfuEnw1KXuYiBlVCtn7ffwGTE9UFx4QEO8XllQHyTU03SN6PDRNNFWsYSJC9PPV8ODY8GzMNSh8yR4xftG1IEOMNgWMgNbSGJoFWp-4Jh8/s4608/IMG_1420.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4608" data-original-width="3456" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7tk7Bohv182SFPITcG8phihxQb7-pLT_vtb8Nd1bea7yCuHqcSuT_YzD2lBxlu_oGrjIyY_34sW9fkpEfuEnw1KXuYiBlVCtn7ffwGTE9UFx4QEO8XllQHyTU03SN6PDRNNFWsYSJC9PPV8ODY8GzMNSh8yR4xftG1IEOMNgWMgNbSGJoFWp-4Jh8/s320/IMG_1420.JPG" width="240" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRJXS8cBvRqZBex_44wiCi7MgJd89604gaL4_ak_Pu1jw6U3P3GyxLKJ9WgNuNh8A1UGyP84LWruhAGx9RrhjL-9QHnuTfFxyenxeUIOk5Q7jg8OY20hHNzPJOjge7g73oMWSq8RZtYrB5j5E1K0L_iX6FE8x47fmFdVZl4BSL96Mu5ulpZQtfj5ds/s4608/IMG_1429.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4608" data-original-width="3456" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRJXS8cBvRqZBex_44wiCi7MgJd89604gaL4_ak_Pu1jw6U3P3GyxLKJ9WgNuNh8A1UGyP84LWruhAGx9RrhjL-9QHnuTfFxyenxeUIOk5Q7jg8OY20hHNzPJOjge7g73oMWSq8RZtYrB5j5E1K0L_iX6FE8x47fmFdVZl4BSL96Mu5ulpZQtfj5ds/s320/IMG_1429.JPG" width="240" /></a></div><h4 style="text-align: left;"><div style="text-align: right;"><span style="font-weight: normal; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: times; font-size: x-small;">- Bilha Antropomorfa, de Dona Joana Batista, artista nascida no Vale do Jequitinhonha- MG.</span></span></div><span style="font-family: times; font-size: x-small;"><div style="text-align: right;"><span style="font-weight: normal; text-indent: 35.4pt;">- Tropeiro de Caatinga (2006), do ceramista Ulisses Mendes, nascido em Itinga - MG, em 1955.</span></div></span></h4></div></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKJ-5agLgZwjrVSQgikylxzTnuBgpk4kv0dd5bSoNXHpD8QcsBpVzsoOgQoFwa5oenrY4A6YbJ1FN2KAQC2nkgdgt402898-7Gj3xRKXEkC8ly5EwcQpdfVl4A__KS0WKX7zfeA6p6zxY2HG6mlcLm7t2mcamMZJjlsZK1vsp_XmNle-Wq_AVTrLGj/s4608/IMG_1438.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4608" data-original-width="3456" height="307" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKJ-5agLgZwjrVSQgikylxzTnuBgpk4kv0dd5bSoNXHpD8QcsBpVzsoOgQoFwa5oenrY4A6YbJ1FN2KAQC2nkgdgt402898-7Gj3xRKXEkC8ly5EwcQpdfVl4A__KS0WKX7zfeA6p6zxY2HG6mlcLm7t2mcamMZJjlsZK1vsp_XmNle-Wq_AVTrLGj/w230-h307/IMG_1438.JPG" width="230" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOGnz-u8m4_1kR7kSoyQa_Yf3NEhpgdygzAUQFALn6up9UqDxx8YD6yh290XO9o1i2m688sNI-gcIBmKfSjcwVAvR3FBzFZl-xIIpI1ftRbdoVdqBsTuUBfsHsO4gIYNfLbnOGIwd5qKZGJntSL6hNbKWE_--n7bRgX6mfOIwdfvr2-m-HojmO7o1a/s4608/IMG_1447.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4608" data-original-width="3456" height="305" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOGnz-u8m4_1kR7kSoyQa_Yf3NEhpgdygzAUQFALn6up9UqDxx8YD6yh290XO9o1i2m688sNI-gcIBmKfSjcwVAvR3FBzFZl-xIIpI1ftRbdoVdqBsTuUBfsHsO4gIYNfLbnOGIwd5qKZGJntSL6hNbKWE_--n7bRgX6mfOIwdfvr2-m-HojmO7o1a/w228-h305/IMG_1447.JPG" width="228" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: times;"><br /></span></div></div><div style="text-align: right;"><span style="font-family: times; font-size: x-small;">- Figura Zooantropomorfa, cerâmica do século XX, de autoria desconhecida.</span></div><div style="text-align: right;"><span style="font-family: times;"><span style="font-size: x-small;">- Reminiscência Africana (1978), de Maurino Araújo.</span> </span></div><p></p><br /><br /></div><div style="text-align: justify;">Percebemos uma tentativa de “divulgar a pluralidade e a diversidade cultural mineira” e de “compartilhar os saberes sobre os modos de produção e suas autorias, assim como seus contextos históricos, econômicos e social”, que acaba por reduzir a riqueza das manifestações populares ao entendê-las a partir de uma chave de leitura que as equipara enquanto “arte regionalista” e não nos permite entendê-las como obras feitas por pessoas diferentes, em espacialidades e temporalidades diferentes.<br /></div><div><br /><br /><br /><blockquote style="border: medium none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px;"><p style="line-height: 1.295; margin-bottom: 8pt; margin-top: 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><img border="0" data-original-height="3456" data-original-width="4608" height="299" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8dubGOtUAd1WS2gBYHeyj5ABjV3rfqIvN1AjzzXFrcOZZdyWasG2ms8QDJ2-BYfAwjTSyywap3Y2XtoyR6czkRwlxMiZfZ3VydkQdQ5O43HeGeYYkrIrOCoeipUQBWWNH9AQflKEucznXNAo-yoCL76qOMz6WXOuqbzIwtCC2weFOdSFLp8xTtZmh/w399-h299/IMG_1277.JPG" width="399" /></p></blockquote><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDwAO55MmGup7HXtBCOLRlu-ZF5t10ASyaQmLK_Xd8ka_x6pscGvZnCfjaE_K6xea04kMDwWdtn19nixEG6c2V3g-IILCw683ZvHDbHP3kWur0XuBsFgKRNfTiGxk_jcLElDFFmREGYpQU_pRDGyK5ojuhHdb2-3lNMTIy7sSasb0YWalAwzxPhOdJ/s4608/IMG_1453.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3456" data-original-width="4608" height="297" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDwAO55MmGup7HXtBCOLRlu-ZF5t10ASyaQmLK_Xd8ka_x6pscGvZnCfjaE_K6xea04kMDwWdtn19nixEG6c2V3g-IILCw683ZvHDbHP3kWur0XuBsFgKRNfTiGxk_jcLElDFFmREGYpQU_pRDGyK5ojuhHdb2-3lNMTIy7sSasb0YWalAwzxPhOdJ/w396-h297/IMG_1453.JPG" width="396" /></a></div><span style="font-family: times; font-size: x-small;"><div style="text-align: right;">- Figura, obra do ceramista Ulisses Pereira Chaves (1922-2006), nascido em Caraí - MG.</div><div style="text-align: right;">- Congado (1970), óleo sobre tela de Rodelnégio Gonçalves Neto.</div></span><p dir="ltr" style="line-height: 1.295; margin-bottom: 8pt; margin-top: 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: times; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></p></div><div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;">As visitas ao CAP confirmam que a música e o som são utilizados na maioria das exposições dos museus de Belo Horizonte apenas como instrumento complementar e não como objeto a ser musealizado. Os elementos sonoros ali apenas compõem o contexto expositivo e não contribuem para criar novas narrativas.</div><p style="line-height: 1.295; margin-bottom: 8pt; margin-top: 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-kJIjnJB2-MEzQiezUUMkOY38V6QGLwCG7_qbtq9hIRW1x682-E-3EW4PMBi2iCDQhe-7qBLJjZuMmqaJ__CNzA5bdBcxADNqRqu_EY7a-ehoJqUEWm_eTWh9nFL6VMonN8w1AcgupvznEtupELzx3GATmuAI-sT4hRsXxY_IDoO_ROraqYmYPkZr/s4608/IMG_1423.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3456" data-original-width="4608" height="284" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-kJIjnJB2-MEzQiezUUMkOY38V6QGLwCG7_qbtq9hIRW1x682-E-3EW4PMBi2iCDQhe-7qBLJjZuMmqaJ__CNzA5bdBcxADNqRqu_EY7a-ehoJqUEWm_eTWh9nFL6VMonN8w1AcgupvznEtupELzx3GATmuAI-sT4hRsXxY_IDoO_ROraqYmYPkZr/w379-h284/IMG_1423.JPG" width="379" /></a></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: times;">Parte dedicada à arte maxacali, além de não sabermos qual o vídeo está passando, </span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: times;">não ouvimos som nenhum, todas as obras expostas ali estão sem legenda.</span></div><div style="text-align: center;"><br /></div><p></p></div><div style="text-align: left;"><div style="text-align: center;"><br /><div style="text-align: justify;">Ao fim, restam alguns questionamentos: qual seria a implicação de relacionarmos inconscientemente a produção artística de determinadas culturas e partes do país com uma pressuposta “primitividade”, “pureza” ou “brutalidade” de suas manifestações artísticas? Por que quase sempre nós as encaixotamos em uma noção de tempo tradicional/passado/antigo/autóctone/não-moderno/parado no tempo? Como podemos pensar as artes feitas por artistas dito "populares" a partir de seus trabalhos poéticos, potencialidades estéticas e bagagens culturais sem perder em vista a originalidade em cada peça em que trabalham? Porque a “arte regionalista”, mesmo quando contemporânea, não pode ser considerada pelos museus como “arte contemporânea”? Porque as artes vindas dos Nordestes ou dos interiores mineiros quando estão sendo expostas, estão expostas normalmente em exposições de tonalidade mais antropológica que artística?</div></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: large; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">PARA SABER MAIS:</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><b><span style="font-family: times;"><br /></span></b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: times;"><span style="text-align: left;"><b>- Culturas híbridas: estratégias para entrar e sair da modernidade</b>. </span><span style="text-align: left;">Livro de Néstor García Canclini.</span><span style="text-align: left;"> </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: times;">- <b>Entre o folclore e o patrimônio: um estudo de caso sobre o Centro de Arte Popular-Cemig</b>. Dissertação de Amanda Dabéss de Carvalho, defendida no PPGCI/UFMG em 2019. link: <u>https://repositorio.ufmg.br/handle/1843/31397</u></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><h2 style="text-align: justify;"><span style="font-weight: normal;">VÍDEOS:</span></h2><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: times;">- Mestra Zefa </span></p><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/AEVG-fa8Yu8" width="320" youtube-src-id="AEVG-fa8Yu8"></iframe></div><div style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;">- Família de Ulisses Pereira</span></div><div style="clear: both; text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/1Jf1mx8-urM" width="320" youtube-src-id="1Jf1mx8-urM"></iframe></div><br /></div><div style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><span style="text-align: center;">Noemisa Batista Santos - artista que teve algumas obras na exposição temporária</span></span></div><div class="separator" style="clear: both; font-family: Roboto, Arial, sans-serif; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; font-family: Roboto, Arial, sans-serif; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/oOuUa6hXpyE" width="320" youtube-src-id="oOuUa6hXpyE"></iframe></div><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjahTtGrwWEc8ruD3f9D-l_pd4dcOBVVzfizL_XypPdjBNMsDmsqd97yEPVPDZpmZNuJNx4TqvFtBkwVlRnk7eUFDt3GfHFAiV7UQVrAHC2UW8Nj-glF2DVejJWM86LLZw-P5nb6BXOBybCdvPAHeoZO8TsH9lJq8ubkKhXbzzYMBRwmcmtnGic7dsq/s4608/IMG_1268.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3456" data-original-width="4608" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjahTtGrwWEc8ruD3f9D-l_pd4dcOBVVzfizL_XypPdjBNMsDmsqd97yEPVPDZpmZNuJNx4TqvFtBkwVlRnk7eUFDt3GfHFAiV7UQVrAHC2UW8Nj-glF2DVejJWM86LLZw-P5nb6BXOBybCdvPAHeoZO8TsH9lJq8ubkKhXbzzYMBRwmcmtnGic7dsq/s320/IMG_1268.JPG" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Mulher moldando peças na mesa</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dxZcZDO3c87fJMz997m-PfmPYAns63lvOvYfXLUX0TtWuDpgI7CsoNeKRSY_QrCzUhpefb4y20xHyMv3zpASA' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div></div><div> </div><div>Bolsistas IC: Lígia Dutra e Bernardo Campos</div><div>Orientador: Luiz H. Garcia<br /></div>bernardo camposhttp://www.blogger.com/profile/05709803917734059449noreply@blogger.com0